Desde as primeiras horas desta segunda-feira, 18, trabalhadores do município de Cobija, capital do Departamento de Pando, na Bolívia, bloqueiam estradas e pontes na fronteira com o Acre em protesto contra atrasos salariais que já perduram por cinco meses e demissões que consideram injustas.
Esses protestos têm um impacto direto no comércio entre Cobija e as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, no Brasil, com o fechamento das pontes Internacional e Wilson Pinheiro. Segundo documentos divulgados pelo sindicato da categoria, há salários atrasados referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2023, além de janeiro e fevereiro de 2024. Além disso, os trabalhadores questionam algumas demissões realizadas pela prefeita Ana Lúcia Reis, que estariam em desacordo com as leis trabalhistas do país.
Dez sindicatos enviaram documentos ao comando da Polícia Nacional Boliviana em Pando, informando sobre os bloqueios na estrada de acesso ao município de Porvenir, a partir do vilarejo de Vila Busch, e nas duas pontes internacionais que ligam a Bolívia ao Brasil, pelo estado do Acre.
Os trabalhadores argumentam que a administração atual está desrespeitando os direitos trabalhistas do país e, diante da falta de avanço nas negociações, decidiram bloquear os acessos desde a meia-noite desta segunda-feira.
Os sindicatos pretendem que a gestão atual abra espaço para negociações salariais e para a reintegração dos trabalhadores demitidos.