sábado, 13 setembro 2025
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Sesacre diz que grávida de Santa Rosa chegou com feto morto e foi atendida de imediato na maternidade de Rio Branco

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A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou nota de esclarecimento sobre o caso envolvendo uma moradora de Santa Rosa do Purus, Francisca Luziane Nascimento da Silva, que perdeu o filho durante trabalho de parto.

A nota diz que a paciente já chegou na Maternidade Bárbara Heliodora (MDB), em Rio Branco, com o feto morto.

“A referida paciente foi atendida de imediato pela equipe de plantonistas, que diagnosticaram morte fetal intrauterina e rotura uterina. Em momento algum, por parte da MBH houve demora no atendimento da paciente”, diz trecho da nota.

Nota de Esclarecimento

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio da direção da Maternidade Bárbara Heliodora (MBH) presta os seguintes esclarecimentos em relação à matéria veiculada na mídia no dia 3 de setembro, a respeito da senhora Francisca Luziane Nascimento da Silva.

1- A paciente veio encaminhada do município de Santa Rosa do Purus, dando entrada nesta maternidade às 12h58 do dia 02/09/2020.

2- A referida paciente foi atendida de imediato pela equipe de plantonistas, que diagnosticaram morte fetal intrauterina e rotura uterina.

3 – Diante do quadro clínico apresentado pela paciente, foi encaminhada imediatamente para o centro cirúrgico, onde foi submetida a cesariana e histerectomia, em razão da rotura uterina.

4- Em momento algum, por parte da MBH houve demora no atendimento da paciente.

Informamos que até a presente data, o quadro de saúde da paciente se encontra estável e o o pós-operatório apresenta evolução favorável.

Wuesley Daniel
Gerente de Assistência do Serviço de Atenção Básica da Mulher e da Criança-Sasmac

Alerta para o extermínio dos povos isolados na América

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O Informe Trinacional Queimadas e Desmatamento em Territórios com Registros de Povos Indígenas em Situação de Isolamento, divulgado hoje (26), faz um alerta sobre a ameaça que essas ações representam à sobrevivência dos povos isolados da Bolívia, do Brasil e do Paraguai, que habitam regiões da Amazônia, do Grande Chaco Americano e do Cerrado brasileiro.

“A perda territorial, causada pelo desmatamento e incêndios, causa deslocamento em busca de locais mais seguros, mas traz outros perigos: abordagem involuntária às populações vizinhas e possível contágio de doenças. A situação é ainda mais complicada pela presença da covid-19, uma pandemia cujo crescimento exponencial compromete seriamente a vida desses povos, a herança viva da América e da humanidade”, concluiu o documento.

O informe resulta de iniciativa de mais de 20 organizações indígenas e da sociedade civil que integram o Grupo de Trabalho Internacional sobre os Povos Indígenas em Situação de Isolamento e Contato Inicial (GTI PIACI) e que representam essas três regiões, diante do aumento na incidência de incêndios florestais e na taxa de desmatamento no ano passado.

Segundo o relatório, esse cenário começa a repetir-se em 2020, na medida em que as queimadas se estendem novamente pela Amazônia e pelo Grande Chaco Americano. A conclusão é que essa situação agrava a condição de extrema vulnerabilidade dos grupos isolados, porque os incêndios e o desmatamento destroem os territórios com os quais os povos têm dependência e são base de sua sobrevivência e de sua cultura.

Riscos

Para o especialista regional em questões de Povos Indígenas em Isolamento, consultor da organização Land Is Life e autor principal do relatório, Antenor Vaz, há ações evidentes dos Estados-Nação em uma perspectiva de exterminar esses povos, diante do que chamou de falta de providência dos governos diante de alertas antecipados. Entre os problemas que avançam sobre os territórios dos povos isolados estão a ação do garimpo e de madeireiras ilegais, grilagem de terra, narcotráfico e construção de grandes empreendimentos.

“Existe uma ausência não só de definição de políticas e implementação de políticas, mas também existe uma presença do estado por meio de um modelo de desenvolvimento, em que promovem a construção de hidrelétricas, o agronegócio, que avança sobre os territórios, queima e invade os territórios dos isolados. E existe uma ausência total do Estado para coibir as ações ilícitas”, declarou.

Ele alerta para o risco de genocídio dos povos indígenas isolados. Segundo ele, o que caracteriza um genocídio é o extermínio deliberado, parcial ou total, de um grupo indígena, de uma etnia, de uma seção religiosa, seja ela qual for. “O que temos observado nos três países [do relatório] e podemos dizer, de maneira geral, dos sete países [da América do Sul] com povos indígenas isolados, é que esses povos dependem fundamentalmente do seu território. Se você impacta esse território, você está criando condições para que esses povos não sobrevivam”, advertiu.

Outro resultado apresentado é que um elemento comum na origem do aumento das queimadas é a ação humana, impulsionada por situações como as práticas expansivas do agronegócio e da indústria extrativa – como a madeireira e a garimpeira. Essa situação, aliada à falta de marcos regulatórios efetivos para a proteção dos povos indígenas isolados, faz com que a situação deles seja cada vez mais precária, conforme avaliação no documento.

Dados

Foram analisados 99 Territórios Indígenas (TI) com registros de povos indígenas em situação de isolamento (PIA, na sigla em inglês) nos três países, constatando-se em 2019 um aumento de focos de calor na ordem de 258% na Bolívia, 259% no Brasil e 185% no Paraguai, na comparação com 2018. Os focos de calor detectados nas 32 unidades de conservação (áreas protegidas) também com presença de PIA em 2019, subiram 744% na Bolívia, 347% no Brasil e 44.150% no Paraguai, na comparação com 2018.

Para as análises, foram usados dados de fogo ativo – conhecidos também como focos de calor ou focos de queimada – de satélite do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com base nesses dados, foram elaborados informes locais de incêndios pela Coordenação de Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) no Brasil, a Iniciativa Amotocodie (IA) no Paraguai, e a Central Indígena de Comunidades Tacana II do Rio Madre de Dios (CITRMD) na Bolívia.

Com base nos dados da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram identificados 114 registros de presença de povos indígenas em situação de isolamento (PIA), incluindo confirmados, em estudo ou em informação. Destes, 81 estão em áreas protegidas (em terras indígenas ou em unidades de conservação) e foram considerados para este informe. Um total de 33 registros não estão em áreas legalmente delimitadas e, por isso, não foram avaliados.

Recomendações

O documento propõe recomendações para a implementação de medidas de proteção desses povos e de seus territórios. Para as Casas Legislativas dos três países, recomenda-se que legislem sobre uma proposta de Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que resulte em um plano de prevenção e combate aos desmatamentos na Amazônia, no Grande Chaco e no Cerrado.

Para a sociedade civil e Estados-Nações, a sugestão é que apoiem as iniciativas de povos indígenas com histórico de contato e suas organizações, fortalecendo, por exemplo, a formação de brigadas indígenas de combate e prevenção a incêndios, além de apoiar a autoproteção dos territórios. Em relação aos organismos multilaterais, pede-se uma atuação mais incisiva em relação aos Estados em uma perspectiva de combate a incêndios e destruição de territórios indígenas e unidades de conservação

Questionada sobre o alerta de ameaça de genocídio contra os povos indígenas isolados constante no relatório, a Fundação Nacional do Índio (Funai) disse, em nota, desconhecer o teor do documento citado e informou que, em parceria como Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo-Ibama), atua na execução de atividades de Manejo Integrado do Fogo (MIF) em terras indígenas, adotando atividades de prevenção e de combate a incêndios florestais nessas áreas.

A Agência Brasil pediu posicionamento dos Ministérios do Meio Ambiente e da Justiça, que destinaram a demanda à Funai e ao Conselho da Amazônia da Vice-Presidência. A reportagem aguarda resposta do conselho.

Agência Brasil

Vacina russa para Covid induziu resposta imune e não teve efeitos adversos, indica estudo

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Cientistas russos observaram que uma das limitações foi a falta de grupo controle, e que mais testes são necessários para comprovar a eficácia da vacina. Governo do Paraná, que firmou parceria para fabricar o imunizante, prevê iniciar testagem no Brasil em 1 mês.

A vacina da Rússia para a Covid-19 não teve efeitos adversos e induziu resposta imune, indica um estudo com resultados preliminares publicado na revista científica “The Lancet”, uma das mais importantes do mundo, nesta sexta-feira (4). Os cientistas russos reconheceram a necessidade de mais testes para comprovar a eficácia da vacina.

Chamada de “Sputnik V”, a imunização foi registrada no mês passado na Rússia, mas a falta de estudos publicados sobre os testes gerou desconfiança entre a comunidade internacional.

No Brasil, o governo do Paraná firmou uma parceria para desenvolver a vacina russa e, nesta sexta (4), informou que o pedido de registro do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve ser feito em 10 dias. Os testes no país devem começar em 1 mês.

Resposta imune forte e de longo prazo

Segundo os resultados publicados, referentes às fases 1 e 2, não houve efeitos adversos até 42 dias depois da imunização dos participantes, e todos desenvolveram anticorpos para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) dentro de 21 dias.

Os cientistas do Instituto Gamaleya, que desenvolveu a vacina, disseram à imprensa que essa resposta foi maior do que a vista em pacientes que foram infectados e se recuperaram do novo coronavírus naturalmente.

G1

Força-Tarefa: 105 pessoas foram denunciadas por crimes ambientais nos últimos 2 anos

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A atuação conjunta de procuradores traçou diagnósticos sobre a complexidade dos crimes ambientais na floresta e construiu novos conhecimentos para aprimorar o combate aos ilícitos

Em dois anos, o trabalho de apuração criminal desenvolvido pela Força-Tarefa Amazônia (FT Amazônia) do Ministério Público Federal (MPF), concentrada nos estados do Amazonas e de Rondônia, resultou no cumprimento de 516 medidas de investigação em 15 operações, além do ajuizamento de 18 ações penais. A força-tarefa foi oficialmente instituída em agosto de 2018 e prorrogada em fevereiro de 2020 por mais um ano. Nesse período, foram reveladas práticas criminosas baseadas na destruição de recursos naturais que movimentavam quantias milionárias. O total de denunciados é de 105, entre pessoas físicas e jurídicas.

Dentre os casos de destaque está a Operação Elemento 79, que descortinou um complexo esquema de utilização de ouro proveniente de garimpos ilegais na Amazônia em uma indústria joalheira sediada em Manaus. Em pouco mais de dois anos, a indústria recebeu 316 quilogramas de ouro de origem ilícita, vindos de garimpos em Roraima, Rondônia e interior do Amazonas, para transformação em joias e barras de ouro. Segundo parecer produzido pelo setor pericial do MPF, cada quilograma de ouro extraído ilegalmente na Amazônia produz, minimamente, R$ 1,7 milhão de danos ambientais. Isso significa que, nessa operação, os danos ambientais superam a casa dos R$ 500 milhões.

Outra operação que demonstra as vultosas quantias obtidas pelos infratores a partir dos crimes ambientais na Amazônia é a Ojuara (http://www.mpf.mp.br/am/sala-de-imprensa/noticias-am/operacao-ojuara-mpf-denuncia-22-envolvidos-em-crimes-ambientais-no-ac-e-no-am). As investigações revelaram o envolvimento de servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Acre em esquema de corrupção que favorecia grileiros e pecuaristas ligados a desmatamento na região. Um dos denunciados por lavagem de dinheiro usava a esposa como “laranja”, registrando em nome dela bens e valores decorrentes da atividade criminosa, para ocultar a origem dos recursos, que foram calculados em mais de R$ 3,6 milhões, movimentados entre 2011 e 2019.

De acordo com a coordenadora da FT Amazônia, a procuradora da República Ana Carolina Haliuc Bragança, a atuação conjunta dos procuradores permitiu maior integração entre membros que atuavam na Amazônia no enfrentamento a crimes-alvo, principalmente em relação ao desmatamento, à grilagem e à violência agrária na tríplice fronteira entre Rondônia, Amazonas e Acre, bem como a mineração ilegal de ouro. Segundo a procuradora, o trabalho da força-tarefa contribuiu para aproximar ainda mais o MPF de instituições parceiras, como a Polícia Federal, superando barreiras estaduais, além de intensificar o contato com a sociedade civil nos territórios que são objeto da atuação do órgão.

“Tudo isso ensejou a produção e disseminação de conhecimento sobre as metodologias delitivas empregadas por redes de crime organizado ambiental; a confirmação da hipótese inicial de que a criminalidade ambiental assumiu caráter de criminalidade organizada na Amazônia, associando-se a ilícitos vários, como lavagem de dinheiro, falsidades ideológicas e materiais, estelionato, grilagem de terras e corrupção; e a mobilização de estratégias multidimensionais, nas quais, em uma dada área-alvo, são combinadas atuações criminais, sob o enfoque de promoção de atividades repressivas e condução de investigações e responsabilizações penais, bem como atuações cíveis, visando à promoção e proteção de direitos de povos e comunidades tradicionais afetadas pelo crime”, avaliou Ana Carolina Haliuc Bragança.

Exemplo dessa atuação múltipla da força-tarefa são as ações de fiscalização repressiva ao desmatamento na Reserva Extrativista Arapixi e no Projeto de Assentamento Agroextrativista Antimary, em Boca do Acre, no Amazonas. “Simultaneamente, obteve-se título jurídico junto ao Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária], assegurando às comunidades extrativistas locais o uso sustentável da área de colheita de castanhas, e logrou-se cancelar Cadastros Ambientais Rurais ilegalmente registrados no território tradicional. Na mesma região, foram denunciados fazendeiros grileiros e policiais vinculados a milícia armada que a eles servia”, apontou a procuradora da República.

A FT Amazônia colaborou ainda para que problemas mais crônicos, relacionados ao acompanhamento e implementação de políticas públicas de enfrentamento a ilícitos ambientais, fossem combatidos, conforme Ana Carolina Haliuc Bragança. “Nesse sentido, foram ajuizadas ações civis públicas importantes, como aquela versando sobre a revogação do zoneamento agroecológico da cana de açúcar na Amazônia (LINK) e sobre a adoção de medidas emergenciais de combate aos crimes ambientais durante a pandemia de coronavírus (LINK), além da ação de improbidade administrativa em face do Ministro Ricardo Salles (LINK).

Grilagem, desmatamento e cooptação – Ao descrever os desafios enfrentados na atuação como integrante da FT Amazônia, a procuradora Tatiana de Noronha Versiani Ribeiro, que atua no MPF em Rondônia, destacou que o principal foco de atuação criminal do grupo naquele estado nesses primeiros anos foi a desarticulação de organizações criminosas voltadas à invasão e grilagem e à extração e movimentação ilícita de madeira em terras da União. “A invasão de terras com finalidade de grilagem ocorre acompanhada de ameaças aos grupos que ocupam legitimamente os territórios, como populações indígenas, ou a servidores públicos incumbidos de sua defesa, razão pela qual a atuação imediata é essencial para proteção da integridade das vítimas. (…) As invasões são seguidas de corte raso e queimada, para limpeza da área, para descaracterizar a floresta”, contou.

Ainda de acordo com Tatiana Ribeiro, os crimes de extração ilícita de madeira são praticados por corte seletivo, inclusive de essências raras e ameaçadas de extinção. “A cadeia criminosa dessa atividade inclui complexos mecanismos de fraude no sistema DOF, que controla a movimentação de produtos florestais. A atuação ocorre por meio de madeireiras, geralmente controladas por ‘laranjas’ e, em alguns casos, sem sequer existência real”, afirmou.
Esses crimes geram grande volume de recursos ilegais, que são posteriormente objeto de procedimentos criminosos para dissimular a origem ilícita dos recursos e permitir seu proveito pelos membros das organizações, isto é, lavagem de dinheiro, conclui a procuradora. “Em razão da alta lucratividade, as organizações criminosas tentam cooptar integrantes das comunidades tradicionais para participar dos crimes, ameaçando o modo de vida e harmonia interna desses grupos”, acrescentou.

Uma das investigações mais representativas ocorreu durante a Operação Amicus Regem (http://www.mpf.mp.br/ro/sala-de-imprensa/noticias-ro/ft-amazonia-operacao-desarticula-organizacao-criminosa-que-obteve-lucro-de-mais-de-r-330-milhoes-com-fraudes-e-grilagem-de-terras-em-rondonia), que cumpriu mandados de busca e apreensão em Porto Velho (RO), Brasília (DF), Cuiabá (MT), São Paulo e Itaituba (PA) em busca de provas e bens de interesse das investigações contra empresários, advogados, servidores públicos e empresas envolvidas na formação de uma organização criminosa que conseguiu lucrar mais de R$ 330 milhões por meio grilagem de terras e fraudes no estado de Rondônia ocorridas entre 2011 e 2015.

Outras duas operações conjuntas foram deflagradas com o objetivo de proteger a terra indígena Karipuna, que abrange os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré (http://www.mpf.mp.br/ro/sala-de-imprensa/noticias-ro/forca-tarefa-amazonia-participa-da-acao-sos-karipuna). As operações Karipuna e Floresta Virtual culminaram na expedição de 15 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão pela 5ª Vara da Justiça Federal, além do sequestro de bens dos investigados até o valor de R$ 46.096.433,30. Os delitos apurados nos inquéritos policiais incluem estelionato, furto ilegal de madeira, receptação, invasão de terras da União, desmatamento ilegal, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e constituição e participação em organização criminosa. Nos últimos anos, a região vem sofrendo com intensa atuação criminosa de madeireiros e grileiros, sendo constatado que 11 mil hectares já foram devastados em razão da exploração ilícita.

Aprimoramento da atuação – No campo da mineração ilegal de ouro, a produção de conhecimento, consolidada em um Manual de Atuação (LINK) que analisa toda a legislação aplicável ao garimpo de ouro na Amazônia, colaborou, por exemplo, para o ajuizamento de ação civil pública em Santarém, no Pará, com foco na instituição de mecanismos de controle da origem e circulação do ouro por parte de órgãos como a Receita Federal do Brasil, a Agência Nacional de Mineração e o Banco Central do Brasil.

Segundo o procurador da República Paulo de Tarso Oliveira, membro integrante do MPF no Pará, a publicação traça uma espécie de perfil do garimpeiro de hoje em dia. “O manual é um instrumento valioso na documentação da memória institucional e serve como norte para procuradores que precisem lidar com a temática. Nesse ponto, vale registrar que direito minerário não é cadeira obrigatória nas faculdades de direito e que o Estado brasileiro teceu um emaranhado legislativo complexo de difícil compreensão da matéria”, pontuou.

O manual também tem sido consultado por órgãos e entidades do Estado brasileiro, organizações não-governamentais e entidades representativas dos setores relacionados à mineração e ao mercado de ouro, observa o procurador. “Todos são unânimes na compreensão de que há falhas graves na cadeia de produção e introdução de ouro no sistema financeiro, sendo necessário um esforço interinstitucional no sentido da rastreabilidade do ouro, para que a atividade de extração mineral e a demanda por ouro não cause nem compactue com a destruição da floresta e dos seus povos”, concluiu.

Perspectivas – A coordenadora da Força-Tarefa Amazônia assinala que há três grandes desafios para a atuação do MPF em relação às problemáticas relacionadas à floresta e suas populações, especialmente no cenário atual de avanço da destruição em grande escala e considerando todas as consequências negativas decorrentes para a humanidade.

“Seguir desenvolvendo e testando metodologias que sejam capazes de enfrentar, num contexto de recursos escassos, os ilícitos ambientais crescentes, seja na área criminal, seja na área cível; mobilizar recursos humanos para esse enfrentamento, agregando força de trabalho a esse empenho de proteção e preservação do meio ambiente e dos direitos das populações amazônidas; e difundir a percepção de que essa pauta tem cunho existencial e precisa ser priorizada, já que a destruição da floresta traz efeitos afetando direitos humanos de seus povos e também de todos os habitantes do Brasil, da América do Sul e do planeta, no contexto de mudanças climáticas atual”, declarou Ana Carolina Bragança.

Procon orienta consumidores para a Semana do Brasil

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Com o objetivo de fortalecer a economia, após retomada gradativa do comércio em meio a pandemia do coronavírus, o governo federal promove, entre os dias 3 e 13 de setembro, a segunda edição da Semana do Brasil.

O evento, que conta com o apoio do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), caracteriza-se por ser uma versão brasileira da Black Friday, quando se lançam ofertas especiais no comércio físico e online em todos os tipos de produtos.

Por isso, o Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Acre (Procon/AC), com o apoio da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil do Acre (CDC/OAB-AC), compartilham algumas orientações de como se proceder no momento das compras .

Inicialmente, os consumidores podem utilizar a internet como fonte de pesquisa. Quem utiliza o navegador Google Chrome pode acessar sites como o Mais Barato Proteste e o Vigia de Preço para efetuar comparações e ver o histórico de preços anunciados nas ofertas da Semana do Brasil.

“É importante que os consumidores monitorem os preços das mercadorias que desejam adquirir, e principalmente desconfiem de valores muito baixos, pois diante dessas ofertas com grande apelo atrativo os compradores ficam mais suscetíveis à aplicação de golpes”, destaca o diretor-presidente do Procon/AC, Diego Rodrigues.

Conferir o preço do frete antes de efetuar a compra e checar o prazo de entrega do produto tornam-se medidas essenciais, especialmente devido ao atual momento de greve dos Correios.

“Na hora das compras, o consumidor deve atentar aos mínimos detalhes e buscar informações sobre o fornecedor, pesquisar o site da empresa e observar se realmente se trata do portal oficial da loja, além de averiguar as redes sociais e buscar referenciais de compra com amigos ou familiares”, relata a presidente da CDC/OAB-AC, Andreia Nogueira.

Nas compras virtuais também é recomendável fazer um print-screen da tela do computador ou celular, tanto da oferta, quanto dos procedimentos de compras, e registrar os números de protocolos. Também deve-se pesquisar o CNPJ da empresa e se há criptografia de proteção de dados no site.

Ida ao comércio

Com a nação em período pandêmico, as lojas físicas devem cumprir as normas de higiene contidas nos protocolos emitidos pela prefeituras, setores da saúde e vigilância sanitária.

É obrigatório o uso de máscara facial para vendedores e clientes, oferta de álcool em gel e a efetivação do distanciamento no interior da loja. “Mesmo com a possibilidade de ir na loja física, continuamos recomendando que os consumidores façam suas compras por meio de delivery ou pelos aplicativos das empresas”, disse o assessor jurídico do Procon/AC, André Gil Pereira.

Reclamações

Qualquer dúvida, reclamação ou denúncia pode ser feita pelos contatos telefônicos do Procon/AC; (68) 3223-7000 ou 151 de segunda a sexta-feira, das 8 às 13 horas, pelo e-mail: [email protected] ou acessando o site consumidor.gov.br

Para atendimentos presenciais, os consumidores deverão ligar para o número 3215-2447 e agendar um horário para utilizarem os serviços do Procon/AC no guichê da Central de Serviços Públicos de Rio Branco (OCA).

Peppa Pig e outros personagens da minha quarentena, por Adriano Gonçalves

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Se eu cheguei até aqui, nesta quarentena, com boa saúde física e — desconfio — também mental, devo basicamente ao meu filho de sete anos, um moleque esperto que tomou posse do celular e, claro, do meu coração. Ele faz de mim o que quer: sou sua montaria, seu rival em lutinhas que me deixam exausto e “vítima” de outras brincadeiras.

Ócio neste período não faz parte do meu vocabulário, não sei o que é isso que aflige tanta gente, pelo que leio e ouço, mas respeito a individualidade de cada um, estou apenas narrando minha experiência #stayhome .

O moleque estabelece o roteiro de “brigas” em que eu sempre sou o vilão, incorporando seres malignos como certos indivíduos com elevado poder destrutivo que ocupam o noticiário mórbido e assustador desses tempos de pandemia. Na imaginação dele, somos protagonistas de “filmes” em que os vilões, lógico, representados por mim, sempre são derrotados — o que, infelizmente, só acontece mesmo na ficção, salvo exceções.

Uma criança nessa idade é incansável. É preciso ser criativo para amenizar ou suprir a falta das atividades lúdicas e educativas da escolinha, além do convívio com os coleguinhas. Mas, o manancial de ideias se esgota rapidamente. Chega o momento em que é preciso recorrer à tecnologia, não tem como escapar, desafiando orientação de pediatras, oftalmologistas e psicólogos.

No começo, fui mais comedido, mais contido na liberação dos vídeos infantis e jogos. Apelei para os livros, as revistas da turma da Mônica, os Jovens Titãns (acabei me tornando fã), os quebra-cabeças, estes sempre com super-heróis como o Homem-Aranha (o preferido dele) e os Guardiões da Galáxia que, como se não bastassem os criminosos de todos os níveis que nos saqueiam aqui, ainda encontram tempo para viajar pelo espaço para enfrentar alienígenas, alguns tão assustadores que causam pesadelo dos inocentes.

Foi a partir da fase tecnológica de entretenimento que eu descobri umas figurinhas simpáticas, personagens de desenhos de excelente nível técnico e conteúdo aparentemente saudável, sem mensagens subliminares negativas. Digo aparentemente porque sempre pode aparecer alguém como aquela criatura que tempos atrás atacou o escritor Monteiro Lobato, cuja obra me acompanhou na infância.

Foi durante a clausura que conheci personagens como a Peppa Pig, uma porquinha meiga, capaz de reter meu filho por uns 30 ou 40 minutos, se eu estiver junto. Se me afasto, logo ele me chama. Há outros que figuram no pódio das preferências: o Pocoyo e sua turma, o seriado Patrulha Canina, formada por filhotes de cães que vivem salvando alguém em apuros.

Não vejo maldade nesses desenhos. Pelo contrário. Devo muito a esses programas. A Peppa e os demais personagens são meus companheiros em várias partes do dia. Por exemplo, faz dois meses que troquei o Jornal Nacional e seu irritante e revoltante noticiário Necromongers por essas figurinhas amigas e alegres. Garanto que está me fazendo muito bem.

O fato é que esses desenhos ajudam a aliviar a mente.

Não dá pra esquecer os desenhos “raiz”, elaborados sem a tecnologia atual e talvez por isso não despertam tanto a atenção das crianças de hoje. Fiz questão de apresentar ao meu guri os desenhos animados da “minha época”, como Pernalonga, Pica-pau e Tom & Jerry, o que ele mais gosta entre os antigos. Ah, ele torce pelo camundongo na eterna luta contra o gato.

Às vezes, quando o flagro apertando os olhos diante da telinha do celular fico irritado. E reclamo forte. Ele rebate dando um passo para trás, erguendo os braços calmamente e com um sorriso maroto: “Calma, pai, calma; calminha, calmiiinha…”.

Como manter a brabeza? Estou aprendendo com ele. Outro dia, no almoço, ele comentou, do nada: “Pai, você é um sortudo”. Fiquei intrigado. “Por que você (ele gosta de usar este pronome) diz isso”, perguntei. Ele respondeu de pronto: “Porque sim, ora”.

Sim, eu sou um sortudo, na minha visão, sortudo e abençoado.

Grande abraço, Deus os abençoe em todas as suas necessidades.

ADRIANO GONÇALVES
Coach Ministerial – Personal Coaching

(Academy of Business and Coaching) Associado IAC –International Association of Coaching.

‘O apoio à candidatura do Abdias foi meu e de várias lideranças’, diz Rodrigo Damasceno

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O ex-prefeito de Tarauacá, o médico Rodrigo Damasceno, rebateu na manhã de sexta-feira (4) as críticas tecidas por uma liderança política de que ele decidiu sozinho retirar a própria pré-candidatura e apoiar Abdias da Farmácia (DEM), com a suposta condição de indicar a mãe dele, Francisca Damasceno, para ser vice.

Rodrigo afirmou que a decisão foi coletiva e, sobre a indicação do nome da própria mãe para ser vice de Abdias, Rodrigo afirmou que o assunto não passou por ele e sim pela direção do PSDB.

“É uma pena a liderança política que se manifestou não poder se identificar. Meu posicionamento de hoje sobre o apoio ao nome do Abdias não foi algo unilateral da minha parte, mas sim construído com lideranças de todos os partidos que compõe os ‘Todos por Tarauacá’. Havia apenas um pedido para que minha carta fosse publicada após as 11h. Como é algo pessoal e tinha várias pessoas me cobrando um posicionamento fiz a publicação às 7h. Sobre a questão da indicação do nome da minha mãe pelo PSDB não participei dessa construção. E da mesma forma que não sofri influência em minha decisão da vontade pessoal dela, minha mãe também tem o mesmo direito”, diz.

Damasceno rebate que a liderança política ouvida pela Folha do Acre, em matéria publicada nesta manhã, tenha optado pelo off e, segundo ele, omitido o fato de que houve reunião tratando do assunto.

“O que me causa estranheza é que essa crítica parta das sombras e em desacordo com o que foi conversado ontem à noite. Estou trabalhando hoje, inclusive, no município de Feijó e espero que tenham grandeza nessa construção em Tarauacá. A partir de agora é com o Abdias e os partidos que compõe a aliança. Estou somente para somar”, concluiu.

Após pedido de Calegário, comitê libera estágios presenciais para alunos das áreas de saúde

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Se a causa é nobre para os estudantes da área da saúde que precisam retornar aos estágios presenciais para concluírem a graduação, sendo agora a oportunidade mais que perfeita para ingressar no mercado de trabalho, imagina para os pacientes, em sua maioria carentes, que tiveram os atendimentos oferecidos de forma totalmente gratuita nas clínicas escolas interrompidos por conta da pandemia.

Após o período de isolamento social, com reabertura do comércio e demais atividades não essenciais, tão logo a reclassificação para a fase amarela pelo Pacto Acre sem Covid, os acadêmicos de Fonoaudiologia da Uninorte têm realizado uma verdadeira peregrinação junto aos órgãos de fiscalização e vigilância para a reabertura da Clínica de Fonoaudiologia que funciona no campus da universidade, um impasse que vem sendo travado junto ao governo.

Sensível a causa dos estagiários, nesta quinta-feira, 3, o deputado estadual Fagner Calegário (sem partido), abraçou o movimento e se comprometeu em ajudar os estudantes. O parlamentar participou de uma reunião online com representantes dos dois últimos períodos do curso de fonoaudiologia, e logo em seguida entrou em contato com o comitê do Pacto Acre sem Covid, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde.

“Estamos falando de mais de 40 profissionais que poderiam estar no mercado de trabalho, nas unidades de saúde contribuindo com esse momento delicado em que vive a saúde como um todo. São divergências de interesses que podem ser resolvidas com bom senso. Logo após ouvir a turma, liguei no comitê e fui muito bem atendido pala Dra Karolina Sabino que imediatamente não mediu esforços para viabilizar junto ao comitê a liberação da clínica fonoaudióloga para os estudantes. Flexibilizações são permitidas conforme a mudança de faixa, mudamos e até agora não aconteceu”, destaca Calegário.

Durante a reunião com o parlamentar, os acadêmicos fizeram uma explanação da importância dos atendimentos na clínica-escola, que atende cerca de 90 pacientes só na área de fonoaudiologia, entre elas crianças com Transtorno do Espectro Autista, TDAH, Dislexia, fissuras lábiopalatinas e doenças neurológicas. Além disso, a clínica oferece exames auditivos e reabilitação de transtornos do equilíbrio. Tudo gratuitamente.

“O deputado Fagner Calegário desde o primeiro momento se mostrou muito solícito a entender e ajudar os alunos. Disposto a buscar um auxílio e nos dar voz, ele buscou de imediato uma resolução. O parlamentar percebeu desde o primeiro momento que nossa luta vai além dos nossos interesses, mas que a reabertura das clínicas escolas são benéficas a comunidade, e que também permite a formação dos acadêmicos e preparação para entrada no mercado de trabalho”, defende Luana Félix, acadêmica do último período de fonoaudiologia.

Nesta quarta-feira (4), o governo do Acre publicou alteração no decreto liberando os estágios e aulas práticas nas faculdades do Acre para alunos dos cursos da saúde.

Presidente da Energisa garante a Jesus Sérgio conclusão de subestações para melhorar energia no Acre

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O deputado federal Jesus Sérgio (PDT) se reuniu esta semana, em Rio Branco, com o presidente da Energisa no Acre, José Adriano. Durante a reunião, o deputado cobrou da empresa investimentos para universalização da energia elétrica, principalmente em municípios distantes do Acre, e também cobrou a conclusão de obras importantes que visam aprimorar a qualidade da energia no Estado.

Ainda durante o encontro, o presidente da Energisa ressaltou os investimentos que a empresa vem realizando no Acre e citou as subestações dos municípios de Manoel Urbano e Assis Brasil, que deverão ser concluídas ainda este ano e vão melhorar o serviço de energia na região.

Além disso, José Adriano também falou sobre a construção de mais duas subestações, desta vez nos municípios de Feijó e Tarauacá. Outra informação importante que o presidente da Energisa falou para o deputado Jesus Sérgio foi a conclusão da subestação de energia solar na Vila Restauração, comunidade isolada localizada em Marechal Thaumaturgo, que deverá ser finalizada em outubro de 2021. A obra nesta localidade é para atender um pleito do deputado que solicitou à empresa no ano passado, uma solução para que essa comunidade tivesse acesso à energia elétrica.

“A nossa reunião com o presidente da Energisa foi muito produtiva. Saímos de lá com respostas positivas como a confirmação de que próxima semana a empresa enviará um técnico para Tarauacá, com o objetivo de analisar a situação dos ramais e iniciar o processo de instalação do Programa Luz para Todos ainda este ano. Além disso, José Adriano garantiu que a Energisa vai construir mais subestações no Acre, que visam o acesso universal da energia elétrica. Esses resultados positivos são frutos do trabalho do nosso mandato que em menos de dois anos já consegue apresentar à população ações concretas que têm a finalidade de melhorar a vida do nosso povo”, afirmou Jesus Sérgio.

Mulheres são assaltadas por bandidos no estacionamento da loja Havan

Moradores da cidade de Brasiléia que se deslocaram até a capital Rio Branco para fins de cuidados médicos foram vítimas de um assalto no estacionamento da loja Havan. Dois suspeitos armados que estavam em uma moto anunciaram o assalto.

Segundo informações das vítimas, as duas mulheres, que pediram par não ser identificadas, estavam guardando as compras no veículo quando foram abordadas pelos bandidos que apontaram uma arma e pediram o celular. “A ação foi muito rápida e fiquei por uns instantes sem reação ao ver o homem apontando a arma para minha direção e pedia o celular”, contou.

Os assaltantes pegaram o celular e quando estavam indo embora uma testemunha percebeu e gritou por socorro. Na tentativa de fuga após pegar o celular, o garupa teria se atrapalhado e deixado cair o aparelho.

Os bandidos fugiram do local tomando rumo ignorado. Após o susto e se recuperarem, as vítimas foram até a uma delegacia da cidade para prestar queixa do ocorrido. Não se sabe ainda se ainda vão acionar o estabelecimento judicialmente por não oferecer segurança, colocando em risco seus clientes.

Imagens de segurança da loja estavam sendo analisadas para tentar encontrar os criminosos.

Com informações do Alto Acre