O Instituto Socioeducativo (ISE) enfrenta desafios no Centro Socioeducativo Feijó, no Acre, onde a diretora, psicóloga Catiúscia Holanda de Melo, alega ser alvo de “perseguição” por parte dos agentes da instituição. Segundo ela, os agentes não aceitam uma pessoa da equipe técnica liderando a instituição, alegando falta de experiência para gerenciar o ambiente.
A gestora aponta um “complô” iniciado a partir de uma denúncia feita por ela, quando ainda atuava como psicóloga na instituição, sobre casos de tortura contra adolescentes. Desde então, alega enfrentar hostilidades por parte dos agentes.
Apesar de afirmar que durante sua gestão conseguiu zerar as denúncias de tortura, a diretora enfrenta resistência. Muitos agentes renunciaram a seus cargos para pressioná-la a desistir da direção. Ela relata agressões verbais, pressão psicológica e até um incidente em que seu carro foi atingido intencionalmente por um ex-coordenador.
Catiúscia associa a pressão ao fato de ser mulher à frente de uma unidade masculina e por ser uma profissional da equipe técnica ocupando um cargo de liderança. Ela acredita que há motivações para atingir a atual gestão do ISE e vislumbra uma possível reforma no instituto.
O Sindicato dos Técnicos e Agentes Administrativos do Acre (Sintase) confirma a insatisfação generalizada dos agentes com a gestão da diretora, alegando falta de diálogo, transparência e políticas administrativas eficientes.
A equipe técnica do ISE emitiu uma nota de repúdio às ações de boicote e perseguição à diretora. Apesar de fazer parte do sindicato, afirmam não se sentir representadas e criticam a omissão do presidente do sindicato diante dos acontecimentos.