Acre é o estado no qual as mulheres mais apostam em investimentos conservadores

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Levantamento do Santander mostra que 75% da carteira das mulheres acreanas 2023 era em renda fixa

Mesmo diante do ciclo de queda da taxa básica de juros (Selic), iniciado em agosto de 2023, as mulheres permanecem fiéis a investimentos conservadores. É o que mostra um levantamento realizado pelo Santander Brasil com dados de 2022 e 2023 com clientes da instituição, e Acre é o estado no qual o público feminino mais investe percentualmente em renda fixa.

Segundo o estudo do Santander, 75% da carteira do público feminino acreano é aplicada em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito do Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos do Tesouro Direto e até na poupança. Todas elas englobam modalidades de investimento da renda fixa. Os estados que mais se aproximam desse perfil são Tocantins e Goiás, onde, respectivamente, 69% e 63% das mulheres apresentam essa tendência mais conservadora.

As acreanas também foram as que mais intensificaram no país os investimentos nos planos de previdência em 2023 em relação a 2022. Esse segmento observou no estado um santo de cinco pontos percentuais, pulando de 15% para 20% do tamanho da carteira total entre as mulheres.

NO PAÍS

No levantamento do Santander, quando observada a carteira do banco em todos os estados entre as mulheres, o patamar da renda fixa em 2023 permaneceu o mesmo de um ano atrás: 53%.

Surpreendentemente, o comportamento adotado pelos homens – que geralmente se arriscam mais – também foi na direção do conservadorismo: eles elevaram a parcela em renda fixa no mesmo período de comparação, de 50% em 2022 para 52% em 2023. “Os dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações e, mesmo em anos desafiadores como o ano passado e o anterior, elas mostraram persistência”, diz Luciane Effting, executiva responsável pelo Santander AAA.

Esse comportamento foi mostrado também na 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostrando as mulheres pensam na segurança financeira ao investir, quesito que lidera as motivações delas desde a primeira edição da pesquisa, em 2018.

Previdência

Quando o tema é previdência, a constância também é um aspecto percebido entre as investidoras do país, com uma pequena elevação de 27,7% do total da carteira em 2022 para 28,4% em 2023. Os homens também não registraram grandes movimentos de um ano para outro, mas com uma parcela um pouco menor da carteira: 24%. “Quase 30% da carteira de previdência confirma que elas são mais disciplinadas e preocupadas com o seu futuro”, afirma Luciane.

Fundos

Seguindo tendência de toda a indústria, os fundos de investimentos também perderam espaço na carteira das mulheres de um ano para outro no Brasil, caindo de 14% para 12% do total dos investimentos entre 2022 e 2023. De acordo com a Anbima, só em 2023 os fundos registraram saídas líquidas de R$ 127,9 bilhões.

Entre os homens, a redução dos investimentos em fundos foi ainda maior, de 17% para 14%, respectivamente, no ano passado em relação ao ano anterior.

A única categoria que registrou um crescimento na carteira feminina de investimentos no país foi a dos Certificados de Operações Estruturadas (COEs), cuja parcela avançou de 2,64% para 4,35%. Renda Variável e Crédito Privado ficaram com pouco mais de 1% do total do portfólio, tanto em 2022 quanto em 2023.

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