Deputados pedem vista e adiam decisão sobre prisão de Chiquinho Brazão; Roberto Duarte vota pelo adiamento

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O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) pediu mais tempo para analisar o pedido de prisão de Chiquinho Brazão, preso por suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O caso entrou na pauta hoje da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.

O relator da medida na comissão, Darci de Matos (PSD-SC), leu o parecer em que defendeu a manutenção da prisão de Brazão. Após a comunicação do STF sobre a prisão de Brazão, a CCJ tem o prazo regimental de 72 horas para emitir uma manifestação sobre o caso. Esse prazo se esgota na quinta. Pela regra, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pode levar o caso a plenário a partir dessa data.

Em reunião antes de iniciar a sessão do colegiado, Gilson Marques argumentou que os parlamentares não tiveram tempo para ler o processo que resultou na prisão de Brazão. Em seguida, outros deputados se uniram no pedido de adiamento. Foram Fausto Pinato (PP-SP) e Roberto Duarte Jr. (Republicanos-AC). O parlamentar Rubens Pereira Junior (PT-MA) chegou a sugerir vista de 24 horas para que a medida fosse votada na quarta-feira, mas a sugestão não foi aceita pela maioria.

O adiamento da discussão será pelo prazo de duas sessões do plenário. Com o feriado de Páscoa e a janela partidária que termina na próxima semana, a votação deve acontecer perto do dia 10 de abril. Brazão permanece preso até a votação na Câmara ou nova decisão do STF.

O advogado Cleber Lopes falou em “prisão antecipada”. Ele teve 20 minutos para fazer a defesa de Chiquinho Brazão. O deputado também se defendeu por zoom na sessão. Ele falou em “divergências políticas” com a vereadora, mas que tinham uma “boa relação”, e negou o crime.

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