Previsto para ao menos dois dias, a audiência de instrução e julgamento do caso que tem como réu, o sargento da Polícia Militar do Acre Ericsson Nery, que tentou contra a vida do ex-acadêmico de medicina Flavio Endres, que foi baleado no final do ano de 2021 em um bar na cidade de Epitaciolândia.
Após dois adiamentos, a primeira audiência aconteceu no Fórum da Comarca de Epitaciolândia, onde 18 pessoas foram ouvidas, sendo 15 de acusação e três de defesa. Com início às 8 horas desta terça-feira (26), terminou após 11 horas, sendo que a maioria estiveram de forma on-line, inclusive o acusado que participou do presídio do município de Senador Guiomard (Quinari).
Após essa oitiva, a juíza titular de Epitaciolândia, Doutora Joelma Ribeiro Nogueira, irá aguardar os documentos das partes envolvidas para assim, definir nos próximos dias, se Ericsson Nery irá para júri popular ou não.
A defesa do militar fez pedido para que fosse revogada a prisão preventiva, podendo esperar as próximas decisões em liberdade provisória com o uso de tornozeleira eletrônica. O pedido foi negado pela Juíza e Nery deverá continuar preso no quartel do Batalhão de Operações Especiais – BOPE.
Segundo informações, Sargento Ericsson Nery, já se encontra no quadro de Praças Militares do Estado desde fevereiro deste ano. Caso seja levado à júri popular e condenado, o militar será desligado automaticamente e deverá cumprir pena como civil em um presídio estadual.
Após consultar advogados sobre o caso, pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, porte irregular de arma de fogo de uso permitido e por lesão corporal de natureza grave, Ericsson Nery poderá ser condenado entre 12 a 18 anos de reclusão em regime fechado.