terça-feira, 16 setembro 2025
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Oito municípios do Acre recebem o Selo Unicef por iniciativas para melhorar infância e adolescência

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A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), junto ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entregou na última quarta-feira (27), no prédio do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), o Selo Unicef para oito municípios acreanos e a certificação para 21 cidades que implementaram políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes.

Entre 2021 e 2024, o selo, observou de perto os resultados das iniciativas implementadas. O Selo Unicef contribui para o alcance de 10 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda global acordada por todos os estados membros da ONU até 2030.

Ganhadores da honraria foram anunciados no início de novembro. A iniciativa busca promover uma gestão integrada, intersetorial, coordenada, dialogada e orientada, envolvendo os serviços de saúde, educação, assistência social e proteção social com qualidade.

Ao entregar as certificações representando o governo do Estado, a secretária adjunta da SEASDH, Amanda Vasconcelos, destacou que o selo vai além de uma política de acolhimento. Ele representa o compromisso e a responsabilidade de cada município em priorizar os direitos das crianças e adolescentes.

“Estamos aqui hoje, com grande alegria e satisfação, para certificar os 21 municípios que aderiram ao programa do Selo Unicef e que vêm desenvolvendo, de maneira tão significativa, ações que demonstram o compromisso com as crianças e adolescentes de seus municípios”, destaca.

De acordo com o governo, o objetivo central da certificação, é garantir direitos, sendo necessário definir prioridades e traçar caminhos claros para alcançar resultados concretos, formando o ciclo da gestão com resultados, gerando impactos reais e positivos na vida de cada criança, adolescente e suas famílias.

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que teve a capital premiada com o Selo Unicef, parabenizou também as demais prefeituras que se esforçaram para receber a premiação.

“Quero fazer uma menção especial à Prefeitura de Rio Branco, mas, principalmente, às oito prefeituras que foram agraciadas com o prêmio. De fato, 21 prefeituras se habilitaram, e oito delas receberam o selo. Foram muitas cidades que conseguiram o prêmio da Unicef por terem melhorado suas políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes”, disse o gestor municipal.

Segundo o Unicef, para alcançar resultados positivos, as cidades premiadas se dedicaram a cuidar da primeira infância e da adolescência de maneira eficaz, aprimoraram a educação, desde a infância até a preparação dos jovens para o mercado de trabalho, investiram na saúde física e mental das crianças e adolescentes, promoveram a higiene e garantiram o acesso à água limpa.

Além de proteger os jovens contra qualquer forma de violência e assegurar a proteção social para as famílias em situação de vulnerabilidade, com um foco especial nas comunidades tradicionais e povos originários.

A Oficial de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes do Unicef, Rayanne França, enfatizou que essa edição do Selo Unicef celebra os 25 anos dessa iniciativa.

“Hoje é um dia histórico para todos os envolvidos, não apenas pelos municípios que foram premiados, mas também porque estamos diante de uma grande corrente de pessoas que acreditam que, para cuidar de cada criança, é necessário o esforço de uma aldeia inteira. O Unicef não faz isso sozinho, e seria impossível. O segredo está nessa mobilização coletiva”.

Segundo a iniciativa, ao aderir o Selo Unicef, o prefeito e sua equipe aderem também às políticas que incluem imunização, educação, proteção social e participação por meio dos núcleos de cidadania dos adolescentes. São ações realizadas ao longo de cada edição.

O selo vai além de resultados e indicadores. A iniciativa também representa o compromisso e o amor com a educação e o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Hélio Cezar Koury, afirmou que o momento celebra os avanços nas políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes.

“Comemorar o progresso nos índices de educação, saúde, segurança social e a produção social voltada para esse público. O Acre, ainda reformula o Plano Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente, já conseguiu construir e assinar seu próprio plano, alinhado ao PPA (Plano Plurianual) e ao orçamento estadual. Isso é um grande passo. ”, destacou Koury.

Acrelândia
Brasiléia
Cruzeiro do Sul
Marechal Thaumaturgo
Plácido de Castro
Porto Walter
Rio Branco
Sena Madureira
Os oito municípios devem seguir metodologias para fortalecer as políticas públicas que sustentam os direitos de meninas e meninos, e garantir que isso aconteça de forma integrada entre diversos setores da administração pública.

G1

Mãe de adolescente morto por ex-sargento do trisal lamenta decisão judicial: ‘Ele implorou para não morrer’

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Erisson de Melo Nery, ex-sargento da Polícia Militar do Acre conhecido por formar um trisal e por outra tentativa de homicídio, foi condenado a oito anos de prisão em regime semiaberto no último dia 22 de novembro. O outro denunciado, Ítalo de Souza Cordeiro, foi absolvido pelo Tribunal do Júri em Rio Branco.

“Ele não só matou meu filho, ele exibiu o menino como troféu, tripudiou em cima da morte dele”. Este é o relato de Ângela Maria de Jesus, de 51 anos, mãe do adolescente Fernando de Jesus, de 13 anos, morto em 2017 quando tentou furtar a casa do ex-sargento da Polícia Militar, Erisson de Melo Nery, em Rio Branco. Em entrevista exclusiva ao g1, ela lamentou a decisão judicial que condenou Nery a oito anos de prisão em regime semiaberto e absolveu o outro réu, Ítalo de Souza Cordeiro, na última sexta-feira (22).

O g1 não conseguiu contato com as defesas dos réus até a última atualização desta reportagem.

Sete anos após a morte de Fernando, Ângela relatou a curta trajetória de seu filho, que era dependente químico e que, segundo ela, por esse motivo teria entrado na casa do ex-sargento para furtar itens e vender. Conforme a denúncia, na manhã do dia 24 de novembro de 2017, Nery matou o adolescente com pelo menos seis tiros, no intuito de “fazer justiça pelas próprias mãos”, e alterou a cena do crime. O caso ocorreu no Conjunto Canaã, bairro Areal, em Rio Branco.

Ângela diz que descobriu, posteriormente, que o filho foi induzido por outros jovens a entrar na casa do policial, por ser pequeno e conseguir passar por lugares menores.

“Esse policial que matou meu filho falou que ele tinha entrado para assaltar e ele não entrou para assaltar. Ele foi junto com dois caras que ‘convidaram’ ele, porque sabia que ele era pequeno. Eles colocaram o Fernando para subir e abrir o portão para eles entrarem para furtar. Eles tinham pegado televisão e várias coisas e tinha deixado no portão para levar”, narra ela.

Ainda de acordo com a denúncia, ao perceberem a chegada de uma viatura da polícia, os dois maiores de idade conseguiram pular o muro e fugir, enquanto que Fernando de Jesus foi deixado para trás pelos comparsas e acabou morto pelo policial. Ângela descreve que ficou sabendo da morte do filho através de grupos de notícias, mesmo a casa do policial não sendo distante da dela.

“Eu fui buscar meus filhos na escola e passei de frente da rua que ficava a casa do policial e não tinha movimentação de nada, não tinha carro de polícia, não tinha nada. Estava lavando roupa no fundo do quintal, aí escutei uma sirene ligada. Falei assim pro meu esposo: ‘aconteceu uma coisa muito grave, porque a ambulância passou voada no meio da rua’, afirma.

Meia hora depois, o cunhado de Ângela chegou informando que haviam fotos do filho dela morto sendo compartilhadas em um grupo no WhatsApp.

“Pelo que dá para ver na foto, tem a bota do policial, então deve ter sido ele mesmo que tirou a foto e postou em algum grupo que vazou. Na hora que aconteceu, os vizinhos me disseram que ele trancou o portão e ficou sozinho lá e só depois as pessoas foram chegando. Tinha uma loja de material de construção na beira da rua, que tinha um muro, e teve gente que atrepou [sic.] em cima do muro e viu as coisas que ele estava fazendo lá”, sustenta ela.

‘Não tinha necessidade de ter matado’

Inicialmente, a mãe de Fernando diz que soube por testemunhas que, no momento da morte, o filho estava sozinho e desarmado. Primeiramente, o policial teria atirado na perna do garoto e que Fernando teria implorado pela vida.

“Ele mesmo pediu para ele não matar ele, que levasse ele pra delegacia, e ele continuando atirando no menino. Ele implorou para não morrer”, narra ela.
As informações recebidas pela mãe dão conta ainda de que o crime teria ocorrido por volta das 11h e o ex-sargento teria ficado trancado com o garoto por volta de uma hora dentro da casa e, somente após ter lavado o corpo para limpar o sangue, chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que apenas pôde atestar o óbito. Ela garante que durante esse período, teriam colocado a arma para fingir que seu filho estava armado e também lavado o corpo dele.

“Eu sei que ele estava furtando, que ele fazia coisas erradas, mas não tinha necessidade de ter matado o menino, podia muito bem ter pegado o menino, ter espirrado spray de pimenta nele, levado para a delegacia, encaminhado para o Conselho Tutelar, pedido para recolher ele na pousada, não tinha necessidade de ter matado […] ele é policial, sabe que o barulho que o menino estava fazendo era a agonia da morte. Aquilo para mim foi o fim”, disse ela.

‘Exibiu o menino como troféu’

Ângela ainda contesta a quantidade de tiros informada pela polícia, já que na autópsia foram constatadas 10 perfurações em Fernando. Ela conta que ainda que, mesmo Fernando sendo dependente químico, nunca foi agressivo, não estava armado e tinha porte de criança, não apresentando perigo ao ex-policial.

“Ele ficou tripudiando em cima da morte, dizendo que tinha dado seis tiros nele e que lutou com o menino. Não tem nem cabimento, porque a pessoa quando pega um tiro daquela arma, já fica imobilizado […] se ele [Fernando] fosse um homem adulto, eu ficaria até calada. Se ele estivesse armado, eu até que entenderia, mas era um menino de 13 anos, bem magrinho, desnutrido por conta da dependência química, ele quase não comia, só queria saber de usar droga. Ele não só matou meu filho, ele exibiu o menino como troféu, ele tripudiou em cima da morte dele”, evidencia Ângela.

Ângela também afirma que teve o apoio das pessoas do bairro onde morava, pois viram que a ação do ex-policial foi desproporcional no momento do ocorrido.

“Ninguém nunca achou que o que ele [Fernando] fez foi certo. Todo mundo sabia que meu filho estava errado em ir roubar, mas não dava o direito dele [Erisson Nery] ter feito o que ele fez. Era para ele ser um policial correto, ele tinha que ter feito o correto, que era proteger as pessoas e não executar”, lamenta ela.

Velório e intimidações

A mãe de Fernando afirma que quando velou o corpo do filho, se sentiu perseguida e sofreu muito porque observava uma viatura policial passando constantemente em frente à igreja onde o corpo estava sendo velado. “Ficaram me oprimindo. Ninguém ficou no velório, todo mundo foi embora com medo”, conta ela.

Ângela diz ainda que, após a morte de Fernando, os jornais locais repercutiram a história, mas depois não teve mais respostas judiciais e decidiu postar um desabafo na internet. No entanto, ela recebeu ameaças para retirar a publicação.

“Pedi para minha filha postar porque eu achava o cúmulo uma pessoa fazer o que ele fez e ficar por isso mesmo. Aí eu não sei se era ele ou quem era, mas começou a mandar mensagem para minha filha pedindo para ela retirar [a publicação], porque disse que a gente estava ofendendo e ameaçando ele. Aí a minha filha retirou, ela ficou arrasada”, declara.

G1

 

Concurso da Educação no Acre é marcado por denúncias de irregularidades; saiba mais

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O maior concurso público da educação no Acre, realizado neste domingo, 1º, pelo Instituto de Educação e Desenvolvimento Social Nosso Rumo, foi alvo de denúncias de irregularidades por parte dos candidatos. O certame, que oferece 3 mil vagas para cargos de níveis médio e superior, teve episódios de uso de celular, “cola coletiva”, vazamento de questões e ausência de supervisão, segundo relatos que circularam nas redes sociais.

Um dos episódios mais graves foi registrado na Escola Djalma Teles Galdino, em Rio Branco, onde candidatos filmaram o caos durante a aplicação das provas. Em um vídeo, uma candidata afirmou que não havia examinadores na sala e que os participantes estavam impedidos de concluir o exame devido à desorganização.

Outro vídeo compartilhado mostra candidatos usando celulares durante a prova e participando de uma “cola coletiva”. Em um grupo de WhatsApp, mensagens relataram que em algumas salas os candidatos acessavam a internet para pesquisar respostas, o que comprometeu a isonomia do certame.

Diante das denúncias, o Governo do Acre se pronunciou ainda no domingo. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (SEE) classificou os problemas na Escola Djalma Teles Galdino como um caso isolado e informou que está conduzindo uma investigação em conjunto com o Instituto Nosso Rumo para apurar as responsabilidades.

A nota também anunciou que, para assegurar a igualdade de condições, os candidatos alocados nessa escola no período da tarde terão uma nova oportunidade de realizar o exame. A reaplicação será no dia 15 de dezembro de 2024, com detalhes sobre local e horário a serem informados por e-mail e publicados no site oficial do concurso.

Sobre o concurso

O certame tem como objetivo reforçar o quadro de servidores da SEE, com vagas destinadas a cargos administrativos e de docência. Para os cargos de nível médio, a remuneração inicial é de R$ 2.361,51, enquanto os aprovados para professor receberão R$ 4.270,21.

O Governo do Acre reafirmou o compromisso com a condução ética e transparente do processo seletivo, destacando que as medidas necessárias serão tomadas para garantir a credibilidade do concurso e a igualdade de condições para todos os candidatos.

Homem de 53 anos é ferido em agressão em bar na zona rural de Rio Branco

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Um caso de agressão violenta ocorreu na noite de domingo, 1º de dezembro, deixou Nildemar Barbosa de Oliveira, de 53 anos, com ferimentos graves. O ataque aconteceu em um bar situado nas proximidades do Ramal da Pissareira, na zona rural de Rio Branco.

Segundo relatos de testemunhas, a agressão teria sido motivada por uma dívida pendente de Nildemar com pessoas da região. Informações apontam que ele foi abordado por um grupo enquanto estava no local e foi agredido com ripas de madeira, causando lesões significativas.

Populares presentes prestaram os primeiros socorros antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Após os primeiros atendimentos, Nildemar foi transportado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito, onde recebeu cuidados médicos e passou por uma avaliação detalhada.

Criança morre afogada na zona rural de Cruzeiro do Sul

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Um trágico acidente no domingo, 1º de dezembro, resultou na morte de Murilo dos Santos, de 1 ano e 10 meses, na comunidade Santa Rita, região do Rio Liberdade, zona rural de Cruzeiro do Sul. O menino foi encontrado afogado no Igarapé do Boi, em um episódio que deixou os moradores profundamente abalados.

Segundo testemunhas, a mãe da criança realizava tarefas domésticas quando Murilo saiu de casa sem que ela percebesse. Apenas ao notar sua ausência, a mãe e uma tia iniciaram as buscas. O corpo do menino foi localizado no igarapé, sem vida, e retirado das águas por um tio da família.

As equipes do Corpo de Bombeiros e do Instituto Médico Legal (IML) foram chamadas para atender à ocorrência e realizaram os procedimentos necessários no local.

PM prende dois foragidos e apreende moto roubada na Bolívia em Brasiléia

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Durante uma operação realizada na noite desta sexta-feira, 29, em sua área de atuação, policiais militares do Giro do 5º Batalhão da Polícia Militar do Acre (5º BPM/PMAC), com o apoio do Giro de Rio Branco, prenderam dois indivíduos com mandado de prisão em aberto, além de apreender uma motocicleta produto de receptação. As ações ocorreram em locais distintos no município de Brasiléia

Na primeira ocorrência, que aconteceu por volta das 10h, no bairro Marcos Galvão II, a equipe policial abordou um homem de 28 anos e ao consultar o sistema, constatou que havia um mandado de prisão preventiva em seu desfavor. Imediatamente, foi feita a prisão.

No período noturno, por volta das 21h, no bairro Francisco José Moreira, os policiais avistaram um suspeito, que transitava em uma motocicleta Honda/Biz sem capacete. Feita a abordagem e consulta ao sistema, o homem de 30 anos possuía um mandado em seu nome, motivo pelo qual foi realizada a prisão.

A terceira ocorrência deu-se no bairro Alberto Castro, por volta das 23h, após a guarnição ter sido acionada para atender uma ocorrência onde duas pessoas estariam armadas em uma moto Kingo de cor prata sem placa de identificação. Ao avistar os suspeitos, eles aceleraram e tentaram fugir, mas acabaram perdendo o controle da moto e caindo durante o acompanhamento.

Ambos abandonaram o veículo e correram para uma área de mata alta, onde foram localizados e presos pelos policiais. Em consulta via autoridades bolivianas, verificaram que a moto possuía restrição de roubo/furto. Com os envolvidos também foram apreendidos dois telefones celulares.

Todas os presos e objetos apreendidos foram encaminhados à delegacia de polícia civil do município, para que fossem tomadas as medidas cabíveis.

Caminhonete perde controle e cai em ribanceira em Rio Branco; ocupantes abandonam veículo

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Um acidente envolvendo uma caminhonete Ford Ranger preta, de placa OAC7E13, chamou a atenção de quem trafegava pela BR-364, próximo à Fundação Hospitalar, em Rio Branco, na manhã deste domingo, 1º. O veículo perdeu o controle, colidiu contra a grade de proteção de um bueiro e caiu em uma ribanceira que dá acesso a um lago na região.

Dentro da caminhonete, foram encontrados copos de vidro e pertences pessoais, mas os ocupantes deixaram o local antes da chegada das autoridades. O impacto deixou a parte frontal do veículo completamente destruída.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local para realizar a perícia e investigar as causas do acidente. Até o momento, a identidade dos ocupantes e o motivo da colisão não foram esclarecidos.

Moradores e motoristas que frequentam o trecho alertam para os riscos da área, conhecida por curvas fechadas e bueiros que drenam a água para o lago, exigindo atenção redobrada.

As autoridades seguem investigando o caso e buscando informações sobre os envolvidos.

Parada LGBTQIAPN+ no Acre ocorre no Dia Mundial de Combate à AIDS em clima de polêmica

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A Parada LGBTQIAPN+ movimentou as ruas de Rio Branco na tarde de ontem, 1º de dezembro, coincidindo com o Dia Mundial de Combate à AIDS. O evento celebrou a diversidade e a inclusão, mas foi marcado por uma polêmica recente envolvendo a presença de crianças na manifestação.

O vereador João Marcos Luz (MDB) propôs e conseguiu aprovar na Câmara Municipal um projeto de lei que proíbe a participação de crianças em eventos como a parada. Segundo ele, a medida visa proteger menores de conteúdos considerados inapropriados para sua idade. A decisão gerou ampla discussão, tanto entre parlamentares quanto na sociedade civil, sendo vista por críticos como uma tentativa de censura e de restringir o direito das famílias de educar e incluir seus filhos em ambientes de diversidade.

Em meio às controvérsias, o vereador recém-eleito André Kamai (PT) participou do evento acompanhado de sua filha de 10 anos. A presença da criança foi uma demonstração de apoio à causa e de resistência às restrições impostas pelo projeto aprovado. Kamai afirmou que “A gente só forma uma sociedade plural, de paz, respeitosa, quando as nossas crianças participam disso. Elas precisam aprender que vão conviver com a pluralidade, com as diferenças e isso faz parte da vida em sociedade. Trazê-las para cá é um processo educativo.”

O evento também promoveu a conscientização sobre a prevenção ao HIV/AIDS, reforçando a necessidade de combater o preconceito e a desinformação em torno do tema. Organizações sociais distribuíram materiais educativos e preservativos ao longo da programação.

Justiça manda vereador apagar vídeo em que convoca população para fiscalizar Parada LGBT+

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A Justiça do Acre determinou que o vereador João Marcos Luz (PL) e dois portais de notícias do estado apaguem um vídeo em que o parlamentar aparece convocando a população de Rio Branco a fiscalizar a 17ª Parada do Orgulho LGBT+, que ocorre neste domingo (1º).

O g1 entrou em contato com Luz mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. O vídeo, entretanto, foi retirado do perfil do vereador em uma rede social. Com 2.775 votos, Luz não conseguiu se reeleger vereador nas eleições deste ano.

Na decisão assinada pela juíza Eliza Aires do Rêgo, da Vara do Juiz de Garantias, foi determinado que o vídeo deveria ser retirado do ar no prazo de uma hora a partir da publicação da liminar, sob pena de multa de R$ 14 mil hora de atraso, com limite de até R$ 140 mil.

João Marcos Luz pede no vídeo para que a população o ajude a fiscalizar parada em busca de crianças, cenas de nudez, consumo de bebidas alcóolicas, drogas e algo que ele classifica como “achincalho com imagens religiosas”.

Discurso de ódio

No pedido de liminar, a Defensoria Pública do Acre apontou que o vídeo traz discurso de ódio contra pessoas LGBTQIAPN+.

“Ele afirma que referida população retira a paz das crianças, pois são pessoas que usam a parada da diversidade para usarem drogas, uso de bebidas alcoólicas, cenas de nudez e atacar símbolos religiosos, entre outras falas odiosas, pedindo fiscalização por parte dos munícipes, como se a parada da diversidade fosse um lugar que devesse ser criminalizado e como os cidadãos fossem fiscais, prontos para tomar alguma atitude contra referido grupo”, disse a Defensoria.
Outro ponto abordado é o pedido para fazer valer o PL que proíbe a presença de crianças e adolescentes no evento. o texto, de autoria de João Marcos, foi aprovado pela Câmara de Vereadores de Rio Branco no dia 13 de novembro e aguarda o parecer do prefeito Tião Bocalom (PL) que pode sancioná-lo ou rejeitá-lo.

O projeto, porém, é considerado inconstitucional, ou seja, não tem validade jurídica. Com pareceres contrários dos ministérios públicos Federal e do Acre, além da própria Procuradoria da Câmara de Rio Branco.

A Justiça do Acre acolheu os argumentos da Defensoria, ressaltando o ‘conteúdo homofóbico e racista’ do vídeo.

“O vídeo ora divulgado é ofensivo e preconceituoso… O argumento da liberdade de expressão não pode ser utilizado como escudo para a propagação de atos ilícitos e discursos que disseminam o ódio e a intolerância contra grupos minoritários”, enfatizou a juíza.

G1

Governo do Acre anuncia reaplicação de prova do concurso da Educação após tumulto em escola

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O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e da Secretaria de Estado de Administração (Sead), informa que o Instituto de Educação e Desenvolvimento Social Nosso Rumo, responsável pela execução do concurso público, está investigando a razão que levou à intercorrência registrada na Escola Djalma Teles Galdino, no período da tarde deste domingo, 1º de dezembro de 2024, durante a aplicação da prova.

Ressaltamos que se trata de um fato isolado e que o Instituto está conduzindo uma avaliação detalhada para apurar os acontecimentos e prestar as informações necessárias com a máxima transparência.

Para garantir a isonomia e o direito de todos os candidatos que estavam exclusivamente alocados na referida escola no período vespertino, será realizada uma nova prova no dia 15 de dezembro de 2024. Os detalhes sobre local e horário serão enviados por e-mail e publicados em edital no site oficial do certame.

O Governo do Acre reafirma seu compromisso com a transparência e a condução ética do referido concurso.

Aberson Carvalho
Secretário de Estado de Educação e Cultura

Paulo Roberto Correia da Silva
Secretário de Estado de Administração