Os maiores escândalos de doping das Olimpíadas

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Alguns atletas que buscam ultrapassar os limites de seu desempenho podem achar tentador obter uma vantagem competitiva indo além do treinamento e da nutrição. E no maior palco atlético do mundo, os Jogos Olímpicos, existem muitos casos de atletas que se voltaram para o uso de substâncias químicas para ganhar vantagens sobre seus colegas competidores.

A maioria das substâncias que melhoram o desempenho é proibida nos esportes, mas ainda existem muitas que não podem ser detectadas ou que ainda não foram classificadas. Na história das Olimpíadas, os trapaceiros geralmente enfrentam punições rápidas, mas às vezes as decisões oficiais levam anos para serem resolvidas. Testes secundários de drogas podem pegar o transgressor logo após a competição ou o processo pode se arrastar por muito tempo.

Aqui estão alguns dos maiores escândalos de doping da história moderna das Olimpíadas:

Ross Rebagliati (Canadá), 1998 – Nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1998 em Nagano, o snowboarder canadense Ross Rebagliati ganhou uma medalha de ouro no slalom gigante. Rebagliati subsequentemente testou positivo para a maconha, após o qual uma série de conselhos olímpicos votou para tirá-lo da medalha. A decisão foi incomum, porque a maconha não estava na lista do Comitê Olímpico Internacional de substâncias proibidas na época (foi adicionada alguns meses após a conclusão dos jogos) e geralmente não é considerada uma droga que melhora o desempenho. Um apelo ao Tribunal de Arbitragem do Esporte foi rapidamente recompensado, e Rebagliati conseguiu manter sua medalha. Rebagliati agora é o rosto de uma empresa de marcas de dispensários de maconha.

Lance Armstrong (EUA), 2000 – Após sua primeira vitória no Tour de France em 1999 o ciclista e sobrevivente de câncer, Lance Armstrong tornou-se imediatamente um ícone de resiliência. À medida que sua popularidade crescia, sua organização de caridade contra o câncer, também crescia. Mas seus sete títulos no Tour de France (de 1999 a 2005) foram revogados em 2012, após anos de suspeita culminarem na exposição de um elaborado esquema de doping multifacetado dentro da equipe do Serviço Postal dos EUA.

Time russo, 2012, 2014, 2016, 2018, 2020 e 2022 – Os atletas russos foram perseguidos por suspeitas de doping em vários Jogos Olímpicos, mas essas alegações foram agravadas por evidências recentes de esquemas difundidos e persistentes de manipulação nos resultados de doping. Isso inclui a revelação de um sistema de troca de amostras para proteger atletas trapaceiros, em um esforço para aumentar a contagem de medalhas da Rússia quando o país sediou os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi. A Rússia foi proibida de sediar e competir em grandes eventos esportivos pela Agência Mundial Antidopagem (Wada) nos próximos quatro anos. A última proibição ainda deixa a porta aberta para atletas russos, que podem provar que não estão contaminados pelo escândalo, para competir sob uma bandeira neutra.