Sintect-AC denuncia desvio de função e possíveis demissões nos Correios do Acre

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Apesar da luta contra a privatização e pela reestruturação para melhorar a qualidade do serviço à população, a Direção dos Correios segue sucateando os serviços. O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC) denuncia irregularidades que dominam a Superintendência da entidade no estado. Com o desvio de função dos funcionários, redução do quadro e a ampliação da quantidade de serviços, há possibilidade de demissões de centenas de carteiros.

Conforme as denúncias da entidade classista, os atos ilegais começaram após a empresa iniciar a aplicação do Sistema de Distritamento (SD), que otimizou os distritos postais ampliando as áreas de entrega dos carteiros. Com isso, os entregadores que se mantêm no quadro são sobrecarregados, já que precisam executar uma demanda cada vez maior e mais intensa na rotina de trabalho. Diante da situação, o Sintect-AC cobra há várias semanas uma solução para dissipar o mais novo problema.

“O sindicato cobra providências para regularizar a situação. As irregularidades acontecem há muito tempo. A empresa usa a suposta alegação de que não tem necessidade de tantos carteiros. O fato é que segue a todo vapor o enxugamento da máquina visando a demissão de pessoal do quadro. Com esse mecanismo aplicado a nível nacional, a empresa pode alegar que estão sobrando carteiros e por isso não precisa mais deles. Quem perde é a população, que poderá ter atrasos nas entregas”, diz Suzy Cristiny, presidente do Sintect-AC.

Conforme a líder sindical, a empresa faz com que os agentes de Correios, os carteiros, desempenhem outras atividades, inclusive a de Operador de Triagem e Transbordo (OTT). De acordo com ela, dentro do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS), todas as atividades se mantêm com as características originais de cada atribuição dentro do organograma da empresa pública. Diante da tentativa da Direção de desviar as funções, ela alerta os trabalhadores a acessar o PCCS para combater a prática.

“Não podemos aceitar o sucateamento. No interior a situação é bem pior. Em Acrelândia, Bujari e Senador Guiomard, por exemplo, todos os carteiros estão sendo lotados em outras cidades. Uma verdadeira falta de respeito à autonomia e conhecimento local daqueles que sabem das peculiaridades para fazer um bom trabalho. O desvio de função não garante a manutenção do empregado, é uma forma de configurar de que não há mais a necessidade deles”, finaliza a presidente do Sintect-AC.

 

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