O empresário Nasser Chami, preso em flagrante na segunda-feira, 18, acusado de agredir e ameaçar a companheira, Guilheny Abramoski, Miss Universo Rio Branco 2023, obteve liberdade provisória após audiência de custódia realizada nesta terça-feira, 19, em Rio Branco.

De acordo com o relato de Guilheny, Nasser a agrediu fisicamente e ameaçou tanto sua vida quanto a de seus familiares. A decisão judicial, embora tenha concedido a liberdade, impôs uma série de restrições ao empresário.

Nasser será monitorado eletronicamente por tornozeleira e está proibido de se aproximar a menos de 200 metros de Guilheny ou de entrar em contato com ela por qualquer meio. Além disso, ele não poderá frequentar bares ou casas noturnas. O empresário teve ainda suas quatro armas de fogo apreendidas e perdeu o registro como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).

Outras medidas incluem a obrigatoriedade de comparecimento semanal à Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP), onde será acompanhado por uma equipe multidisciplinar e participará de programas de reabilitação para autores de violência doméstica.

Por sua vez, Guilheny foi incluída no programa de proteção Mulher Segura, que oferece suporte imediato por meio de aplicativo em caso de emergência. Ela também receberá acompanhamento da Patrulha Maria da Penha e da Casa Rosa Mulher, que oferecem suporte psicológico, jurídico e social a vítimas de violência doméstica.

O caso segue em investigação e está sendo tratado como violência doméstica, com possíveis implicações criminais adicionais dependendo da conclusão das apurações.

Uma perseguição policial seguida de troca de tiros resultou na morte de João Lucas de Mesquita Almeida, de 18 anos, e deixou feridos Davi Gomes Rodrigues, de 19 anos, e um adolescente de 16 anos, na madrugada desta quarta-feira, 20, na rua Fonte Nova, bairro Conquista, em Rio Branco.

De acordo com informações da Polícia Militar, o grupo de criminosos, composto por seis integrantes, estava em um veículo Corsa Classic preto realizando um arrastão no bairro Aviário. Durante a ação, eles abordaram uma vítima na Estrada da Usina, no bairro Morada do Sol, e roubaram uma motocicleta.

Na sequência, os assaltantes retornaram pela Estrada do Aviário, onde foram interceptados por uma guarnição policial. Ignorando a ordem de parada, o grupo fugiu em alta velocidade até a rua Fonte Nova. Nesse local, houve uma troca de tiros entre os criminosos e a polícia.

João Lucas foi baleado no quadril e morreu ainda no local. Davi Gomes sofreu um tiro no abdômen, que transfixou o corpo, e o adolescente foi atingido no braço direito. Outros dois membros do grupo conseguiram escapar, entrando em uma área de mata nas margens do igarapé São Francisco.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e enviou equipes ao local. Os paramédicos constataram o óbito de João Lucas e prestaram socorro a Davi Gomes, que foi levado ao pronto-socorro em estado grave, e ao adolescente, cujo quadro era estável.

A Polícia Militar isolou a área para os trabalhos da perícia criminal e realizou buscas na mata para capturar os criminosos fugitivos, mas eles não foram localizados.

Após a perícia, o corpo de João Lucas foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) para os exames de praxe.

O caso está sob investigação inicial da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e será encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para a continuidade das apurações.

O presidiário Judney de Andrade Alves, acusado de matar a dona de casa Maria de Jesus Rocha e ocultar seu corpo, enfrentará júri popular. Ele será julgado por homicídio qualificado, com as agravantes de motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, meio cruel e feminicídio, além do crime de ocultação de cadáver.

A sentença de pronúncia foi emitida pelo juiz Romário Divino, da Comarca de Senador Guiomard. O crime ocorreu em 18 de outubro de 2023, na casa do acusado, localizada no Ramal do Jacaré, zona rural do município.

Segundo as investigações, Judney e Maria de Jesus estavam ingerindo bebida alcoólica quando uma discussão levou ao assassinato. O acusado desferiu cerca de 20 golpes de faca contra a vítima, matando-a no local.

Após o crime, o corpo da vítima permaneceu em um quarto da residência até o dia seguinte, quando o acusado o removeu e o enterrou em uma cova rasa, em uma área de mata próxima.

Judney foi preso por policiais militares horas após o crime, enquanto jogava sinuca em um bar no mesmo ramal. A data do júri popular ainda será definida. O caso chama atenção pela brutalidade do crime e pela frieza do acusado ao tentar ocultar as evidências.