domingo, 20 abril 2025

Pedro Pascoal explica contrato com a MedTrauma e diz que 3,6 mil pessoas ficariam sem atendimento com suspensão

Por Aikon Vitor, da Folha do Acre

Após as revelações da Controladoria Geral da União (CGU) sobre suposto superfaturamento de mais de R$ 9 milhões em procedimentos da Medtrauma, lideranças do governo estiveram na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (20) para fornecer esclarecimentos sobre o contrato.

O secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, liderou a comitiva, que incluía o chefe da Casa Civil, Jhonatan Donadoni, o secretário de Estado de Planejamento, Ricardo Brandão, e o secretário adjunto de governo, Luiz Calixto. Técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda e procuradores do Estado também estiveram presentes para abordar as preocupações dos deputados.

Pedro Pascoal justificou os valores praticados pela Medtrauma, destacando as limitações da tabela SUS, que não é reajustada há mais de 15 anos. Ele explicou que, devido à localização na Amazônia Legal, a logística na região é desafiadora, o que justificaria o pagamento até quatro vezes o preço da tabela SUS.

Apesar de afirmar que não há evidências que desabonem a conduta da Medtrauma no Acre para a rescisão do contrato, Pascoal ressaltou que a decisão final cabe ao governo. Ele alertou sobre possíveis impactos negativos no atendimento do Pronto-Socorro, afirmando que mais de 3.600 pessoas deixariam de ser atendidas se o contrato fosse revogado.

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