A votação de resoluções das regras eleitorais para 2022, tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), modificou o horário de votação no Acre, passando iniciar às 6h da manhã e encerrar às 15h, uniformizando o horário com os demais estados que seguem o de Brasília que é das 8h às 17h.
A unificação do horário de votação foi proposta pelo relator, ministro Edson Fachin, que rejeito a proposta feita pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre de que votação pudesse começar às 7h e seguir até as 16h. A justificativa do TRE foi por conta da dificuldade de acesso por parte de alguns eleitores que moram em locais remotos.
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, reconheceu que a mudança pode gerar transtornos, mas defendeu que é preciso priorizar a totalização do resultado. “Reconhecendo as dificuldades que possam advir, mas confiantes na boa vontade das autoridades e da população acreana, nós estamos encaminhando no mesmo sentido da proposição do ministro Edson Fachin e TSE dará as autoridades eleitorais do Acre todo o apoio para adaptação das circunstâncias do processo eleitoral ao horário nacional”, afirmou.
Deputado Pedro Longa contra a mudança
O líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre, deputado Pedro Longo, defendeu junto aos demais deputados uma moção de protesto contra o indicativo do TSE de unificar o horário da votação nas eleições em 2022.
Pedro Longo (PV) alertou que a mudança vem em detrimento do eleitor do Acre. “É um absurdo”, disse o parlamentar, elencando série de problemas, incluindo a questão dos ribeirinhos, além de gerar uma imensa abstenção. Segundo ele, os mesários e fiscais terão de estar no local de votação na madrugada e não há transporte público nesses horários. O Acre possui 460 sessões eleitorais na zona rural e o transporte dos eleitores é feito no dia da votação.