A construção do Dia Internacional da Mulher em 8 de março; leia

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Senado celebra Dia Internacional da Mulher e Marco da Primeira Infância na terça-feira O Senado fará sessão especial às 10h da terça-feira (7) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na quarta (8). A cerimônia também lembrará o Marco Legal da Primeira Infância, cuja lei foi promulgada em 8 de março de 2016 (Lei 13.257) e segue o mesmo sentido de defesa dos direitos humanos fundamentais. https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/03/02/senado-celebra-dia-internacional-da-mulher-e-marco-da-primeira-infancia-na-terca-feira Foto: Getty Images/iStockphoto

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem raízes profundas no movimento feminista e na luta das mulheres por igualdade de direitos ao longo da história. A data foi estabelecida para reconhecer as conquistas das mulheres e destacar desafios persistentes.

A origem remonta ao início do século XX, quando mulheres operárias manifestaram-se contra condições de trabalho precárias em fábricas têxteis nos Estados Unidos.

No dia 25 de março de 1911, um trágico incêndio em uma fábrica têxtil em Nova York marcaria um ponto crucial na história dos direitos trabalhistas e serviria de catalisador para a criação do Dia Internacional da Mulher. Ao contrário de narrativas fictícias, esta é uma história real, com profundas ramificações que ecoam até os dias de hoje.

A Triangle Shirtwaist Company foi o palco dessa tragédia, que resultou na morte de 125 mulheres e 21 homens. O impacto foi avassalador, revelando as precárias condições de trabalho enfrentadas pelos funcionários e as práticas questionáveis da empresa, que costumava trancar seus trabalhadores dentro das instalações para evitar motins e greves.

O cenário caótico do incêndio foi agravado pela falta de recursos de emergência na fábrica, agravando a dimensão da tragédia. A revolta pública foi imediata, levando a uma intensificação dos esforços para promulgar leis que garantissem a segurança dos trabalhadores. Esse episódio sombrio foi fundamental para o estabelecimento de regulamentações laborais nos Estados Unidos, transformando o luto em uma força propulsora por mudanças significativas.

Esse acontecimento não apenas impactou o cenário trabalhista, mas também deixou uma marca indelével no movimento feminista. Mulheres, que constituíam a maioria das vítimas, viram suas vozes ganharem amplitude, impulsionando a luta por melhores condições e direitos iguais.

Em 1910, durante a Segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhague, foi proposta a ideia de um dia internacional da mulher. Clara Zetkin, uma destacada líder socialista alemã, sugeriu a data de 8 de março em homenagem à greve das operárias em 1857 e à Revolução Russa de 1917, quando mulheres protestaram por pão e paz.

A celebração ganhou força ao longo das décadas, expandindo-se para abordar questões como direitos reprodutivos, igualdade salarial e violência de gênero. A Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o Dia Internacional da Mulher em 1977, reconhecendo-o como uma ocasião para reflexão sobre a igualdade de gênero e a promoção dos direitos das mulheres.

Hoje, o 8 de março serve como um lembrete da necessidade contínua de combater a discriminação de gênero e promover a participação plena e igualitária das mulheres na sociedade. Apesar dos avanços, desafios persistem, e a data continua sendo um momento para inspirar ações e destacar as vozes das mulheres em todo o mundo.

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