Em carta aberta, delegados cobram fiscalização e posicionamento nas denúncias contra delegado-geral Henrique Maciel

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A Associação dos Delegados da Polícia Civil do Estado do Acre (Adepol) publicou carta aberta ao corregedor da Polícia Civil do Acre cobrando fiscalização e posicionamento em relação às denúncias que pairam sobre o delegado-geral da Polícia Civil, Henrique Maciel. O documento foi protocolado na terça-feira (28). 

No documento assinado pela Adepol, os delegados afirmam que diante de acusações de supostas irregularidades administrativas e supostas práticas de tráfico de influência, assédio moral e sexual ligadas ao delegado-geral tem desgastado sobremaneira a figura do delegado de Polícia e da Polícia Judiciária acreana é necessário fiscalização imparcial e séria para que se chegue a realidade dos fatos sem comprometer a instituição Polícia Civil.

“Algumas condutas, quando supostamente praticadas por um gestor público, tornam a permanência no cargo incompatível. Aliás, a ADEPOL protocolou documento na Direção Geral enumerando uma série de atitudes/eventos em que, pela sua gravidade e inconsistência com a liturgia do cargo de Delegado Geral, indica a falta de conduta ilibada e ausência de representatividade por parte do gestor maior da instituição”, diz.

Os delegados afirmam ainda que apesar da gravidade das denúncias contidas no documento enviado ao delegado-geral eles não obtiveram resposta.

“Por ironia, apesar do ineditismo e da severidade do expediente, o silêncio foi dado como resposta pelo gestor. Em raciocínio a contrário sensu pode-se inferir que não há argumentos para contrapor o que foi apresentado pela ADEPOL”, diz trecho do texto.

Adepol alerta para possível direcionamento de ações policiais e diz que corregedor poderá ser substituído 

A carta aberta contém um trecho no mínimo curioso, a Adepol cita que corre nos bastidores a notícia de que foram realizadas sondagens para a substituição do corregedor-geral, Thiago Fernandes Duarte.

A carta traz ainda uma grave denúncia de que o substituto do atual corregedor teria a missão de priorizar instauração de inquéritos direcionados.

“O colega a ser nomeado teria a “missão” de priorizar a instauração e de dar andamento de procedimentos “escolhidos a dedo”, o que é deveras preocupante. Tal intenção, se confirmada, indica um desprestígio e desdém completo com o cargo em questão, além do interesse espúrio de perseguir colegas no exercício de sua função”, diz.

A denúncia segue afirmando que parece haver um direcionamento para prejudicar inimigos e beneficiar amigos do diretor-deral de Polícia.

“Ao que parece, há uma procura velada de profissionais inclinados a emprestar suas biografias para avalizar condutas e decisões, por vezes, nada republicanas. Cargos são efêmeros, passageiros. A função pública permanece. Neste sentido, a ADEPOL exorta V. Exª a fazer uma avaliação dos fatos em questão a fim de que, no futuro, possa se orgulhar de ter tomado decisões sensatas e equilibradas enquanto cidadão e enquanto servidor público merecedor de respeito e admiração por tudo o que já fez em sua carreira em favor da população e da Polícia Civil”, diz.

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