Em reunião nesta sexta-feira, 18, na sede do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) foi definido que a greve dos médicos poderá ser retomada no início de março.
O motivo da proposta de movimento paredista é a interrupção das negociações por parte do governo que vem descumprindo as promessas feitas aos trabalhadores. A proposta de retomada dos atos tem o objetivo de buscar uma saída para as intermináveis tentativas de se garantir o cumprimento os acordos fechados em junho de 2021, quando os gestores assinaram um documento se comprometendo em oferecer avanços como a garantia de concurso público para o setor, pagamento do teto do adicional de insalubridade enquanto durar a pandemia por coronavírus ou até a apresentação de novo Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCat), recomposição dos valores corroídos pela inflação.
O presidente do sindicato da saúde, Adailton Cruz, garantiu que a greve será mais radical que a do ano passado. “Vamos ser radical”, declarou.
“A proposta é realmente demonstrar a verdadeira valorização dos trabalhadores da saúde que estão sendo esquecidos pelo governo do estado. Esses mesmos servidores que estão dando a vida para salvar as pessoas durante a pandemia, mas que estão sendo ignoradas pelos gestores no momento que mais precisam de apoio”, protestou o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.
A proposta é que a nova greve seja iniciada no dia 3 de março e finalizada depois do governo cumprir com todas as promessas, entre elas a etapa alimentação, a reforma do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR).
Para os trabalhadores, os gestores veem protelando as negociações para que o prazo de negociação possa ser emperrado pelo calendário eleitoral, momento em que o governante é impedido de proporcionar avanços para as categorias.