De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Acre é um dos oito estados que acompanharam o movimento de aumento na taxa de desemprego na transição do quarto trimestre de 2023 para o primeiro de 2024. Na região, o indicador teve um salto de 6,7% para 8,9%.
Além do Acre, outros estados brasileiros também apresentaram elevação no desemprego. Na Bahia, o índice subiu de 12,7% para 14%, no Maranhão de 7,1% para 8,4%, em Mato Grosso do Sul de 4% para 5%, em Minas Gerais de 5,7% para 6,3%, no Rio Grande do Sul de 5,2% para 5,8%, em Santa Catarina de 3,2% para 3,8% e em São Paulo de 6,9% para 7,4%.
O IBGE destacou que o Amapá foi o único estado a apresentar queda no indicador, passando de 14,2% para 10,9%. Entretanto, mesmo com essa diminuição, o desemprego local ainda figura como o terceiro maior do país.
Segundo uma análise da doutora em sociologia política, o desemprego está ligado à falta de oportunidades, um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Essa realidade muitas vezes empurra os trabalhadores para ocupações de baixa remuneração e qualificação, contribuindo para o aumento da desigualdade social.
Ela ressalta ainda que a falta de investimentos em setores capazes de gerar empregos de qualidade é uma das principais razões para a escassez de oportunidades. O direcionamento de recursos para áreas em crescimento deixa de lado setores que poderiam criar empregos para pessoas com menos qualificação, aprofundando o problema do desemprego e da desigualdade.
