11 maio 2024

Moradores de Epitaciolândia protestam após professor ser agredido em bar; vítima perdeu um olho

Redação

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O caso do professor Paulo Henrique da Costa Brito, de 21 anos, que foi agredido após uma discussão em um bar no município de Brasiléia, no interior do Acre, na noite de terça-feira (3), segue gerando indignação. Na tarde desta quinta-feira (5), moradores de Epitaciolândia, onde Brito reside, protestaram por conta da agressão.

Com cartazes e gritos de ordem, familiares e amigos de Brito se juntaram aos moradores para pedir justiça. O agressor, identificado como o empresário Adriano Vasconcelos Correa da Silva, de 47 anos, foi preso em flagrante, passou por audiência de custódia nessa quarta (4) e foi solto após pagar R$ 10 mil de fiança.

A mãe do jovem participou do protesto, e disse estar indignada com o caso. Segundo ela, o filho é uma boa pessoa, e não costuma se envolver em confusões. Ela espera que o agressor, indiciado por lesão corporal grave, seja devidamente punido.

“Eu, como mãe, estou me sentindo muito mal. Porque meu filho não merecia essa tragédia horrível que esse homem fez com ele. Porque meu filho não mexe com ninguém, não merecia uma tragédia dessa. Um homem de quarenta e poucos anos fazer isso com meu filho, de apenas 21 anos. Ele tem que fazer bem para os outros, não o mal. Agora eu pergunto: por quê? Meu filho perdeu a visão, está na sala de cirurgia, e eu não sei o que vai acontecer. Agora, por nada. Ele fez isso com meu filho, é uma barbaridade, cruel. Por isso queremos vê-lo na cadeia, e a Justiça vai fazer o que tem que fazer, para ele nunca mais fazer isso com o filho de ninguém”, declarou.

Jovem perdeu o olho

O pai do jovem, Paulo Sérgio Brito conversou com o g1 e contou que o filho foi transferido ainda na madrugada de quarta (4) para o Pronto-Socorro de Rio Branco. Segundo ele, os médicos já disseram que ele iria perder o olho esquerdo por conta da lesão.

Brito contou que o agressor de seu filho é figura conhecida na cidade do interior do Acre e que já se envolveu em outros casos parecidos. “Onde ele chega é aprontando, porque tem dinheiro. Tem vários casos de agressão contra as pessoas. É bem conhecido.”

Em nota, o Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Brasiléia, disse que está acompanhando as investigações do caso.

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