Intenção de consumo das famílias acreanas cresce, mas consumidor segue insatisfeito

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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) acreanas alcançou o maior resultado desde fevereiro de 2023, obtendo 99 pontos. Os dados são de pesquisa realizada, na última semana, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e são referentes ao segundo mês de 2024. O estudo aponta, no entanto, que núcleos familiares com renda de até 10 salários-mínimos seguem insatisfeitos, tendo em vista o indicador não superar os 100 pontos necessários.

Os resultados medem o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores, em que o índice abaixo de 100 pontos indica percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo; segundo o estudo, famílias do Acre com renda superior a 10 salários-mínimos atingiram 125,6 pontos, sendo este, também, o maior indicador desde fevereiro do ano passado.

Quanto à satisfação com o emprego atual, o indicador superou a 120 pontos em todas as faixas de renda, indicando que as famílias acreanas estão satisfeitas com o atual emprego e as perspectivas profissionais de cada família. A renda atual, no entanto, foi percebida com maior indicador para as famílias com renda superior a 10 salários, indicando uma elevação com os resultados de seus trabalhos. Esta condição leva as famílias de tal fase salarial a apresentarem uma maior intenção de consumo para os próximos meses, o mesmo podendo ser observado nas famílias com renda de até 10 salários, que beira a faixa do grau de satisfação, atingindo em fevereiro 99,9 pontos.

Além disso, notou-se que o consumo de bens duráveis também obteve aumento em fevereiro deste ano. De acordo com o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, em fevereiro deste ano. “O aumento foi de 3,8 pontos, porém, ainda inferior ao resultado de setembro de 2023. Isto demonstra insatisfação das famílias com o consumo de bens duráveis, setor que já padece de retração há alguns anos, optando pelo consumo de bens semi duráveis, como roupas e calçados; com indicativo de consumo para os bens não duráveis, como viagens e turismo, por exemplo”, reiterou.

Dados brasileiros

Em fevereiro deste ano, a intenção de consumo das famílias brasileiras atingiu a casa de 105,7 pontos, indicando a satisfação dos consumidores brasileiros, especificamente daqueles com renda maior que 10 salários-mínimos.

A pesquisa contempla 18 mil questionários analisados mensalmente, com dados de consumidores coletados em todas as Unidades Federativas, compilados em sete indicadores: Emprego Atual, Renda Atual, Acesso ao Crédito e Nível de Consumo Atual, que comparam a percepção do consumidor em relação a igual período do ano anterior; enquanto os demais itens referem-se à perspectiva de melhoria profissional para os seis meses seguintes, expectativas de consumo para os próximos três meses, e avaliação do momento atual para aquisição de bens duráveis.

Como as informações estão sujeitas ao comportamento sazonal da economia, as séries são dessazonalizadas pelo método de médias móveis centradas, o que permite a comparação mensal (mês sobre o mês anterior) dos componentes.

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