segunda-feira, 18 agosto 2025
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Acreanos representarão a Região Norte no Torneio Nacional de Poesia Falada

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Três artistas da Central de Slam (Acre) foram selecionados para representar a Região Norte no IX Torneio dos Slams, campeonato nacional de poesia falada em equipes, que acontece nos dias 30 e 31 de agosto de 2025, no Instituto Moreira Salles (IMS), na Avenida Paulista, em São Paulo.

Os poetas Natidepoesia, Medusa e MB formarão o time acreano que vai disputar o título contra coletivos de todo o Brasil, em uma das competições mais importantes da cena de Spoken Word no país.

O torneio integra a programação do Encontro Estéticas das Periferias 2025, iniciativa realizada pela Ação Educativa com curadoria de Emerson Alcalde, do tradicional Slam da Guilhermina. Diferente de outros eventos, o campeonato não pretende reunir toda a cena brasileira, mas sim oferecer um panorama da produção poética periférica em diferentes territórios.

Pela primeira vez, a curadoria contemplou grupos de todas as cinco regiões do país, além de coletivos do interior de São Paulo.

As equipes se enfrentarão em fases eliminatórias no sábado, dia 30 de agosto, às 14h (Chave A) e 16h (Chave B). A grande final, com seis comunidades, será realizada no domingo, dia 31 de agosto, a partir das 14h.

O torneio promete ser um marco para a valorização da poesia falada e da arte periférica, destacando vozes que traduzem as experiências, resistências e potências culturais dos territórios brasileiros.

Mais informações: (68) 99251-6180.

Abaixo também uma síntese.👇

🚨 Acre no mapa da poesia!

Três vozes potentes da Central de Slam (AC) — Natidepoesia, Medusa e MB — vão representar a Região Norte no IX Torneio dos Slams, o maior campeonato de poesia falada em equipes do Brasil!

🗓 Dias 30 e 31 de agosto
📍 IMS – Av. Paulista, SP

Eles vão disputar com slams de todo o país e mostrar a força da poesia periférica acreana no palco nacional.

EUA querem impor solução constitucionalmente impossível para o Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje (18), que o Brasil continua buscando manter um diálogo com os Estados Unidos (EUA) para tentar reduzir a aplicação de uma tarifa de 50% às exportações brasileiras. No entanto, afirmou ele, a negociação não tem sido possível porque os Estados Unidos insistem em impor ao Brasil uma solução “constitucionalmente impossível”. Para o ministro, está ocorrendo “um dificuldade de compreensão do que se passa no Brasil”.

“Hoje nós temos documentos oficiais demonstrando que a negociação só não ocorre porque os Estados Unidos está tentando impor ao Brasil uma solução constitucionalmente impossível, que é Executivo se imiscuir em assuntos de outro poder, que é o Poder Judiciário. Nós não temos uma situação constitucional que nos permita, política e juridicamente, atuar no caso. Então, gerou-se um impasse que é pedir o que não pode ser entregue”, falou.

Segundo o ministro, o comércio bilateral entre os dois países já representa hoje metade do que foi nos anos 80 e a tendência, afirmou ele, é que continue caindo ainda mais.

“Nós tínhamos exportações da ordem de 25% com os Estados Unidos, hoje elas significam 12% e, pelo andar dos acontecimentos, eu acredito que o comércio bilateral, infelizmente, vai cair ainda mais”, disse.

Na manhã de hoje, Haddad participou da cerimônia de abertura do evento FT Climate & Impact Summit Latin America e Brasil 2030: Uma Nação de Oportunidades, promovido pelo Times Brasil/NBC, em parceria com o Financial Times, em São Paulo.

Durante a entrevista ao canal de TV, o ministro também disse que o cancelamento da reunião que ele teria com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, foi provocado por interlocutores da extrema-direita brasileira. Ele ressaltou que o ministério tem todos os documentos para comprovar as tratativas com o governo americano e detalhou o encontro que teve com Scott Bessent em maio havia sido positivo.

“[Foi uma reunião] excelente. Agora, o que mudou de maio para julho, tem que ser perguntado para eles”.

Segundo ele, causou estranhamento o fato da reunião ter sido cancelada e, no mesmo momento em que ela ocorreria, Bessent ter aparecido conversando com um “concorrente” do governo brasileiro [no caso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro]. Para Haddad, cada país tem uma maneira de proceder em situações como essa, mas ele disse que jamais cancelaria uma reunião que tivesse sido agendada.

“Eu nunca faria cometeria uma deslealdade dessa com um homólogo meu de outro país, por mais hostil que o outro país fosse. Se eu marquei um compromisso, eu cumpro”.

Mais tarde, em entrevista a jornalistas, Haddad comentou que a família do ex-presidente Jair Bolsonaro tem trabalhado “para impedir que as negociações se estabeleçam”. E que, neste momento, o governo brasileiro está trabalhando para regulamentar o plano de contingência para apoiar o setor produtivo afetado pelo tarifaço de 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos. O plano de apoio prevê R$ 30 bilhões em crédito e será viabilizado por meio de uma medida provisória chamada de MP Brasil Soberano.

“A tarefa dessa semana é regulamentar o plano de contingência, fazer chegar na ponta os recursos liberados e proteger o Brasil dessa agressão externa”, disse a jornalistas.

Para o ministro, o plano de contingência “está bem calibrado” e não precisará ser ampliado.

“Se o cenário se confirmar, eu não vejo razão para ampliar. Mas vamos ver o desdobramento da coisa. Nesse momento, eu devo dizer que não”.

Globalização

Para Haddad, o movimento atual que está sendo feito pelo governo Trump, inclusive com a imposição de novas tarifas, indica que os Estados Unidos decidiram “mudar o jogo” da globalização.

“Eles venderam para o mundo a globalização, com desregulamentação financeira, a descentralização das atividades produtivas, o ganho de eficiência que isso ia gerar, a acumulação flexível. E aí, quando eles perceberam que eles ganharam muito, mas que a China ganhou ainda, aí [decidiram] ‘vamos melar o jogo’, ‘vamos mudar o jogo’”, falou.

Segundo o ministro, os Estados Unidos ganharam muito com a globalização, mas enfrentaram um “desafio inesperado” e decidiram “mudar as regras do jogo”.

Justiça determina que Estado forneça água potável em escola na zona rural de Cruzeiro do Sul

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O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve, por unanimidade, a sentença que obriga o Estado do Acre a fornecer água potável na Escola Estadual Antônio Rodrigues da Silva, localizada na Reserva Extrativista do Riozinho da Liberdade, às margens do Rio Liberdade, zona rural de Cruzeiro do Sul. A decisão, publicada nesta segunda-feira, 18, no Diário da Justiça Eletrônico, atende a uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado do Acre, que buscava garantir o direito fundamental à educação e à saúde dos alunos.

O juízo de primeira instância havia determinado que o Estado implantasse um sistema de captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água potável no prazo de 120 dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000, limitada a 30 dias. A medida foi submetida ao reexame necessário, conforme previsto no Código de Processo Civil, e teve sua manutenção confirmada pelo TJAC.

A decisão do Tribunal reforça que cabe ao Poder Judiciário assegurar a efetiva implementação dos direitos fundamentais quando constatada omissão do Estado, sem que isso configure interferência indevida na administração pública ou violação ao princípio da separação dos poderes. O relator destacou que precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhecem a possibilidade de intervenção judicial na execução de políticas públicas, especialmente aquelas ligadas à educação e à saúde.

No caso em análise, provas fotográficas apresentadas nos autos comprovaram a precariedade das condições sanitárias da escola, em que a água consumida e utilizada na merenda escolar era captada diretamente do rio, sem tratamento e armazenada de forma inadequada. Segundo o TJAC, o prazo de 120 dias estabelecido para cumprimento da medida é razoável diante da urgência e da necessidade de proteção à saúde de crianças e adolescentes. A multa diária também foi considerada proporcional e adequada para garantir o cumprimento da determinação judicial sem onerar excessivamente o erário.

A tese firmada pelo TJAC destaca que “é dever do Estado garantir infraestrutura escolar adequada, incluindo o fornecimento de água potável em unidades localizadas em regiões remotas, sendo cabível a intervenção judicial para assegurar o cumprimento desse direito fundamental, sem que isso configure afronta à separação dos poderes, desde que observados os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade”.

Entre os dispositivos legais citados na decisão estão os artigos 6º, 205 e 208 da Constituição Federal, os artigos 53, V e 54, IV do Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e o Código de Processo Civil.

Justiça determina quebra de sigilo pela Google após ameaças a Felca

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou, neste domingo (17), que a Google quebre o sigilo de dados de um usuário do serviço de e-mail da empresa, de onde teriam partido ameaças de morte ao influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca.

As ameaças ocorreram após denúncias feitas pelo influenciador, em vídeo publicado no início do mês, que colocaram em foco os riscos que as redes sociais representam para crianças e adolescentes e como não há uma regulação sobre o uso de imagens de menores de idade nesses espaços virtuais.

A liminar foi concedida após pedido dos advogados de Felca. Segundo o TJ-SP, o processo tramita sob segredo de justiça, portanto os documentos nos autos são de acesso restrito às partes e advogados.

Procurada pela reportagem, a Google informou que não vai comentar. A Agência Brasil não conseguiu contato com representantes de Felca.

Agência Brasil

Acre tem mais motos que carros e enfrenta risco crescente de acidentes fatais

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No Acre, as motocicletas já representam 53% de toda a frota de veículos, cenário que coloca o estado entre os seis do país onde as motos superam os automóveis. O dado preocupa especialistas porque acompanha uma realidade nacional de alta nos acidentes, mortes e internações hospitalares envolvendo esse meio de transporte.

A experiência da diarista Laura Maria de Oliveira, de 59 anos, ilustra os perigos dessa escolha. Moradora do Rio de Janeiro, ela optou por usar moto por aplicativo para economizar tempo no trajeto ao trabalho. O resultado foi um grave acidente: “Vi o carro nos fechando e depois desmaiei. Antes disso, o motociclista já vinha em alta velocidade e mexendo no celular. Quase sempre era assim. Um risco enorme”, relatou.

Laura ficou 14 dias internada, passou por cirurgias no úmero, clavícula e nervo radial, e ainda hoje, um ano e meio depois, faz tratamento sem conseguir voltar ao trabalho. “Para mim, esse meio de transporte não existe mais. Tenho um filho que tem moto e nem com ele eu ando”, disse.

O alerta é reforçado pelo especialista Victor Pavarino, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas): “O aumento do uso de motocicletas é consequência de um sistema de mobilidade falho, centrado no carro e que negligenciou o transporte público. A moto se tornou a única opção acessível para milhões de brasileiros, mas é também a mais arriscada”.

Entre 2015 e 2024, a frota nacional de motos cresceu 42%, chegando a 35 milhões de unidades. Apenas em 2023, foram 13.477 mortes em acidentes com motociclistas, o que significa que uma em cada três vítimas fatais no trânsito brasileiro estava em uma moto.

No Acre, Rondônia, Pará, Maranhão, Piauí e Ceará, a situação é ainda mais grave: nesses estados, as motos já são maioria nas ruas e também lideram o ranking de mortes no trânsito.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classifica o cenário como uma “epidemia de acidentes com motocicletas”. Segundo ele, 70% a 75% dos leitos de UTI adulto do SUS em prontos-socorros são ocupados por vítimas do trânsito, em sua maioria motociclistas. “Além do impacto para a vida da pessoa e da família, o acidente atrasa cirurgias e sobrecarrega hospitais inteiros”, alerta.

Especialistas defendem medidas urgentes, como reforço no transporte público, redução de velocidade nas cidades, uso obrigatório de equipamentos de segurança e fiscalização rigorosa. Sem isso, a tendência é de que estados como o Acre sigam ampliando um problema que já compromete a saúde pública e custa milhares de vidas a cada ano.

Com informações EBC

Samba de Mariá: ancestralidade, resistência e festa em Rio Branco

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No próximo 6 de setembro, o estacionamento do O Casarão, em Rio Branco, será palco de um encontro de música, história e religiosidade: o Samba de Mariá. O evento, que reúne o talento de Brunno Damasceno e a tradição do Grupo Alabê Okan, promete transformar a noite em uma celebração intensa da cultura afro-brasileira — do sagrado ao popular, do batuque ao canto — resgatando ritmos e tradições que remontam às raízes do samba no Brasil.

Para os organizadores, o Samba de Mariá vai muito além de um show de música. Ele é, segundo Matheus Alexandre, um dos idealizadores, um ato de resistência, memória e celebração da ancestralidade:

“O evento é mais do que um ato político ou religioso. Ele também é entretenimento. É como se diferentes religiões se encontrassem em um mesmo espaço para enaltecer sua fé através do samba, que historicamente nasceu com o povo negro, das senzalas e dos quilombos.”

Segundo Alexandre, a criação do Samba de Mariá nasceu da necessidade de reivindicar respeito e espaço para as religiões de matriz africana em Rio Branco:

“A ideia surgiu depois da Marcha para Exu. Passamos cerca de oito meses planejando, com mentoria do Pai Célio de Logum, presidente da Federação das Religiões de Matriz Africana. O evento que mais atraiu gente naquele ano foi justamente o Samba de Mariá.”

Para ele, o evento é um ponto de encontro entre o profano e o sagrado, unindo a energia da música à reverência às entidades religiosas:

“O evento é feito do início ao fim respeitando a religião. Pedimos licença aos guias antes de qualquer coisa, oferecemos presentes, conversamos com Exu — orixá dos caminhos, da prosperidade e da felicidade. Todo o evento é guiado pelo sagrado.”

O Samba de Mariá utiliza instrumentos típicos da cultura afro-brasileira, como tambor, atabaque, agogô e xequerê, aliados a elementos populares como violão, cavaquinho e até saxofone. A ideia é unir tradição e contemporaneidade, mantendo vivos os toques que deram origem ao samba, caburé, congo, barravento e ijexá:

“O grupo preserva a ancestralidade e mostra de onde saíram o samba, o caburé, o congo, o barravento, o ijexá. Toques que hoje se espalham pelo pagode e pelo samba nasceram nos terreiros, na ancestralidade preta. Colocamos o tambor para falar e mantemos essa herança viva.”

A organização preparou uma ambientação especial, com banners, cartas, baralhos, incenso, rosas e imagens de Maria Padilha, entidade reverenciada no samba e nas religiões de matriz africana.

“Na decoração, vamos colocar banners em reverência a Maria Padilha, cartas, baralho, incenso, rosas e imagens dela, tudo voltado para a força feminina.”

As cores vermelho e preto, predominantes no evento, remetem à identidade de Maria Padilha e reforçam a ligação entre público e tradição:

“Além do nome, o Samba de Mariá é caracterizado pelo vermelho e preto, cores de Maria Padilha. O nome vem do ponto ‘Ele Maria Mariá’, um dos mais conhecidos ligados à sua identidade.”

A noite começa com Brunno Damasceno, que comandará três horas de samba de raiz, abrindo o espetáculo com repertório popular e ancestral. À meia-noite, o Grupo Alabê Okan assume o palco com o samba de terreiro, trazendo cantigas que reverenciam entidades como Maria Padilha e Exu Tranca-Rua:

“Primeiro o samba de raiz, depois o samba de terreiro. Durante o terreiro, só cantigas da Umbanda e do Candomblé, reverenciando Maria Padilha, Exu Tranca-Rua e outras entidades. É a fusão do profano com o sagrado.”

O público poderá participar ativamente, cantando, dançando e se conectando com a energia dos músicos e das tradições.

O evento se apresenta como uma afirmação da cultura afro-brasileira, uma oportunidade de refletir sobre ancestralidade, resistência e a importância do respeito às religiões de matriz africana. Para os organizadores, é também uma forma de educar e sensibilizar a sociedade sobre a riqueza cultural que emerge dos terreiros e comunidades negras:

“Estamos passando por um processo de aceitação, buscando respeito. Iniciativas como essa ajudam as pessoas a conhecer, respeitar e celebrar nossa cultura.”, afirmou Matheus.

Para mais informações, reservas de ingressos ou dúvidas sobre a programação, o público pode entrar em contato pelo WhatsApp (68) 98113-3432. Também é possível acompanhar novidades sobre o Samba de Mariá nas redes sociais do O Casarão.

Aleac realiza sessão solene em homenagem ao Dia do Motoboy e Motociclista

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Nesta segunda-feira, 18, a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou uma sessão solene em homenagem ao Dia do Motoboy e Motociclista, comemorado em 27 de junho. A iniciativa é fruto do requerimento nº 04/2025, de autoria do deputado estadual Tanízio Sá, e reuniu profissionais da categoria, representantes de empresas e autoridades estaduais.

Durante a solenidade, o deputado Tanízio Sá destacou a importância de criar uma associação organizada para os motoboys e motociclistas, que possa receber recursos públicos e garantir assistência em casos de acidentes. “No caso de um acidente, vocês não têm fundo de apoio, não têm quem custeie despesas. Quem vai pagar o gás, a luz, o alimento? Por isso, vamos trabalhar para criar uma associação de interesse público, com respaldo legal, para que possam receber recursos e apoio do Poder Público”, afirmou o parlamentar.

Representando os motoboys do Acre, João Emanuel, do grupo Acreboys, falou sobre os desafios da profissão e a necessidade de valorização. “Ser motoboy exige sempre trabalhar com um sorriso no rosto, mesmo diante de dificuldades. Nossa categoria merece respeito e reconhecimento. Cada entrega feita com dedicação é um esforço para manter nossa família e contribuir com a sociedade”, disse.

Francirley, da equipe Gold, fez um breve resgate histórico da profissão, explicando que os motoboys surgiram na década de 1970 e se consolidaram com o surgimento dos aplicativos de delivery em 2011. “O motoboy é uma utilidade pública. Ele entrega alimentos, remédios e produtos essenciais, e hoje faz parte da vida de todos nós”, destacou.

Chairon, do Motoboy das Quebradas, ressaltou os riscos enfrentados diariamente no trânsito e prestou homenagem aos colegas que perderam a vida em acidentes. “A festa do motoboy é quando chega em casa e encontra sua família. Muitos amigos se foram por acidentes. Esse dia representa nossa luta diária e a dedicação da categoria”, afirmou.

Wesley, da Família Motoboys Acre, lembrou a atuação da categoria durante a pandemia de Covid-19, quando os motoboys foram essenciais para garantir entregas e movimentar a economia local. “Fomos nós que mantivemos a cidade funcionando, entregando alimentos, medicamentos e produtos essenciais, mesmo em meio ao caos”, relatou.

A diretora geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Taynara Martins, reforçou a importância da segurança no trânsito e o acompanhamento dos sinistros envolvendo motociclistas. “Mais de 70% dos acidentes envolvem motociclistas. Nosso trabalho é garantir a conscientização, a fiscalização e entregar equipamentos de segurança, como capacetes, para preservar vidas”, afirmou.

O presidente do Clube 160 Cilindrada, João Uchoa, destacou a pressão enfrentada pelos motoboys e a necessidade de reconhecimento social da categoria. “Saímos de casa de manhã cedo, enfrentamos sol, chuva e riscos no trânsito, tudo para garantir que as entregas cheguem. A pressão é constante, mas nosso trabalho é essencial. É importante que a sociedade reconheça e respeite nossa profissão”, disse.

André Ariosto, representando a Total Express, ressaltou o papel fundamental dos motoboys durante e após a pandemia. “Durante o período pandêmico, os motoboys mantiveram a cidade funcionando, garantindo entregas essenciais. Essa profissão é muito mais que complementação de renda, é empreendedorismo e serviço público. A união da categoria é fundamental para fortalecer a classe e garantir respeito”, afirmou.

Carla, da Família Motoboys Acre, também expressou sua gratidão e orgulho pela homenagem. “Estar aqui na Assembleia é uma honra. Quero parabenizar todos os colegas de trabalho, homens e mulheres, que todos os dias enfrentam preconceitos e desafios, mas não desistem. Que possamos ter mais espaço, respeito e reconhecimento pelo nosso trabalho”, disse.

Ao final, o deputado Tanízio Sá reforçou o compromisso com a categoria e destacou os próximos passos. “Essa presença aqui é inteira. Vamos planejar a criação da associação dos motoboys, para que possam receber recursos públicos e assistência adequada. Nosso objetivo é dar visibilidade e valorizar essa profissão tão importante para nossa sociedade e economia”, concluiu.

Últimos dias para convocados na modalidade Urbana do CNH Social apresentarem documentos

O Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC) alerta os contemplados na modalidade Urbana do programa CNH Social 2025 sobre o prazo para entrega da documentação exigida. A lista com os nomes dos 1.849 candidatos aprovados foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 11 de agosto e estabelece o limite de 10 dias úteis para apresentação dos documentos.

O prazo, que está chegando ao fim, termina na próxima sexta-feira, 22 de agosto. Os selecionados devem procurar a sede do Detran, em Rio Branco, ou uma das representações da autarquia no interior do estado. Para aqueles que residem em localidades sem unidade física do órgão, a documentação deve ser enviada pelo e-mail: [email protected].

Entre os aprovados está Raimunda Vieira, diarista, moradora da Cidade do Povo. Aos 49 anos, ela terá sua primeira habilitação e comemorou o benefício.

“Eu tinha fé de que receberia essa bênção, pois era um sonho. Eu não deixei esse sonho morrer. Acredito que, quando temos um sonho, devemos persistir. Ao saber da aprovação, ergui as mãos em agradecimento. Pretendo, inicialmente, ter uma moto. Em seguida, penso em um carro, quem sabe. Acredito que terei mais facilidade para me locomover, visitar meus filhos e parentes, além de poder ir à igreja e fazer visitas aos irmãos da fé”, disse.

Já o estudante universitário Edson Oliveira, morador da Vila Acre, foi contemplado com a adição da categoria A em sua habilitação, pois já possui a categoria B.

“Na época, só consegui tirar a carteira de carro, pois não tinha condições de pagar o valor total das categorias. Optei por participar do Programa CNH Social, que vai me proporcionar a oportunidade de tirar a carteira de moto. Isso facilitará minha mobilidade, principalmente para os estudos. Pretendo utilizar, quem sabe, para conseguir um trabalho, pois a moto é um veículo mais acessível que um carro”, contou.

A presidente do Detran/AC, Taynara Martins, reforça a importância da participação dos contemplados e as oportunidades que o programa oferece. “Estamos fazendo as convocações por modalidade, facilitando o atendimento daqueles que nos procuram e dando o tempo necessário para que as pessoas organizem sua documentação. Os convocados devem ficar atentos aos prazos para garantir o benefício”, destacou.

O CNH Social é o maior programa de inclusão já criado pelo Detran. Só em 2025, 5 mil pessoas serão contempladas pela iniciativa. Até o fim de 2026, mas de 22 mil carteiras de habilitação serão entregues pelo governo do Estado por meio da iniciativa.

Mãe e padrasto são presos após morte de acreano de 4 anos com autismo, em Florianópolis

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A acreana Larissa de Araújo Falk e o companheiro dela Richard da Rosa Rodrigues foram presos na tarde deste domingo (17), após a morte do filho dela Moisés Falk Silva, de quatro anos, no Multi Hospital, bairro Carianos, em Florianópolis. A criança nasceu no Acre em 2021 e foi levada no mesmo ano para a capital catarinense.

De acordo com a Polícia Civil, o caso é tratado inicialmente como supostos maus-tratos seguidos de morte. O casal teve a prisão anunciada após depoimentos na Delegacia de Homicídios da capital.

Segundo informações da Polícia Militar, uma guarnição foi acionada para averiguar o caso após a criança chegar desacordada no Multi Hospital. O menino foi levado por vizinhos, entre eles uma enfermeira, que iniciou as primeiras manobras de reanimação ao perceber que a criança estava sem respiração e sem pulsação.

O relato médico aponta que Moisés deu entrada em parada cardiorrespiratória, apresentando cianose (pele roxa), pupilas dilatadas, extremidades frias e ausência total de sinais vitais. Durante quase uma hora, médicos e enfermeiros se revezaram em tentativas de reanimação, mas o óbito foi declarado.

Durante os procedimentos, a equipe notou hematomas em diferentes partes do corpo, incluindo costas, abdômen e rosto, além de possível mordida na face e marcas compatíveis com socos e mãos. Os indícios chamaram atenção porque não havia explicação clínica imediata para justificar a morte repentina.

Depoimentos contraditórios

Testemunhas relataram à Polícia Militar comportamento estranho do padrasto. Uma enfermeira vizinha disse que Richard apresentava frieza e não demonstrava envolvimento emocional. Outra testemunha, funcionário do hospital, contou que o homem chegou a “fingir um desmaio” ao ser informado da morte da criança, levantando logo em seguida.

O segurança do hospital confirmou que viu Richard entrar com o menino no colo e, pouco depois, presenciou Larissa, mãe da criança, chegando em desespero e dizendo: “tu vais ver se acontecer algo ruim com meu filho”.

Já uma vizinha afirmou que foi chamada por Larissa pouco antes do fato e encontrou a criança sem sinais vitais em uma kitnet. Ela contou que o padrasto parecia apático e que, no caminho até o hospital, se limitou a dizer que o menino “tinha comido bolacha com leite”.

O que disseram mãe e padrasto

Richard afirmou em depoimento que o enteado vinha sofrendo de febres e havia recebido atendimento médico nos últimos dias. Segundo ele, o menino amanheceu desanimado e, por volta do meio-dia, perdeu a consciência repentinamente. O padrasto então pediu ajuda a vizinhos para levá-lo ao hospital.

Larissa relatou que saiu para trabalhar em um supermercado às 6h da manhã e só soube da gravidade do caso quando recebeu ligação do companheiro, já informando que Moisés estava hospitalizado.

O pai biológico, que está separado de Larissa há cerca de um ano, contou que o filho apresentava febre alta e manchas pelo corpo em meses anteriores, mas que nunca soube a causa, já que os atendimentos eram acompanhados apenas pela mãe.

Vizinhos afirmaram ainda que a família já estava sob acompanhamento do Conselho Tutelar, devido a suspeitas anteriores de maus-tratos.

Prisão e investigação

Com base nos relatos médicos, nos depoimentos das testemunhas e nas contradições apresentadas, a Polícia Civil decidiu prender Richard e Larissa. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios, com acompanhamento do Instituto Médico Legal (IML), que deverá emitir laudo definitivo sobre a causa da morte.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) poderá denunciar Richard por homicídio qualificado, enquanto Larissa poderá responder por negligência, uma vez que a criança já apresentava histórico de problemas de saúde e sinais de agressão anteriores.

Com informações das polícias Civil e Militar de Santa Catarina

Motorista de aplicativo é resgatado com vida após sequestro em Rio Branco

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O motorista de aplicativo Joel da Costa Mendonça foi resgatado com vida de um sequestro na noite de domingo (17), em Rio Branco. Ele foi sequestrado enquanto trabalhava.

De acordo com informações de familiares, Joel saiu de casa por volta das 16h para trabalhar como motorista de aplicativo e não retornou para casa no horário previsto. Após horas de busca, Joel foi encontrado durante a madrugada.

A família não informou como que ocorreu o resgate do trabalhador e nem o local onde foi encontrado. Familiares informaram apenas que Joel foi encontrado em uma casa. O veículo de Joel, um Chevrolet Onix, permanece desaparecido.

Ainda segundo informações de familiares, a vítima não sofreu fetimentos.