Laudo médico pode levar mecânico torturador a responder pela morte de Nego Bau

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

O mecânico Jefson Castro da Silva Ferreira, de 39 anos, que já se encontra recolhido ao presidio da capital por crime de tortura contra Renan Almeida de Souza, o Nego Bau, corre o risco de ser indiciado por homicídio no caso da morte do morador de rua.

Tudo vai depender do laudo feito por peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil. A princípio o questionamento é saber se a tortura foi ou não a causa da morte de Nego Bau.

“Estamos vendo se o resultado qualificado da tortura será o resultado da morte ou de lesão grave. Só então decidiremos qual a forma de indiciamento”, comentou o delegado Lucas Pereira, responsável pelo inquérito.

Durante um longo depoimento que adentrou a madrugada desta terça-feira (12), Jefson Castro confessou ser mesmo quem decepou um dos dedos da mão de Negro Bau, porém negou que o tenha torturado.

“Eu apenas cortei o dedo dele e nada mais. Em seguida, mandei que ele saísse da minha casa. Não bati nele ou o torturei. Só cortei o dedo”, afirmou.

Ainda durante o depoimento, disse que estava dormindo quando ouviu o cachorro latir e desconfiou que alguém tivesse invadido sua propriedade. Ao averiguar o que estava ocorrendo, acabou descobrindo Negro Bau dentro de casa.

“Estava meio atordoado com medo de que ele fizesse algum mal à minha família e acabei fazendo essa besteira”, disse o mecânico, que em nenhum momento se disse arrependido do ato cometido.

Jefson está preso pelo crime de tortura, cuja pena, segundo a Lei 9455/97, varia de 2 a 8 anos de prisão, mas poderá ser indiciado por homicídio ou por lesão corporal grave. Basta que o laudo do Instituto de Criminalística comprove que Negro Bau morreu em circunstâncias da amputação do dedo.

Fonte: Ac24horas

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp