Promotor Thales Tranin é trasferido da fiscalização de presídios; entidades suspeitam de perseguição

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Como promotor titular da 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídios, Thales Tranin foi implacável na tentativa de garantir um mínimo de saúde e dignidade para os presos.

A atuação do promotor foi desde a iniciativa de entregar colchões e exigir vacinas contra a covid nos presídios como fiscalizar a qualidade e quantidade de comida distribuída aos presos. Ele também apreendeu mais 40 mil itens de remédios vencidos dentro de unidade prisional.

Foi o responsável por várias ações do MPE contra o governo do estado. Uma delas sobre a não utilização de R$ 9,5 milhões que deveriam ter sido utilizados para a ampliação de vagas nos presídios, que gerou um procedimento criminal investigatório. E principalmente, determinou uma investigação para apurar denúncias de morte de presos, tortura e até corrupção dentro do sistema prisional.

Tranin também denunciou a falta de absorventes higiênicos, o que obrigava as presas a utilizarem miolo de pão para conter o sangramento menstrual. O promotor tentou mudar as condições dos presídios do Acre, comparadas as piores prisões do Irã. Veja Aqui
Policial Militar que não quis ser identificado comentou: “isso é muito sério quanto aos direitos humanos. Não gosto de criminoso, mas o Estado tem o dever de atender às necessidades básicas da população carcerária”.

O militante de Direitos Humanos, Jocivan dos Santos, informou que a retirada do promotor da fiscalização dos presídios não agradou as entidades de Direitos Humanos que juntamente com outras organizações da sociedade civil articulam uma agenda com a procuradora geral do MP para tratar do assunto.

A sociedade civil também articula uma reunião com Danilo Lovisaro, futuro procurador geral do Ministério Público do Acre, ao qual vão pedir o retomo de Thales Tranin para promotoria de fiscalização dos presídios do Acre.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp