segunda-feira, 4 agosto 2025
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Gaza: ao menos 20 morrem sufocados por gás lacrimogêneo em centro de ajuda humanitária

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Pelo menos vinte palestinos foram mortos enquanto esperavam por suprimentos em um posto de distribuição de alimentos no sul da Faixa de Gaza nesta quarta-feira, 16. O local é administrado pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma entidade privada administrada por Israel e pelos Estados Unidos que substituiu as Nações Unidas nas operações humanitárias no enclave. De acordo com testemunhas e autoridades de saúde do território, guardas da GHF lançaram gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra a multidão faminta.

A GHF atribuiu as mortes à confusão. Em comunicado, afirmou que dezenove das vítimas foram esmagadas e uma, esfaqueada, no que descreveu como uma “onda caótica e perigosa”. A organização não comentou sobre o uso de spray de pimenta ou gás lacrimogêneo por seus funcionários no posto de distribuição, que fica próximo a Khan Younis.

Já o Ministério da Saúde de Gaza afirmou que, das vinte vítimas, quinze morreram sufocadas pelos gases tóxicos disparados. É um marco sombrio para os palestinos em uma guerra na qual ataques israelens já ceifaram mais de 58 mil vidas, a maioria civis.

“Esta é a primeira vez que mortes foram registradas devido a asfixia e tumultos graves em centros de distribuição de ajuda”, disse a autoridade de saúde do enclave.

VEJA

Acre institui Selo Escola Amiga da Saúde Mental para incentivar boas práticas educacionais

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Foi sancionada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE), desta quarta-feira, 15, a Lei nº 4.607/2025, de 15 de julho de 2025, de autoria do deputado estadual Afonso Fernandes (Solidariedade), que cria oficialmente o Selo Escola Amiga da Saúde Mental no Estado do Acre. A nova legislação tem como objetivo reconhecer e valorizar instituições de ensino que desenvolvam práticas regulares voltadas à promoção da saúde mental entre estudantes e profissionais da educação.

A concessão do selo será feita com base em critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SESACRE). Entre os critérios considerados estão a realização de rodas de conversa, a oferta de apoio psicológico e a execução de programas de conscientização.

De acordo com a lei, a adesão ao selo será voluntária, mas as escolas participantes que forem contempladas poderão ser reconhecidas em eventos oficiais e materiais institucionais do Estado. A ideia é que esse reconhecimento sirva como incentivo para que mais escolas adotem ações voltadas ao bem-estar psicológico da comunidade escolar.

A norma entra em vigor na data de sua publicação e foi assinada pelo presidente da Aleac deputado Nicolau Júnior (PP), que responde, interinamente, pelo governo do Acre, nas ausências do governador Gladson Camelí e da vice Mailza Assis, que cumprem agendas fora do estado.

Chefes do Senado e da Câmara falam em união contra “agressão” dos EUA

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil – AP), assegurou, nesta quarta-feira (16), que o Congresso Nacional está unido em prol da defesa dos interesses brasileiros contra o que classificou como uma “agressão” por parte do governo dos Estados Unidos, ao anunciar que passará a cobrar 50% de tarifa de importação dos produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

“Tenho conversado muito com o presidente [da Câmara dos Deputados] Hugo Motta [Republicanos-PB] com relação a esses últimos acontecimentos e temos a compreensão de que nós, o Poder Legislativo, vamos defender a soberania nacional, os empregos dos brasileiros e os empresários brasileiros”, declarou Alcolumbre logo após reunião com Motta e com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

“Também tenho a convicção de que este processo tem que ser liderado pelo Poder Executivo. Esta relação diplomática internacional tem que ser feita pelo chefe de governo, de Estado”, acrescentou Alcolumbre antes de ponderar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou ao delegar a Alckmin, que também responde pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a atribuição de coordenar o comitê criado para discutir e negociar eventuais soluções para as medidas anunciadas pela Casa Branca.

“Acho que o presidente Lula, com sua equipe, acertou ao empoderá-lo para que o senhor possa conduzir todas essas tratativas sem abrir mão da soberania e dos interesses do nosso povo e do Brasil”, concluiu o presidente do Senado, dirigindo-se a Alckmin ao defender a importância do governo federal liderar o processo de negociações fornecendo as informações indispensáveis ao Congresso.

“Neste momento de agressão ao Brasil e aos brasileiros, que não é correta, temos que ter firmeza, resiliência e tratar com serenidade esta relação, buscando estreitar os laços e fazer as coisas acontecerem.”

Já Motta destacou que a ameaça estadounidense produziu, no Brasil, “mais um momento de unidade nacional”. “Unidade em favor do país, de proteção a nossa indústria, aos nossos empregos, às nossas relações diplomáticas”, comentou o presidente da Câmara, lembrando que, em abril deste ano, o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei 2.088/2023, que cria a Lei da Reciprocidade Comercial, autorizando o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras aos produtos do Brasil no mercado global. O presidente Lula regulamentou a lei nesta segunda-feira (14).

“Da mesma forma que aprovamos, por unanimidade, este instrumento que o governo hoje tem para garantir a proteção do nosso país, dos nossos negócios, estamos prontos para estar na retaguarda do Poder Executivo. Para que, nas decisões que necessitarem da ação do Parlamento, possamos agir com rapidez e agilidade”, comentou Motta ao avaliar que a população brasileira compreende que “decisões externas” não podem interferir na soberania nacional.

 

PL realiza ato de filiação e lança pré-candidaturas em Tarauacá com presença de Bittar e Bocalom

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O Partido Liberal (PL) realizará no próximo sábado, 19, na Câmara Municipal de Tarauacá, um ato de filiação dos novos simpatizantes do partido no município. O evento contará com a presença do senador Márcio Bittar e do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.

O ato também terá a formalização de pré-candidaturas no município. Entre os nomes apresentados como pré-candidatos estão o ex-deputado federal Jesus Sérgio, que disputará uma vaga na Câmara Federal e a ex-prefeita de Tarauacá, Maria Lucineia, que será lançada como pré-candidata a deputada estadual.

A comitiva liberal chegará a Tarauacá na manhã de sábado e permanecerá na cidade durante todo o dia. No domingo, o grupo seguirá para o município de Jordão, onde deve continuar os diálogos políticos com lideranças locais.

Com informações do Extra do Acre.

Governo sanciona lei de Gonzaga que cria o Programa de Farmácias Vivas e incentiva uso de plantas medicinais no SUS

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O governo do Acre sancionou a Lei nº 4.605, de 15 de julho de 2025, que institui o Programa de Farmácias Vivas no estado. A norma publicada na edição desta quarta-feira, 16, do Diário Oficial do Estado (DOE), estabelece diretrizes para o uso de plantas medicinais e fitoterápicos na rede pública de saúde, com foco no acesso seguro, sustentável e racional a terapias alternativas baseadas na biodiversidade regional.

De autoria do deputado Luiz Gonzaga (PSDB), o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa prevê a produção, manipulação e distribuição de medicamentos naturais por meio de unidades especializadas, chamadas Farmácias Vivas. A intenção é ampliar as opções terapêuticas oferecidas à população, promovendo o uso de espécies vegetais adaptadas ao bioma local e valorizando os saberes tradicionais com respaldo técnico e científico.

A lei também prevê a capacitação de profissionais da saúde para a prescrição adequada de plantas medicinais e fitoterápicos, além de ações de conscientização sobre os benefícios e cuidados no uso desses produtos. Outro ponto de destaque é o incentivo à produção local, com apoio técnico e financeiro a agricultores familiares e comunidades tradicionais, fomentando a geração de renda e o fortalecimento da cadeia produtiva.

Além disso, a legislação estabelece o controle de qualidade dos fitoterápicos produzidos, com certificação de origem e práticas seguras de cultivo, colheita e manipulação, conforme regulamentação específica. Cooperativas, associações e pequenas empresas dedicadas ao cultivo e fornecimento de plantas medicinais poderão receber incentivos econômicos e fiscais, desde que cumpram as normas técnicas e sanitárias do programa.

Gonzaga, que é um entusiasta da medicina natural, comemorou a sanção do projeto de lei. “O Acre é um estado rico em plantas medicinais e precisamos usar essa riqueza para salvar vidas”, disse o parlamentar.

A nova política pública será regulamentada pelo Poder Executivo, que ficará responsável por definir os mecanismos necessários para sua implementação. A lei entrou em vigor na data de sua publicação.

 

Homem é preso vendendo droga na frente da Ufac, em Rio Branco

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Um homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas, na terça-feira, 15, nas proximidades do campus universitário da UFAC, após denúncias indicarem a venda de entorpecentes no local.

Durante patrulhamento, a equipe policial identificou o suspeito, que tentou disfarçar ao perceber a aproximação da guarnição. Na abordagem, foi encontrada substância, aparentemente, maconha em suas roupas e mais 12 porções da droga no forro de seu capacete.

Ao receber voz de prisão, o homem confessou possuir mais drogas em sua residência. Com a autorização da mãe do suspeito, a polícia adentrou a casa no quarto do indivíduo, foram descobertos uma tábua de cortar e uma faca com resquícios de maconha, sementes da planta e uma prensa hidráulica, equipamento comumente utilizado para prensar entorpecentes.

Os militares encaminharam o envolvido, juntamente com o ilícito apreendido à delegacia especializada para as devidas providências legais.

Com informações Ascom PMAC

Acre adota novas estratégias para manter rebanho livre de febre aftosa sem vacinação

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O governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), dá mais um passo na luta contra a febre aftosa com o início de um novo ciclo do Programa de Vigilância Baseada em Risco (PVBR), implementado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O programa tem como objetivo adotar estratégias de vigilância mais eficientes e direcionadas, utilizando a análise de risco para identificar áreas e propriedades que demandam maior atenção. Além disso, promove ações de educação sanitária, orientando o produtor rural sobre medidas de biosseguridade essenciais para a prevenção da doença no estado.

Desde o início do primeiro ciclo no Acre, em 2023, mais de 2.240 visitas técnicas foram realizadas em propriedades rurais com presença predominante de espécies suscetíveis à febre aftosa. Agora, com o início do ciclo 2025-2, previsto para o segundo semestre deste ano, a expectativa é de que mais de 600 propriedades rurais sejam vistoriadas em todas as regiões do estado.

Segundo Renan Viana, médico veterinário e coordenador do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PEEFA) do Idaf, o novo ciclo do PVBR contempla o monitoramento constante dos rebanhos e ações educativas voltadas aos produtores rurais.

“O Acre possui atualmente mais de 26 mil propriedades com criação de animais suscetíveis à doença e, conforme as diretrizes do PNEFA [Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa], a meta é vistoriar pelo menos 2% desse total a cada semestre, orientando os produtores sobre a importância da notificação imediata de qualquer suspeita clínica compatível com febre aftosa”, explica.

Monitoramento em Tarauacá

A vigilância em lixões e aterros sanitários no Acre também é uma meta preconizada pelo PNEFA e pelo Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS). A iniciativa visa verificar as condições desses locais, uma vez que representam pontos críticos para a disseminação de doenças.

O Idaf mantém uma atuação preventiva para evitar a reintrodução de enfermidades que podem causar grandes prejuízos econômicos, como a febre aftosa e a peste suína clássica, ambas com potencial de impactar severamente rebanhos.

Essas ações incluem a verificação das instalações dos lixões e aterros, garantindo que estejam devidamente cercados e com acesso controlado, para impedir a entrada de animais suscetíveis, fortalecendo a cadeia produtiva e promovendo a integração do Acre aos mercados nacional e internacional.

Para o produtor rural João Paulo Oliveira, que possui uma propriedade ao lado do aterro em Tarauacá, a fiscalização do Idaf é uma garantia de segurança sanitária.
“A gente entende o papel do Idaf e, por isso, sempre abrimos as portas para a fiscalização. Sabemos da importância tanto para nós, como pecuaristas, pois mantemos uma produção saudável, quanto para a defesa agropecuária em todo o estado”, ressalta João Paulo.

“Quando locais como aterros não estão em conformidade com as diretrizes sanitárias, realizamos orientação técnica aos responsáveis, geralmente prefeituras ou secretarias municipais de Meio Ambiente, para que tomem as providências necessárias. O objetivo é impedir que animais tenham acesso a esses locais, evitando a exposição a agentes patogênicos e o risco de embargos sanitários ao nosso estado e ao país”, explica Renan Viana.

Governo começa a devolver valores de descontos indevidos a aposentados a partir de 24 de julho

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O Ministério da Previdência Social já identificou 1,4 milhão de aposentados aptos a receber ressarcimento por descontos indevidos realizados por entidades associativas. Os pagamentos começam a ser efetuados no dia 24 de julho, conforme anunciado pelo ministro Wolney Queiroz nesta quarta-feira, 16, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Segundo Queiroz, a adesão ao acordo com o governo é fundamental para que os valores sejam devolvidos. “Hoje já temos 27% de adesão. É um número expressivo porque começou na sexta-feira [dia 11]”, destacou. A meta é pagar 100 mil aposentados por dia, o que permitirá quitar os valores devidos em cerca de duas semanas.

Para receber o reembolso, o aposentado precisa aderir ao acordo por meio dos Correios ou pelo aplicativo oficial da Previdência. O prazo para iniciar o processo vai até o dia 14 de novembro.

Durante o processo, o aposentado será questionado se autorizou ou não o desconto. Caso responda que não autorizou, caberá à associação comprovar a autorização em até 15 dias úteis. Caso não apresente a documentação no prazo, o que, segundo o ministro, ocorre na maioria dos casos, o aposentado será automaticamente incluído na lista de beneficiários.

“Quem aderir primeiro, recebe primeiro”, reforçou Queiroz, incentivando os beneficiários a não deixarem para a última hora.

Entre os principais benefícios da adesão estão:

– Dispensa de contratação de advogado;
– Direito de processar judicialmente as associações responsáveis pelos descontos;
– Facilidade e agilidade no recebimento dos valores.

Ao aceitar o acordo, o aposentado renuncia a ações contra o governo, mas mantém o direito de processar as associações por eventuais danos, incluindo morais.

O governo também está atuando para responsabilizar as entidades que promoveram os descontos indevidos. Até agora, R$ 2,8 bilhões foram bloqueados em contas dessas associações, que estão sendo investigadas.

“Essas associações [não idôneas] só voltarão a funcionar após o pente fino que estamos fazendo. Vamos atrás de cada centavo dessas associações que fraudaram o INSS, para ressarcir o Tesouro”, afirmou o ministro.

Como parte da resposta ao caso, o governo está reformulando seus mecanismos de controle, incluindo Ouvidoria, Corregedoria e Controle Interno, a fim de evitar fraudes semelhantes no futuro.

Estima-se que até 9 milhões de aposentados tenham sido afetados por algum tipo de desconto, em períodos que variam de meses a anos. O prazo máximo para que o governo realize os pagamentos é de cinco anos.

O governo também planeja uma busca ativa nas áreas mais isoladas da Região Norte, incluindo comunidades indígenas, quilombolas e pessoas com mais de 80 anos. Essas populações já foram incluídas automaticamente no programa de reembolso, e o atendimento será realizado também por meio do PrevBarco, embarcação da Previdência que presta serviços em áreas de difícil acesso.

Justiça barra emenda de quase R$ 16 milhões de Márcio Bittar destinada à Santa Casa

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A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal no Acre declarou que a Santa Casa da Amazônia e a Santa Casa de Rio Branco estão impedidas de contratar com a Administração Pública. A sentença também determinou que a União deve cancelar os empenhos federais destinados à Santa Casa da Amazônia e suspender a análise de novas propostas em favor das duas entidades.

Na ação civil pública, o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias apontou que a Santa Casa da Amazônia foi reativada com a finalidade de burlar os impedimentos legais da Santa Casa de Rio Branco, que enfrenta diversos débitos fiscais, trabalhistas e judiciais e está impedida de receber verbas públicas. De acordo com as investigações realizadas pelo MPF, as duas entidades compartilham endereço, gestão e estrutura física, o que configura desvio de finalidade e confusão patrimonial para fraudar credores.

Além disso, a Justiça Federal confirmou a ocorrência de atos de promoção pessoal envolvendo o senador Márcio Bittar e a ex-esposa dele, Márcia Bittar, ambos beneficiados com homenagens dentro das instalações da unidade hospitalar e em placas fixadas no local. Os recursos destinados à entidade por meio de emendas parlamentares do senador somaram mais de R$ 15 milhões, sendo que parte do valor já foi aplicada na reforma do prédio ocupado anteriormente pela Santa Casa de Rio Branco.

Segundo apurado pelo MPF, o uso da Santa Casa da Amazônia teve como propósito mascarar os impedimentos legais da entidade original (Santa Casa de Rio Branco). Dessa forma, o órgão aponta que os atos praticados violam os princípios constitucionais da moralidade, legalidade, impessoalidade e probidade administrativa, o que deve impedir o repasse de recursos públicos aos estabelecimentos.

Na decisão, a magistrada Luzia Farias da Silva Mendonça destacou que a Santa Casa da Amazônia está sendo utilizada com desvio de finalidade e com o propósito de lesar credores da Santa Casa de Rio Branco, além de burlar os impedimentos de seu funcionamento. “A fraude fica evidente a partir da reativação da Santa Casa da Amazônia com o propósito de dar continuidade às atividades da Santa Casa de Rio Branco”, aponta um dos trechos da sentença.

Além disso, cita que os responsáveis pelas entidades usaram intencionalmente a Santa Casa da Amazônia para captar os recursos públicos que a Santa Casa de Rio Branco está impedida de alcançar. De acordo com a decisão, na prática, reativaram a Santa Casa de Rio Branco, reformando o prédio e dando continuidade nos serviços prestados ali, burlando os impedimentos fiscais, trabalhistas e jurídicos que recaem sobre a Santa Casa de Rio Branco.

Entenda o caso – Após apuração iniciada em setembro de 2021 para verificar o caso, o Ministério Público Federal apresentou ação civil pública em março de 2022 para impedir a destinação de verbas para a Santa Casa da Amazônia e a Santa Casa de Rio Branco.

Na ação, o MPF destacou que, em um estado que apresenta diversas deficiências na prestação pública de assistência à saúde, a Santa Casa foi escolhida sem qualquer critério objetivo, apenas pela amizade entre a gestão da instituição e o senador da República que destinou as verbas, conforme explicitado pela placa afixada durante a solenidade de lançamento da pedra fundamental.

MPAC ajuíza ação para obrigar prefeitura a adotar medidas de proteção animal

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio das Promotorias de Justiça Especializadas de Meio Ambiente do Baixo Acre e de Habitação e Urbanismo, com o apoio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural, Habitação e Urbanismo, ajuizou uma Ação Civil Pública com pedido de urgência contra o Município de Rio Branco para garantir a implementação de uma política pública efetiva de proteção e bem-estar de cães e gatos abandonados.

Na ação, o MPAC requer que a Prefeitura de Rio Branco, no prazo de 60 dias, adote medidas emergenciais como a construção de um abrigo público temporário, a realização de mutirões de castração, a regularização do castramóvel, o fortalecimento das ações de educação ambiental e fiscalização, bem como o apoio ao trabalho voluntário realizado por protetores e organizações da sociedade civil.

O Ministério Público também solicita que, em caso de descumprimento das medidas, seja aplicada multa diária de R$ 5 mil, a ser cobrada diretamente do prefeito municipal. Além disso, requer que o Município seja condenado ao pagamento de R$ 1 milhão por danos morais coletivos, valor a ser revertido em ações voltadas à causa animal.

A iniciativa foi motivada pela ausência de medidas estruturantes por parte do poder público, mesmo após diversas reuniões realizadas com órgãos da administração municipal e entidades da sociedade civil. Embora tenham sido firmados compromissos, nenhuma ação concreta foi efetivamente implementada.

“A ausência de políticas públicas voltadas ao controle populacional, acolhimento e atendimento veterinário de animais em situação de rua representa um risco à saúde da população e uma violação aos direitos dos próprios animais, garantidos pela Constituição Federal. A maior parte das ações de cuidado e resgate tem sido realizada por voluntários e organizações da sociedade civil, que assumem com recursos próprios responsabilidades que caberiam ao poder público”, destacou o promotor de Justiça Alekine Lopes dos Santos.

Diante da falta de respostas efetivas por parte da Prefeitura, o MPAC recorreu ao Poder Judiciário como última alternativa para assegurar que o Município cumpra seu dever legal. A ação tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Rio Branco e aguarda decisão sobre os pedidos de urgência.

Ascom MPAC