O Defesa Civil do município de Brasiléia registrou por volta das 21h40 no horário do Acre, que o nível do rio Acre na fronteira com a Bolívia, marcou 14,56cm, com um centímetro acima da marca registrada no ano de 2012.
Importante lembrar que no ano de 1978, aconteceu uma enchente considerada ‘pequena’ para os moldes de hoje e, 34 anos depois – em 2012, o rio transbordou registrando 14,55cm assustando os moradores de toda uma regional incluindo o Peru e Bolívia, causando transtornos e prejuízos, isso sem falar na Capital.
Nos anos seguintes com pequenos intervalos, as cheias vêm com uma frequência cada menor. De 2012 para 2015, os moradores pensavam que uma nova enchente poderia demorar com o intervalo após 1978, mas, foram surpreendidos com a maior já registrada, chegando aos 15,55cm.
Oito anos depois, no ano de 2023, em pleno mês de março, praticamente quando todos já se preparam para ver o rio ir baixando lentamente para a chegada do verão amazônico, outra surpresa chega com chuvas torrenciais e uma cheia que chega ao nível de 13,62cm. Mais transtornos e prejuízos.
Neste ano de 2024, os moradores da regional, presenciaram um fenômeno da natureza. Um forte temporal que despejou em 24 horas, cerca de 160 milímetros na zona rural entre Brasiléia e Assis Brasil, fazendo com que igarapés transbordassem em várias localidades, levando pontes, bloqueando ramais e fechasse a BR 317 (Estrada do Pacífico) em dois pontos, fato esse até então, não registrado na história.
Também foi registrado nas cabeceiras do Rio Acre, acima de Assis Brasil, fortes chuvas fazendo com que o enchesse ao ponto de inundar a pequena cidade peruana de Iñapari novamente, e alguns bairros no lado brasileiro, desalojando centenas de famílias.
Como resultado de tudo, com alguns afluentes ajudando, o Rio Acre mostrou sua força em Brasiléia, inundando a parte antiga da cidade por completo. Mais de 1700 famílias estão sendo assistidas pela Prefeitura e não é diferente no lado de Epitaciolândia, para os moradores de bairros que ficam próximo.
O Governo Federal reconheceu sumariamente o Estado de Emergência para 17 municípios do Acre que foram assolados por enchentes. Nesse meio, Brasiléia é o mais afetado nesses 12 anos passados e ao que parece, cada vez mais ficará difícil os moradores se recuperarem dos prejuízos causados pelas cheias.
Informações O Alto Acre