Durante sessão realizada na manhã desta terça-feira (30), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) iniciou seu discurso homenageando o advogado e ativista defensor da igualdade racial, José Arimatéia, que morreu no último dia 24, vítima de câncer. O parlamentar lamentou a partida prematura do colega de partido.

“Lamento a ida precoce do nosso Arimatéia, um militante valoroso que iniciou nos movimentos estudantis durante sua adolescência, foi sindicalista na educação e construtor do Movimento Negro. Ele travou o debate por igualdade racial quando ninguém queria dar atenção a essa problemática”, enalteceu.

Edvaldo disse ainda que José Arimatéia foi um pensador das causas sociais e defensor de bandeiras e de lutas, que deixa um vácuo enorme no coração de todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo. Ele destacou também que amigos e integrantes do Movimento Negro do Acre querem inserir o nome Arimatéia, na Rua África, localizada na capital. A homenagem é uma forma de reconhecimento pela luta dele em vida pela igualdade racial.

Edvaldo Magalhães concluiu seu discurso falando sobre a importância da reunião virtual com o secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene, para tratar sobre as fases do combate à pandemia da Covid-19 no Estado. O parlamentar disse que a partir de agora entra-se em um novo estágio de enfrentamento, uma vez que os números seguem numa linha crescente.

“Temos uma fragilidade que precisa ser superada urgentemente. Que decisões estão deixando de ser adotadas para que pelo menos aqueles que chegam à UTI recebam o tratamento adequado? O que falta para que tenham os insumos adequados? Esse é um exemplo para falar sobre a necessidade dessa agenda com o secretário de Saúde”, finalizou.

Agência Aleac

Em pronunciamento na sessão on-line desta terça-feira (30), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que a pandemia da Covid-19 entrou em fase crítica no Estado. O parlamentar citou as reclamações com relação à falta de testes, além das mortes e novos casos.

“Ontem, nas redes sociais, vi dois cards que fizeram-se presentes em vários grupos e o pedido era dinheiro para a compra de medicamentos. Um deles destinava-se a uma enfermeira que encontra-se na UTI do Pronto-Socorro. Isso é muito triste, para ter o tratamento público essa servidora de carreira da Sesacre precisa fazer uma vaquinha porque o medicamento não está disponível”, relatou.

O oposicionista lamentou que o Estado não consiga vencer a burocracia e incorporar essa medicação na lista de remédios a serem utilizados no tratamento da doença. Frisou ainda que há uma fragilidade do sistema que, de acordo com ele, precisa ser corrigida.

“Imagina, uma profissional da saúde que sai todo dia de casa, que expõe sua saúde para fazer o bom combate e é contaminada, internada, piora e na hora de receber os melhores cuidados falta medicação. Há algo errado, decisões estão deixando de ser adotadas para que pelo menos aqueles que chegam à UTI possam receber o tratamento adequado. Temos uma fragilidade para ser superada urgentemente”, enfatizou.

O comunista lamentou ainda o falecimento do militante ativista, Arimateia, ocorrido na semana passada. “Arimateia militou no PCdoB desde a sua adolescência, foi do movimento estudantil secundarista, depois do universitário e foi também sindicalista, atuando fortemente no Sindicato dos Trabalhadores em Educação. No Acre, foi puxador e construtor do movimento negro, travou esse debate num tempo em que ninguém queria dar atenção ao tema. Ele nos deixa um vácuo enorme na militância e uma saudade imensa”, concluiu.

Agência Aleac

O Comitê Municipal de Enfrentamento e Monitoramento de Emergência para Infecção Humana pelo Novo Coronavírus (Ceme), deu continuidade nesta terça-feira, 30, às conversas que tem sido realizadas com diversos setores sobre o Pacto Acre Sem Covid. Desta vez, camelôs e vendedores ambulantes puderam entender quais os indicadores utilizados para que seja possível a mudança da faixa vermelha (emergência) para a laranja (alerta) além de todos os procedimentos que devem ser adotados assim que as atividades forem restabelecidas.

O coordenador do Comitê, Osvaldo leal, pontou que as avaliações para mudança das faixas será realizada pelo governo do Estado a cada 14 dias. “Nossa intenção principal é ouvir os setores e dividir com vocês as nossas preocupações e as coisas que estão acontecendo e pedir a colaboração de vocês na construção do que nós estamos chamando de protocolos específicos. Esses protocolos vão nos orientar para que a gente possa retomar as nossas atividades da forma mais segura possível”.

O vereador José Carlos Juruna também participou do encontro e destacou que a iniciativa da Prefeitura de Rio Branco é importante porque desta forma os trabalhadores se preparam com antecedência quando for possível a reabertura dos seus pequenos negócios. “Eu fico feliz que essas conversas estejam ocorrendo. Nós estamos vivendo uma situação muito difícil e nós foi apresentado que nossa categoria está comtemplada na faixa laranja. Então eu quero parabenizar a prefeita Socorro Neri e toda a sua equipe, era essa conversa que nós estávamos precisando”, disse.

Em sua fala, a presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras do Acre, Valéria Holanda, disse que compreende a situação da pandemia do novo coronavírus em Rio Branco e que ela mesma já teve amigos e parentes infectados. “Eu tenho consciência da gravidade dessa doença e sei que pode ser que a gente não consiga fazer essa flexibilização da faixa vermelha para a laranja no próximo dia seis. Mas é importante que nossa dúvidas sejam esclarecidas pra quando puder abrir a gente já esteja ciente do que será necessário fazer para não contaminar mais e mais pessoas”, finalizou.

Ascom