Diretor do Into alerta para aumento de internações de jovens com sintomas graves da Covid

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Dados do boletim da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) aponta que a maior proporção dos casos da Covid-19 está na faixa etária 30 a 39 anos tanto do sexo masculino como feminino.

Com números recordes de casos de Covid-19 no Acre, que apresenta uma crescente desde a segunda quinzena do mês de janeiro, o diretor do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), Osvaldo Leal, onde funciona o maior hospital de campanha do estado, alertou para o aumento de casos e internações de jovens com a doença.

“A gente tem percebido que o agravamento dessa pandemia, nessa segunda onda, tem acometido pessoas mais jovens. E estas pessoas têm apresentado, inclusive, sintomas mais graves da doença, com quadros inflamatórios graves, inclusive, com óbitos, que a gente tem percebido no mês de janeiro e fevereiro”, disse durante entrevista à Rede Amazônica nessa quinta-feira (4).

Dados do boletim da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) apontam que a maior proporção dos casos da Covid-19 está na faixa etária 30 a 39 anos tanto do sexo masculino como feminino.

“Uma características desses atendimentos é que um percentual cada vez maior são de atendimentos de pacientes com sintomas importantes e até com quadros graves, que mobilizam muito a equipe”, acrescentou.

Mesmo que a doença seja mais letal entre pessoas mais idosas, com maior número de óbitos em pacientes acima dos 70 anos, com mais de 700 óbitos, a faixa etária de 30 a 59 anos, tem no acumulado de quase um ano mais de 280 mortes.

Aumento da demanda

O diretor da unidade disse ainda que desde janeiro houve um aumento da demanda de atendimentos na unidade.

“No mês de fevereiro houve um aumento dessa demanda. Na segunda quinzena de janeiro e foi aumentado, agora, no mês de fevereiro que encerrou com cerca de 250 a 300 atendimentos dia”, pontuou.

Esse aumento da demanda levou o estado a ampliar as vagas em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que vem apresentando mais de 90% de ocupação.

“Com a ocupação dos leitos de UTI e enfermaria acima de 90% há mais de um mês, os pacientes que precisam de UTI são assistidos em salas chamadas vermelhas, onde recebem os aparelhos enquanto aguardam pelos leitos”, explicou Leal.

Até essa quinta, dos 106 leitos de UTI nos hospitais da rede SUS disponibilizados, 95 estavam ocupados. Dessa forma, a taxa de ocupação apresentou uma leve queda e chegou a 90%. Os leitos de UTI estão concentrados em Rio Branco, com 85 vagas, e Cruzeiro do Sul, com 26.

G1

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