O papel das redes sociais no acesso ao mercado de trabalho no Acre

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Em 2023, o Acre atingiu sua maior taxa anual de desocupação, chegando a 7,5%, segundo o IBGE

Com o aumento da taxa de desemprego no Acre, que atingiu 7,5% em 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As redes sociais surgiram como a principal ferramenta para os recrutadores alcançarem um amplo público interessado em oportunidades de emprego. Apesar de existirem muitas páginas e grupos dedicados à divulgação de vagas no estado, surge a questão sobre se as pessoas estão sendo seletivas na escolha de emprego ou se as empresas estão relutantes em contratar devido à falta de experiência.

Antes da popularização das redes sociais, o processo de busca por emprego era mais tradicional, com os candidatos entregando currículos pessoalmente nas empresas. Com a chegada das redes sociais, esse processo se tornou mais rápido. Agora, as empresas podem divulgar vagas, especificar os requisitos e fornecer formas de contato para os interessados enviarem seus currículos.

No entanto, essa facilidade não necessariamente resultou em uma redução do desemprego. Em vez disso, as redes sociais proporcionaram às pessoas um acesso mais amplo às oportunidades de emprego, permitindo que sejam mais seletivas na escolha de suas opções de carreira.

Sobre a divulgação de vagas, temos o caso da Raquel, ela que é conhecida nas redes sociais, especialmente no Instagram, como “A Menina das Vagas”. Com quase sessenta mil seguidores, Raquel Albuquerque compartilha em seu perfil não apenas oportunidades de emprego, mas também dicas sobre qualificação e outros assuntos relacionados ao mercado de trabalho. Recebendo inúmeros feedbacks positivos, é creditada por ajudar diversas pessoas a conseguirem emprego por meio de suas divulgações e presença online.

Albuquerque é gerente comercial especializada em recursos humanos, ela defende a harmonia entre os valores e propósito da empresa e do candidato. Entretanto, é comum que os candidatos confirmem presença para entrevistas e, no dia marcado, simplesmente não compareçam, destacando a seletividade dos candidatos. Que muitas das vezes não se decidem em qual empresa ficar.

Temos exceções, como o caso de Pedro Silva, que encontrou uma oportunidade de trabalho por meio de uma postagem no Instagram. Nessa postagem, estavam descritas a vaga disponível, os requisitos necessários e o contato do recrutador. De acordo com ele, não foi exigente ao escolher a vaga; ele apenas percebeu que preenchia os requisitos, enviou seu currículo e aguardou que a empresa o selecionasse.

Sobre o tempo necessário para ser selecionado e contratado, Pedro compartilhou: “No meu último emprego, que consegui através das redes sociais, todo o processo levou menos de uma semana. Assim que eles receberam meu currículo, agendaram minha entrevista e na mesma semana eu já estava contratado.”. Ele também expressou a opinião de que as empresas deveriam oferecer oportunidades para aqueles sem experiência, pois a prática pode ser uma excelente forma de aprendizado e contribuir para o mercado de trabalho no futuro.

Na opinião de Raquel Albuquerque, em relação à exigência de experiência por parte das empresas, é importante que as pessoas invistam em sua própria qualificação. Ela relata: “Hoje tenho plena convicção de que a falta de capacitação é um problema maior. Não estou sugerindo apenas que o governo ofereça cursos, mas sim que as pessoas invistam em si mesmas. Os jovens saem do ensino médio sem nenhum suporte, fazem um teste vocacional rápido e já são lançados ao mercado de trabalho sem saber como elaborar um currículo.” Esse cenário é muito comum atualmente no estado do Acre.

Investir em qualificação profissional é pensar no futuro. Isso traz benefícios como aprender novas habilidades, ganhar mais dinheiro, ficar por dentro das novidades do mercado e ser reconhecido no trabalho. As redes sociais só dão uma ajuda na divulgação.

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