15 junho 2024

Justiça nega liberdade a policial penal que matou jovem na Expoacre

Por Aikon Vitor, da Folha do Acre

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Na última terça-feira (21), os desembargadores da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) negaram o pedido de habeas corpus e liberdade provisória ao policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto. A decisão, liderada pela relatora do caso, desembargadora Denise Bonfim, foi apoiada por unanimidade pelos outros magistrados.

Raimundo Nonato é acusado de ter assassinado o jovem Wesley dos Santos, de 22 anos, e de ter tentado matar a namorada da vítima, Rita de Cássia da Silva, durante a Expoacre 2023. O incidente ocorreu na madrugada de 7 de agosto, quando o policial, supostamente embriagado, teria disparado contra os jovens na saída de um show.

Na defesa, os advogados de Raimundo Nonato argumentaram que a decisão que negou a liberdade do policial carecia de fundamentação legal e apontaram para o excesso de prazo na conclusão do processo. Eles destacaram que a audiência de instrução e julgamento, iniciada na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, foi suspensa a pedido do Ministério Público do Estado do Acre, o que atrasou o andamento do caso.

A defesa já anunciou que fará um novo pedido de liberdade ao término da audiência de instrução e julgamento, cuja data ainda será definida. Enquanto isso, Raimundo Nonato permanece preso preventivamente.

Os desembargadores da Câmara Criminal acompanharam o voto da relatora Denise Bonfim, que ressaltou a gravidade dos crimes e a necessidade de manter a ordem pública. Segundo relatos, o policial estava em visível estado de embriaguez alcoólica quando efetuou os disparos que resultaram na morte de Wesley dos Santos e no ferimento de Rita de Cássia.

Raimundo Nonato, que foi inicialmente preso em flagrante e liberado após a audiência de custódia, voltou a ser detido preventivamente enquanto aguarda o desfecho judicial.

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