Aluna leva remédios controlados para escola e 12 crianças vão parar em hospital no Acre

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Doze alunos, com idades entre 10 e 12 anos, foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito de Rio Branco, na manhã desta quinta-feira (7), após tomarem remédio controlado na escola. Na unidade de saúde foi informado que uma aluna levou para a sala de aula medicamentos da avó para duas colegas que estariam com insônia.

As duas crianças teriam ingerido meio comprido e o restante foi distribuído entre os demais alunos. As informações foram confirmadas ao g1 por uma administradora de radiologia que estava na sala de atendimento da UPA com a mãe e pela direção da unidade de saúde.

A mãe da administradora tomava soro e aguardava o resultado de exames quando os alunos chegaram e as equipes iniciaram os atendimentos. As duas continuaram na sala e ouviram o relato dos alunos e da diretora.

Segundo a administradora, a criança que levou o remédio estava com uma cartela de clonazepam nas mãos e disse que seria da avó. Um vídeo gravado pela mulher, que pediu para não ter a identidade revelada, mostra vários alunos na emergência pediatra recebendo atendimento.

“Ela contou que pegou o remédio controlado da avó dela, que amiguinhas falaram que tinham insônia, que não dormiam bem e ela disse que a avó dela tomava clonazepam, pegou e levou para as amigas. Elas tomaram meio comprimido e saíram distribuindo para a sala”, relembrou.

Já a direção da unidade hospitalar disse que os alunos tomaram zolpidem e sertralina e apresentaram ‘estado de letargia devido ao uso da medicação’. Elas foram atendidas na emergência pediátrica, medicadas, ficaram algumas horas em observações e foram liberadas.

No início da tarde desta quinta, todos os alunos já tinha recebido alta.

Dopados

Os alunos foram levados para a UPA pela diretora da escola. Ainda segundo a administradora, os alunos falaram que um menino tomou dois comprimidos e ficou mais dopado.

“Estavam com o comprimido nas mãos, não vi a dosagem. Estavam meio dopados, com sono, meio grogues. Um tomou dois compridos, as crianças que tomaram meio comprimido estavam melhores. Os outros estavam mais ruins, com cólicas, dores no estômago”, relembrou.

Ainda segundo o relato da administradora, a diretora falou que percebeu que um aluno estava tonto e com sono. Ao perguntar o que tinha acontecido, o estudante disse que contou o remédio oferecido pela colega.

“A diretora disse que percebeu a diferença em um menino, que é o mais agitado da sala. Estava tonto, com sono e foi perguntar para ele o que aconteceu. Ele contou”, complementou.

Os pais dos alunos foram chamados e acompanharam os filhos no atendimentos. “Os pais começaram a chegar, meio assustados. Os médicos falaram o que estava acontecendo, eles ficaram meio bravos e perguntavam: ‘por que você tomou o remédio, vai apanhar quando chegar em casa’. Foi isso”, concluiu.

G1

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