A abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC (Ministério da Educação) anunciada nesta terça-feira, 28, pelo Senado foi um dos temas do discurso do deputado federal Leo de Brito (PT) na tribuna da Câmara Federal.
O parlamentar acreano lamentou que as notícias relacionadas à área da Educação sejam sempre ruins na gestão de Jair Bolsonaro.
“A Educação virou caso de polícia no governo de Jair Bolsonaro. Basta verificar os casos das escolas fakes, os kits robóticas, as escolas com construções inacabadas, o escândalo que acontece no FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] que só favorece a base aliada do presidente Bolsonaro e o principal dos escândalos, o chamado Bolsolão do MEC”, destacou.
Leo de Brito parabenizou o Senado Federal, bem como os senadores que assinaram a CPI do MEC. “A CPI deve fazer uma investigação sobre as relações diabólicas entre o presidente da República, o ex-ministro Milton Ribeiro e esses pastores bolsonaristas que faziam tráfico de influência, corrupção em troca de ouro e também para produção de bíblias com o rosto do ex-ministro Milton Ribeiro. Essa situação precisa ser passada a limpo”, afirmou.
O deputado federal alertou para a gravidade da possibilidade de interferência de Bolsonaro nos desdobramentos da operação policial que resultou na prisão de suspeitos de envolvimento no escândalo do Bolsolão do MEC e causou incômodo no presidente da República.
“A polícia já está investigando, tanto é que prendeu esses cidadãos, quebrou sigilos. Está cada vez mais demonstrada a relação que existe entre eles. O presidente da República já no áudio inicial surgia como alguém que indicou essas pessoas para que elas intermediassem junto às prefeituras recursos no FNDE. Agora a situação ganha uma gravidade muito maior que é a interferência do senhor presidente da República nas investigações”, frisou.
Leo de Brito ressaltou ainda que um delegado da Polícia Federal envolvido na operação chegou a expor que está sendo pressionado. “Assim como já vimos em outros casos em que delegados que foram retirados de inquéritos que atingiam diretamente o Planalto”, completou.
*Apoio e fortalecimento da Educação Pública do Acre*
Em seu discurso na tribuna da Câmara, Leo de Brito também destacou as agendas que realizou no Acre nos últimos dias com ações de fortalecimento da educação pública. Entre elas, reuniões na Universidade Federal do Acre (Ufac).
Em uma das reuniões na Ufac, com a equipe da pró-reitoria de Extensão, a equipe apresentou projetos que serão desenvolvidos a partir da emenda de R$ 2 milhões destinada por seu mandato para universidade.
Três projetos que estão aptos a iniciar foram apresentados na ocasião. São eles: Programa de Extensão Mulheres da Amazônia ; Programa de Extensão Educação Antirracista e Samaúma Vivificante – O bem viver e a educação de(s)colonial.
Também na Ufac, o parlamentar esteve reunido com a coordenação do Centro de Ciência, da Saúde e do Desporto (CCSS) e visitou as obras do laboratório do Centro que está sendo realizada com emenda destinada por seu mandato no valor de R$ 1,7 milhão.
O novo espaço, segundo a coordenação do CCSS, vai atender demandas nas áreas de saúde como Bioquímica, Fisiologia, Imunologia, Enfermaria Obstétrica. Devendo auxiliar, em especial, os acadêmicos do curso de Medicina.
“Entendo a importância de fortalecer as ações da nossa UFAC, por isso nosso mandato já destinou R$ 13,5 milhões para a instituição em 2022. Nos dois mandatos, já foram mais de R$ 30 milhões para a universidade”, revelou.
Na última segunda-feira, 27, a agenda do parlamentar também foi pautada por ações na área de Educação. Acompanhado pelo deputado estadual Daniel Zen (PT), Leo de Brito esteve na Escola Elozira dos Santos Tomé, no bairro Alto Alegre, em Rio Branco, para falar da emenda de R$ 800 mil que os dois parlamentares destinaram para a construção do auditório da escola.