No dia 20 de janeiro, a tranquila cidade de Tarauacá, no coração do estado do Acre, foi sacudida por um dos mais impactantes abalos sísmicos do país. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) reportou um tremor de terra marcante, atingindo 6,6 graus na Escala Richter, o maior da história do Brasil. Esta não é a primeira vez que Tarauacá testemunha tal fenômeno, com registros anteriores, incluindo um terremoto de magnitude 6,5 em 2022.
O USGS, cujo acrônimo representa o United States Geological Survey, forneceu informações cruciais sobre esse último evento sísmico, destacando não apenas a magnitude significativa, mas também a repetição desses fenômenos na região. Mas o que torna o estado do Acre propenso a abalos sísmicos?
O Acre, posicionado sobre a placa sul-americana, emerge como uma encruzilhada de duas placas tectônicas principais: a sul-americana e a de Nazca. É o movimento dinâmico da subducção da placa de Nazca sob a placa sul-americana que desencadeia uma série de eventos sísmicos na região. Essa interação constante gera tensões na crosta terrestre, manifestando-se na liberação de energia na forma de terremotos.
Diferentemente das regiões mais conhecidas por abalos sísmicos intensos, como o Círculo de Fogo do Pacífico, os terremotos no Acre, conforme registros sismológicos confiáveis, frequentemente apresentam baixa magnitude. Contudo, a história sísmica do Acre, mesmo sem eventos marcantes, instiga a necessidade de conhecimento e compreensão já que existe vários motivos para esse fenômeno acontecer em solo acreano.
- Explosões de energia geológica: estresse acumulado nas placas tectônicas
O incessante movimento das placas tectônicas não só molda paisagens, mas acumula uma energia formidável. Quando essa energia é liberada, frequentemente segue caminho pelas falhas geológicas já presentes nas rochas, gerando sismos que surpreendem regiões não convencionalmente associadas a terremotos.
2. Revelando as diferenças sísmicas: a espessura variável da crosta terrestre
A espessura variável da crosta terrestre assume um papel crucial nessa saga. Locais com crosta mais fina elevam-se, enquanto áreas com crosta mais espessa afundam. Essas disparidades de densidade desencadeiam falhas, criando um terreno propício para a ocorrência de terremotos.
3. Uma dança sísmica além das fronteiras: proximidade com os Andes
No extremo oeste do Brasil, a proximidade com os majestosos Andes, epicentro sísmico, adiciona uma camada extra à nossa narrativa. A influência dos países andinos é evidente, como demonstrado pelo recente terremoto no Acre. A considerável profundidade do foco, a 614,5 km, atenuou os danos na superfície, destacando a complexidade dessa relação geológica.
4. Uma dança sísmica das rochas: fraturas intraplacas em destaque
Nas entranhas das placas tectônicas, as falhas intraplacas emergem como protagonistas desse espetáculo geológico. Resultado dos movimentos nas rochas, frequentemente desencadeados por acomodações de terra, essas fraturas testemunham a constante reorganização das rochas, desafiando a estabilidade aparente.
5. O submundo das cavernas: acomodações de terra e seus segredos sísmicos
Em regiões de acomodações de terra, onde a água subterrânea silenciosamente dissolve as rochas, cavernas subterrâneas ganham vida. O colapso dessas cavernas pode desencadear terremotos localizados, uma dança sísmica que destaca a dinâmica invisível da crosta terrestre.