O vice-governador do Acre, Wherles Rocha, afirmou na manhã de sexta-feira (16) que a decisão do governador Gladson Cameli de retomar o prédio onde funcionava seu gabinete e retirar a placa de protesto que lá havia é uma tentativa de calá-lo a respeito das denúncias de supostas corrupções que ocorrem no atual governo.
Rocha se mostrou indignado com a decisão de Cameli e afirmou que a culpa de seu gabinete ter fechado é do próprio governador que inviabilizou seu trabalho.
“Na tentativa de me calar o governo adotou a estratégia de exonerar quase todos os servidores do organograma do Gabinete do vice-governador, a ponto de inviabilizar o atendimento ao público. Diante do fracasso da estratégia utilizada e na falta de alternativas o governo tenta transformar um aviso fixado na minha porta em mais um trunfo para silenciar as denúncias que tenho feito e que continuarei fazendo”, diz.
Rocha também negou que esteja tentando usurpar o poder de Cameli e criticou a imprensa.
“De forma covarde, usando a mídia paga, emite uma nota tentando vender a ideia que estou fazendo politicagem, que estou tentando “usurpar” o poder. Infelizmente a imprensa acreana, quando convêm a quem paga, não costuma ouvir o outro lado. Teria muito prazer em dizer que notas pagas não vão me intimidar, que vou continuar fiscalizando e denunciando possíveis irregularidades. Que não trabalho para desestabilizar o governos, combato corruptos e corruptores, da mesma forma que fiz em governos anteriores”, diz.
Por fim, o vice-governador também negou que tenha 30 servidores a seu serviço.
“Quanto aos 30 servidores, desafio o governo a publicar a relação, do contrário será só mais uma mentira, igual a muitas que foram contadas na campanha e no pós-campanha”, diz.