5 julho 2024

Acre pode ter prejuízo de R$ 1,6 bilhão de reais com desastres naturais

Por Aikon Vitor, da Folha do Acre

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O estado do Acre se prepara para enfrentar mais uma crise hídrica severa, conforme indica o último relatório do Painel El Niño 2023-2024. O fenômeno climático tem agravado a seca em diversas regiões do Brasil, com o Norte sendo particularmente afetado. Em várias áreas, a gravidade da seca passou de fraca a extrema. Nesta segunda-feira, dia 17, o rio Acre registrou a menor cota do ano, com apenas 1,94 metro, intensificando os alertas de emergência.

Nos últimos dez anos, cerca de 2,7 milhões de pessoas no Acre foram impactadas múltiplas vezes por desastres naturais como secas e enchentes, acumulando prejuízos materiais superiores a R$ 500 milhões. A atual tendência de queda nos níveis da bacia do rio Acre sugere uma nova estiagem iminente, conforme dados do boletim atualizado mensalmente.

Desde 2013, o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência por estiagem e seca 44 vezes. Ao todo, o governo do Acre emitiu 196 decretos de emergência relacionados a desastres ambientais na última década, dos quais 43 foram motivados por seca extrema e 94 por enchentes. O mais recente decreto, válido para os 22 municípios do estado, foi editado em 11 de junho, com base em dados que apontam uma possível redução histórica nos níveis dos rios nos próximos meses.

A régua do rio Acre, que abastece a capital Rio Branco, reflete os desafios extremos enfrentados pela população. Em março deste ano, o rio atingiu 17,89 metros, a segunda maior marca desde o início das medições em 1971. A maior cota registrada foi em 4 de março de 2015, quando alcançou 18,40 metros.

Apesar da previsão de seca severa nos próximos meses, a última década foi marcada por chuvas intensas, resultando em 94 decretos por enchentes. Um relatório técnico recente estimou os prejuízos totais no estado em R$ 1,628 bilhão, incluindo perdas privadas, materiais e públicas.

Um estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado em maio de 2024, analisou os impactos de desastres naturais em 5.233 municípios brasileiros entre 2013 e 2023, revelando prejuízos totais de R$ 639,4 bilhões. A CNM destaca a insuficiência de recursos para prevenção no orçamento nacional como um dos principais fatores para a recorrência desses desastres, afetando especialmente os municípios mais vulneráveis.

Os dados mais recentes estão sendo analisados por um grupo de trabalho composto por representantes do governo estadual, setor privado e organizações sociais. O objetivo é mitigar os impactos das mudanças climáticas, com foco especial em Rio Branco e no Alto Acre, onde se concentra o maior número de famílias afetadas por enchentes.

Desafios climáticos no Acre: seca extrema se agrava e gera preocupação

O estado do Acre enfrenta uma nova crise hídrica, com a seca extrema ganhando intensidade, conforme revelado pelo Painel El Niño 2023-2024. No Norte do Brasil, a gravidade da seca tem aumentado significativamente, afetando diversas regiões. Na última segunda-feira, 17, o rio Acre atingiu sua menor cota do ano, marcando 1,94 metro, o que acendeu um alerta vermelho para as autoridades.

Nos últimos dez anos, cerca de 2,7 milhões de pessoas no Acre foram atingidas mais de uma vez por secas e enchentes, acumulando prejuízos materiais que ultrapassam R$ 500 milhões. Com a bacia do rio Acre apresentando níveis normais, mas com tendência de queda, o estado se prepara para enfrentar um novo período de estiagem severa.

Desde 2013, o governador Gladson Cameli declarou situação de emergência por estiagem e seca 44 vezes. No total, o governo do Acre emitiu 196 decretos de emergência por desastres ambientais na última década, incluindo 43 por seca extrema e 94 por enchentes. O último decreto, emitido em 11 de junho, alerta para a possibilidade de níveis recorde de baixa nos rios do estado nos próximos meses.

A régua do rio Acre, essencial para o abastecimento de Rio Branco, ilustra bem os extremos climáticos vividos pela população. Em março deste ano, o rio registrou 17,89 metros, a segunda maior marca desde 1971, sendo superada apenas pelos 18,40 metros registrados em março de 2015.

Apesar da previsão de seca extrema, o estado também enfrentou chuvas intensas na última década, o que resultou em 94 decretos de emergência por enchentes. Segundo um relatório técnico recente, os prejuízos totais no Acre somam R$ 1,628 bilhão, englobando perdas privadas, materiais e públicas.

Um estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), publicado em maio de 2024, analisou os impactos de desastres naturais em 5.233 municípios brasileiros entre 2013 e 2023. Os prejuízos totais no país chegaram a R$ 639,4 bilhões. A CNM aponta a falta de recursos de prevenção como um fator crucial para a recorrência dos desastres, afetando especialmente os municípios mais vulneráveis.

Essas informações estão sendo examinadas por um grupo de trabalho que inclui representantes do governo estadual, setor privado e organizações sociais, com o objetivo de mitigar os impactos das mudanças climáticas. A atenção está voltada principalmente para Rio Branco e Alto Acre, onde há um maior número de famílias afetadas por enchentes.

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