Há mais de 20 dias em greve, os servidores e médicos peritos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) no Acre ainda seguem sem negociação e muitos beneficiários acabam sem conseguir atendimento por causa do limite de 20 fichas diárias que são disponibilizadas.
A greve começou no dia 28 de março e teve adesão dos médicos peritos, mas, de acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Federais do Acre, Gerson Leandro dos Santos, disse segue sem negociação.
“Não avançamos ainda em nenhuma negociação com o governo. O que está acontecendo é que estão cortando os pontos dos servidores, já saiu no contracheque, os descontos e a gente fica muito triste porque é a única arma que o servidor tem em rever a sua reposição salarial. Nosso interesse é que as pessoas sejam atendidas. Aqui no estado fechou a agência do Bosque e só tem essa agora para atender a população, não estamos só em busca de aumento, também estamos em busca de um bom atendimento para toda população Brasil”, pontuou.
A cozinheira Cistine da Silva não conseguiu ficha para ser atendida nesta quarta-feira (20) e disse que estão sendo prejudicados. Esta é a terceira vez que vai até a agência, mas não consegue ser atendida.
“É a terceira vez que venho e disseram que não vou ser atendida porque não está tendo perito, mas a lei me assegura ter 30% de atendimento, só que estão dificultando. As pessoas chegam aqui na frente pegam ficha para vender e quem realmente está precisando está sendo negligenciado. Eles podem reivindicar os direitos deles, mas nós vamos fazer greve de quê? Estamos sendo prejudicados”, questiona.
O presidente do sindicato disse que os atendimentos previstos em lei estão sendo mantidos. “Acredito que está sendo mantido os 30%, só que se são três, fica só um então é pouco para muita demanda.”
Francisca Celestino, produtora rural, está com o benefício bloqueado também não conseguiu o atendimento por causa do limite das fichas diárias.
“A gente chega aqui e não tem mais ficha. Ficamos aqui no sol quente, passando mal, a pressão está baixando e não tem um lugar para sentar e me disseram que hoje não tem mais como me atender, faço hemodiálise, moro em Brasileia para fazer o tratamento”, lamentou.
G1