Na manhã desta terça-feira (21), um grupo de policiais penais femininas compareceu à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para denunciar o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), Alexandre Nascimento, por assédio moral e abuso de poder. A deputada Michelle Melo (PDT) apresentou um requerimento convidando Nascimento a comparecer à Aleac para prestar esclarecimentos sobre as graves acusações.
“Nós queremos que o que aconteceu no Iapen venha a público. Que o seu Alexandre venha à Assembleia esclarecer tudo o que está acontecendo neste momento. Vocês estão sentido coagidas e constrangidas. O local de trabalho de vocês já é um local difícil”, declarou Michelle Melo.
Já o deputado estadual Arlenilson Cunha (PL) se manifestou em defesa das policiais penais, destacando a seriedade da denúncia e a necessidade de uma investigação rigorosa.
“Essas policiais têm um termo assinado dessa situação grave. Eu entendo que deve ser garantido e assegurado a defesa do presidente do Iapen. Elas vieram aqui e colocaram suas digitais. Isso deve ser rigorosamente apurado para que fatos dessa natureza não possam ocorrer. Nunca vi algo parecido com isso, que eu recebi formalizado a esta denúncia. Isso aqui é inédito”, afirmou Cunha.
Adailton Cruz (PSB) também se pronunciou, enfatizando que, se as acusações contra Alexandre Nascimento forem confirmadas, ele deve ser “exemplarmente punido”. As denúncias foram amplamente criticadas tanto pela oposição quanto pela base governista durante a sessão da Aleac. Cunha, que preside a Comissão de Segurança Pública da Casa e é ex-presidente do IAPEN, leu na íntegra a denúncia protocolada pelas servidoras. Ele destacou que 13 policiais foram coagidas e ameaçadas por Nascimento.
De acordo com a denúncia, Alexandre Nascimento teria agido de maneira arbitrária e desrespeitosa contra as policiais penais da equipe B do Presídio Feminino durante uma reunião na unidade prisional. A nota emitida pelas denunciantes menciona que o presidente teria ameaçado as servidoras e declarado que os celulares delas estavam grampeados. As denúncias serão alvo de uma investigação mais célere, conforme solicitado pelos deputados, que enfatizam a necessidade de esclarecer os fatos e garantir justiça.