15 abril 2024

Mais da metade da população de Rio Branco está acima do peso, diz Ministério da Saúde

Redação

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Dados divulgados esta semana mostram que 60,35% da população da capital do Acre estava com Índice de Massa Corporal acima do valor considerado ‘normal’ pela OMS em 2021.

Seis em cada dez rio-branquenses estavam com sobrepeso em 2021. É o que aponta a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018, divulgada na última quinta-feira (7), no Dia Mundial da Saúde.

Com esse resultado, Rio Branco ficou em 5º lugar entre as capitais com pior resultado no ranking de sobrepeso.

De acordo com o levantamento, 60,35% dos entrevistados estavam com excesso de peso – aumento de 16 pontos percentuais desde 2006, quando o Ministério da Saúde começou a fazer a pesquisa. Naquele ano, 44,28% dos acreanos estavam com Índice de Massa Corporal acima do valor considerado ‘normal’ pela OMS.

Já em relação ao ano de pré-pandemia da Covid-19, a taxa aumentou quase quatro pontos percentuais. Em 2019, 56,61% da população do Acre estava com excesso de peso.

A Vigitel é feita anualmente pelo Ministério da Saúde por meio de entrevistas telefônicas. A edição de 2021 foi elaborada com base em 27.093 entrevistas entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022, feitas com pessoas com mais de 18 anos nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.

O critério utilizado para a avaliação do sobrepeso e obesidade é o Índice de Massa Corporal (IMC) – a partir dele, é possível identificar complicações metabólicas e riscos para a saúde.

Entre os homens, o excesso de peso é mais comum. Segundo os dados, 63,18% dos acreanos do sexo masculino estavam nessa condição em 2021. Já com relação às mulheres, o percentual era de 57,78%.

Obesidade

Ainda conforme o estudo, o índice de obesidade em 2021 ficou em 24,16% na capital acreana. O índice foi superior ao do ano anterior, que marcou 21,70%. Assim como no caso do sobrepeso, os dados indicam um crescimento durante a pandemia. Em 2019, o índice de pessoas obesas entre os ouvidos no levantamento estava em 23,31%.

Assim como no caso do sobrepeso, a condição de obesidade em 2021 foi maior entre os homens, com índice de 25,03%. No caso das mulheres, o estudo mostrou que 23,37% estavam com IMC acima de 30.

Atividade física

O estudo mostrou ainda que somente 8,16% dos adultos com mais de 18 anos de Rio Branco praticam pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana. Em relação a homens e mulheres, esse índice é quase igual.

Em comparação com o período de pré-pandemia, a taxa reduziu em 2021. Segundo os dados, em 2019, esse percentual era de 10,08%.

Dados nacionais
No Brasil, 57,25% da população estava com sobrepeso no ano passado. A condição também era maior entre homens (59,9%) do que entre mulheres (55%).

Já na distribuição por faixas etárias, o problema era mais incidente nas faixas de 45 a 54, com uma taxa de 64,4%, seguido das pessoas com idade entre 55 a 64, com índice de 64%. Outros 62,4% dos brasileiros com idade entre 35 a 44 também estavam nesta condição.

Nutricionista alerta

O nutricionista Inauã Rodrigues alerta que, além das doenças crônicas que estão ligadas ao excesso de peso, como a diabetes, problemas cardiovascular e hipertensão, preocupa também a questão da fragilidade do sistema imunológico.

“A parte mais preocupante dessa situação onde mais de 60% da população está com excesso de peso é a questão do sistema imunológico, que estamos deixando muito mais enfraquecido. Ou seja, o excesso de peso vai favorecer não só o acesso às doenças crônicas, mas também vai deixar a pessoa muito mais propensa a pegar doenças respiratórias, infecciosas, e isso é um problema de saúde pública, que já está fragilizada devido à pandemia”, afirmou.

O especialista orienta que a população deve procurar ter os cuidados básicos de saúde para que esses índices reduzam.

“Buscar não ser sedentário, ter uma boa hidratação corporal, que faz com que nosso corpo funcione de maneira melhor para combater doenças. A questão de uma alimentação mais equilibrada, com certeza vai fazer a diferença. Dentro de uma realidade onde as coisas estão cada dia mais caras, o equilíbrio está em relação a evitar o excesso de açúcar, frituras, e tentar optar o máximo possível por produtos mais naturais”, explicou.

G1

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