Indústria da madeira é surpreendida com bloqueio de pátios florestais no Acre e medida pode afetar frigoríficos, padarias e construção civil

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Ordem veio de Brasília!

Pelo menos 95% das atividades da indústria madeireira foi bloqueada desde a última segunda-feira, dia 3, no Acre. O sindicato do setor alega que medida foi tomada sem nenhum aviso prévio e que prejuízos serão incalculáveis à economia do estado. O IBAMA, segundo o Sindusmad informou que a ordem para fiscalização veio de Brasília. O órgão é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente que tem a acreana Marina Silva como ministra.

“Fomos realmente surpreendidos, até porque é de conhecimento de todos a forma transparente e legal que o nosso setor vem trabalhando, com respeito e proteção ao meio ambiente, inclusive, isso é reconhecido mundialmente”, disse o presidente do Sindusmad, Thyago Barlatti.

Ao pedir uma resposta urgente, o setor argumenta que com o bloqueio até a doação de madeiras que estavam programadas como auxílio as vitimas das enchentes ficam comprometidas. Outros setores como o cerâmico, construção civil, frigoríficos e panificação – que dependem diretamente da madeira – podem paralisar suas atividades a qualquer momento.

“Precisamos de respostas urgentemente, pois um segmento tão importante para o estado não pode ficar com suas atividades suspensas sem que haja uma explicação clara por parte dos órgãos de fiscalização”, acrescentou Barlatti.

O bloqueio provocou uma reunião extraordinária do setor com a diretoria da Federação das Indústrias (FIEAC). José Adriano, presidente da Fieac, pediu mais clareza nas ações dos órgãos fiscalizadores. Para ele, o bloqueio é irrazoável e desproporcional, desobedece os princípios do contraditório.

”Está havendo uma punição antes de haver a devida averiguação, desobedecendo os princípios do contraditório e da ampla defesa. Seria esse o modo correto a ser aplicado a um setor de tamanho impacto social e econômico no Acre?”, indagou o presidente.

O bloqueio administrativo ocorre junto ao Sistema do Documento de Origem Florestal (DOF) emitido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). A reportagem não conseguiu falar com o presidente. Há informações de que não existe prazo para acontecer a fiscalização.

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