Gladson anuncia projeto de R$ 400 milhões para retirar moradores de áreas de risco

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O governador Gladson Cameli deu longa entrevista ao Jornal Correio Brasiliense, o mais tradicional da capital federal. Ele recebeu recebeu o repórter Henrique Lessa e o fotógrafo Carlos Vieira em Rio Branco. Um dos destaques foi a defesa do meio ambiente que o governador fez, afirmando que essa não é uma pauta daesquerda. Também anunciou projeto para retirar a população das áreas de risco de vários municípios, para o qual pretende conseguir pelo manos R$ 400 milhões.

O jornal destacou que o governador, “que assumiu com um discurso de pouca preocupação com meio ambiente, mudou o foco ainda no primeiro mandato e, agora, está convencido de que a floresta vale mais de pé do que no chão — mudança que, segundo seus interlocutores, veio por meio do convívio com as populações indígenas”.

Eis as principais declarações do governador Gladson Cameli na entrevista ao Correio Brasiliense:

Sobre a questão ambiental:

“Não podemos politizar a questão ambiental. Parece que quem defende o meio ambiente é de esquerda e quem defende o agronegócio, de direita. Defendo um agronegócio sustentável e sou contra desmatar uma árvore sequer. Tenho feito todas as ações para diminuir os índices de queimadas, de desmatamento. Você não consegue remar contra a maré. Preciso do apoio do governo federal e convidei o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para vir e discutir essas situações. Estamos investindo no turismo étnico, para que a gente possa valorizar quem vive na floresta”.

Sobre o agronegócio:

“Para ampliar o agronegócio, incentivar o plantio da soja, da pecuária, não preciso derrubar uma única árvore. O que está aberto aí é suficiente”.

Sobre soluções para o problema das cheias:

“Temos um grande problema: a regularização fundiária. A maioria das terras é da União e, para aderir aos programas habitacionais do governo central, tem que ter o documento da terra. É um processo para que possamos fazer essa regularização fundiária. Temos não só que fazer unidades habitacionais — precisamos criar uma condição de saneamento e infraestrutura”.

Sobre o projeto de R$ 400 milhões para retirar população das áreas de risco:

“Essa é nossa expectativa inicial. O Acre precisa do governo federal. Hoje, 40% da economia do estado gira em torno da folha de pagamento (de órgãos públicos das três esferas). Preciso gerar emprego, renda, criando condições estimulando a iniciativa privada a vir investir. Tenho que chegar para o governo federal, dar uma estimativa de pré-projeto, que vamos apresentar dia 18 (de abril). O presidente Lula já sinalizou em ajudar, seus ministros vieram aqui, se colocaram à disposição”.

Fonte: A Tribuna

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