segunda-feira, 21 julho 2025
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Indígenas pedem intervenção da Funai e PF após ameaça de facções e tráfico de drogas

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A comunidade indígena Huni Kuĩ, situada no Rio Jordão, Acre, faz um apelo urgente à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e à Polícia Federal. Eles enfrentam sérios problemas com o tráfico de drogas em suas terras e sofrem constantes ameaças de organizações criminosas.

Áudios obtidos pelo ac24horas revelam que as lideranças locais estão lutando para barrar a entrada de estranhos nas comunidades, mas enfrentam a falta de apoio das autoridades. ” As coisas não estão de brincadeira, estamos firmes mas precisamos de apoio, ajuda da FUNAI e Polícia Federal. Nos ajude a divulgar” declara uma liderança indígena. Zé Banê, filho do Cacique Siã, ressalta a gravidade da situação, mencionando que o consumo de drogas está desestabilizando a comunidade e que alguns membros já se envolveram com facções criminosas. “Entrou umas facções fortes, está sem controle, muita gente levando drogas à noite, ameaçando. Os parentes, tanto na droga quanto no alcoolismo, perdido. Sou liderança, faço apelo, convidar os txai. Estamos tendo invasões na Terra Indígena, já foi morto meu sobrinho por causa de droga, filho do vice-prefeito João Barbosa que pegou 42 facadas. A gente quer proteger nosso povo. A FUNAI daqui não tá resolvendo, é o Elias do partido bolsonarista, queremos substituição para uma pessoa forte que se preocupe com nosso povo. Peço ajuda, é muito triste ver nosso povo assim, faço apelo, Polícia Federal venha aqui nos ajudar e acabar com esse lado negativo,” implora.

Segundo informações do site O Varadouro, a Terra Indígena Kaxinawá do Baixo Jordão adotou restrições à entrada de pessoas desconhecidas após uma reunião de lideranças indígenas, mas os Huni Kuĩ continuam a exigir ações efetivas das autoridades do Acre e de Brasília.

A Superintendência da Polícia Federal no Acre informou ao ac24horas que até agora não houve nenhuma denúncia formal registrada sobre o caso. Tentativas de contato com a FUNAI no Acre não tiveram sucesso.

 

Câmara de Rio Branco reforça a importância da vacinação contra a poliomielite

A campanha de vacinação contra a poliomielite, iniciada em 27 de maio, encerra nesta sexta-feira, 14. A ação, que ocorre nos postos de vacinação dos 22 municípios do Estado, visa imunizar 72.728 crianças na faixa etária de 1 ano a menores de cinco anos de idade.

A Câmara Municipal de Rio Branco reforça a importância de levar as crianças para se vacinar. “Não há cura para a poliomielite, tornando a vacinação a única forma eficaz de prevenção”, destacou o presidente do parlamento municipal, vereador Raimundo Neném.

O vereador Samir Bestene relembra que apenas 5% do publico alvo foi vacinado na campanha deste ano. “De acordo com dados da Sesacre, entre os dias 27 de maio 8 de junho, foram contabilizadas 3.034 doses da vacina contra a poliomielite no Estado. A cobertura está muito aquém da expectativa da secretaria, uma vez que tem-se mais de 58 mil crianças para receber a gotinha, dose extra”, frisou o parlamentar.

E acrescentou: “o Ministério da Saúde já informou que não haverá prorrogação da campanha, portanto, peço aos pais ou responsáveis que não deixem de levar suas crianças para vacinar. Não podemos brincar com a saúde desses pequenos, então, procure um posto de saúde e busque pela vacinação”.

A edição deste ano é a última em que as crianças recebem a dose oral do imunizante como reforço, sendo substituída efetivamente pela aplicação injetável.

Acre tem terceiro maior índice na venda do comércio varejista e se destaca nacionalmente

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A variação das vendas no comércio varejista no país ficou em 2,2%, com resultados positivos em 25 das 27 unidades da federação, e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, deu destaque para o Acre após o estado registrar o terceiro maior índice de aumento no país.

O estudo compara o volume de vendas do comércio varejista entre abril de 2023 e deste ano. Os maiores índices foram no Amapá (21,7%), Tocantins (12,2%) e Acre (9,3%).

Já com relação a março e abril deste ano, o aumento foi de 1,8%. No acumulado do ano, essa taxa está em 7,4% e, nos últimos meses, essa porcentagem ficou em 4,4%. Recentemente, o governador do Acre, Gladson Cameli, tomou uma medida que fortalece e movimenta o setor no estado. Em maio deste ano, foi assinado decreto de ampliação do Programa de Compras Governamentais (Comprac), que beneficia o setor industrial no Acre.

Nesse programa, o Estado compra e adquire serviços de empresas acreanas, e, com a alteração, o governo ampliou e modificou os segmentos prioritários.

Também na gestão de Gladson Cameli, foi ampliado o sublimite do Simples, uma prova de que o Acre apoia a promoção de negócios, a tecnologia e a inovação. Ao se dirigir aos empresários, o governador destacou que é necessário criar um ambiente seguro para a expansão de negócios.

“Tenho dito sempre nos meus pronunciamentos que o Acre é um grande diamante que precisa ser lapidado por todos nós que aqui vivemos, e a maneira dessa lapidação acontecer é por meio da geração de empregos e oportunidades para todos os acreanos e acreanas”, disse Cameli em seu discurso.

O estado tem trilhado uma rota de oportunidades, que vem cada vez mais potencializando este importante setor. Hoje são mais de 100 indústrias apoiadas pelo Estado. Um total de R$ 150 milhões em incentivos fiscais.

Governo do Acre reforça segurança pública com novo investimento de R$ 8,5 milhões em veículos e equipamentos

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Em uma solenidade realizada na tarde desta quinta-feira, 13, no hangar do Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança e Justiça (Ciesp), o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), demonstrou mais uma vez seu compromisso com a segurança pública do Estado e seus colaboradores, com a entrega de 18 viaturas, 10 motos, coletes balísticos e equipamentos de informática, totalizando um massivo investimento de R$ 8,5 milhões.

A entrega dos materiais inclui cinco caminhonetes 4×4 Mitsubishi L200 Triton, doadas pelo Ministério da Justiça; quatro Fiat Cronos Sedan descaracterizados; nove caminhonetes 4×4 Mitsubishi L200 Triton; e 50 notebooks, fruto da emenda de bancada do senador Alan Rick. Além disso, foram adquiridos 250 nobreaks, 34 estações de trabalho avançadas e 305 coletes balísticos com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, além de 10 motos Honda CRF 1100L Africa Twin MT.

O governador Gladson Cameli esteve presente e conduziu o evento ao lado do secretário de Segurança Pública, José Américo Gaia, o senador Alan Rick, e diversas outras autoridades, incluindo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, Charles da Silva Santos, e o delegado-geral da Polícia Civil do Estado do Acre, José Henrique Maciel Ferreira. Também estiveram presentes o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Acre, Danilo Lovisaro, e a desembargadora do Tribunal de Justiça do Acre, Eva Evangelista.

O governador Gladson Cameli destacou a importância do investimento contínuo na segurança pública em seu governo.

“Vivemos dias em que investir no sistema integrado de segurança pública é uma prioridade. Esta entrega, somando mais de R$ 8 milhões, fortalece nossas forças de segurança, integrando-as e modernizando seus equipamentos e veículos, além de valorizar cada vez mais o trabalho de nossos colaboradores nesta área de atuação” afirmou Cameli.

Cameli também expressou gratidão ao governo federal, parlamentares e outras entidades pelo apoio contínuo. “A parceria entre o governo federal e nosso governo no Acre tem sido essencial para fortalecer as instituições de segurança pública. Graças a esse apoio, estamos entregando hoje veículos e equipamentos de alto nível,” completou.

Trabalho conjunto que gera resultados

O senador Alan Rick, por sua vez responsável pela emenda de quase R$ 4 milhões que resultou em boa parte dos veículos e equipamentos, ressaltou seu compromisso com a segurança pública desde seu primeiro mandato como deputado federal.

“Desde 2015, destinamos emendas para a aquisição de viaturas, coletes, armamentos e equipamentos essenciais. Estou feliz em poder, junto com o governador, entregar todos esses equipamentos para a segurança pública,” disse Rick.

Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública, José Américo Gaia, mais de R$ 201 milhões foram investidos na segurança pública do Acre durante o governo de Gladson Cameli, valorizando profissionais e trazendo resultados positivos para a sociedade.

“O governo tem fortalecido suas forças de segurança como nunca antes, resultando em redução nos números de mortes violentas intencionais e furtos. A entrega de veículos e equipamentos é crucial para continuar fortalecendo o trabalho das forças de segurança do Estado,” destacou Gaia.

Gaia acrescentou que os recursos para essa aquisição provêm do Fundo Nacional de Segurança Pública, em parceria com a União, além de emendas parlamentares e contribuições do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Trabalho. “Várias fontes de recursos resultaram nessa importante entrega para as forças de segurança,” concluiu.

Gefron apreende 5 quilos de skunk em operação na BR-364

Na quarta-feira, 12 de junho, uma operação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) resultou na apreensão de 5 quilos de maconha do tipo skunk e na prisão de um motorista que transportava a droga de Cruzeiro do Sul para Feijó, pela BR-364.*

A equipe do Gefron estava realizando abordagens de rotina a veículos e pessoas nas proximidades da Comunidade do Rio Liberdade, na BR-364, quando parou um caminhão baú da Empresa de Transporte Translima. Ao ser questionado sobre o conteúdo das caixas que transportava, o motorista afirmou não saber o que estava levando, explicando que havia pego o caminhão no pátio da empresa com destino a Feijó.

Durante a inspeção no compartimento de carga do caminhão, os agentes encontraram uma caixa azul contendo aproximadamente 5,3 quilos de maconha do tipo skunk. “Diante dos fatos, o ilícito juntamente com o motorista e o caminhão foram apresentados na Delegacia Geral da Polícia Civil de Cruzeiro do Sul para as providências”, informou o coordenador do Gefron, coronel Cleudo Maciel.

A ação integra a Operação Guardiões das Fronteiras e Divisas, que tem como objetivo reforçar a segurança nas áreas fronteiriças e combater o tráfico de drogas. A operação representa um golpe significativo contra o tráfico de drogas na região.

A Polícia Civil de Cruzeiro do Sul dará continuidade às investigações para identificar e prender outros envolvidos no esquema de transporte de drogas.

77,8% das famílias acreanas estão endividadas; maior vilão é o cartão de crédito

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Dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta semana apontam que o nível de endividamento e inadimplência do consumidor apresentou mais uma elevação, sendo a maior desde maio de 2023, quando alcançou 78,3%. Em 2024, no mesmo período, os números chegam a 78,7%. No Acre, ao menos, 90.534 famílias estavam endividadas durante o quinto mês do ano, representando um índice de 77,8%.

Das famílias endividadas no Acre, 37.991 estão com dívidas em atraso, e 16.559, sem condições de pagar suas dívidas. Este indicador é o menor desde novembro de 2023, quando o resultado atingiu 78,5% das famílias.

O Acre também tem seguido a tendência nacional em relação ao uso do cheque especial – em todo o Brasil, segundo a CNC, o endividamento com o cheque especial terminou maio com 3,9%, o menor índice desde 2010 com o cheque especial. No Estado, de acordo com pesquisa recente realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC) e o Instituto Data Control, o maior endividamento dos acreanos diz respeito ao cartão de crédito, representando 72,5% dos endividados. O cartão, ainda segundo o estudo, compromete atualmente entre 30% e 50% da renda dos consumidores, o que dificulta o orçamento doméstico.

É importante salientar, no entanto, que endividamento não é sinônimo de inadimplência, tendo em vista que as dívidas contraídas são pagas em até 30 dias, e não gera inadimplência com os credores. Dos endividados acreanos, apenas 12,8% tornam-se inadimplentes, embora verifique-se a regularização da dívida em até 45 dias.

Suspeito de matar o próprio irmão por causa de herança é capturado pela Polícia Civil do Acre

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Nesta quinta-feira, 13, a Polícia Civil do Acre (PCAC), através da delegacia de Brasiléia, capturou o suspeito de ter assassinado seu próprio irmão, Rosinildo da Silva Amaral, de 25 anos. O crime, cometido com um golpe de foice, ocorreu na zona rural do município.

De acordo com o delegado e coordenador da regional do Alto Acre, Erick Maciel, a PCAC tomou conhecimento dos fatos na quarta-feira, 12, e imediatamente iniciou as investigações. A equipe policial foi ao local do crime, onde colheu informações cruciais para dar início às diligências.

“O suspeito, em depoimento, confessou o crime e relatou que a motivação foi uma disputa por herança deixada pelo pai. Ele afirmou que o irmão estava invadindo os limites territoriais da propriedade herdada, o que levou ao conflito fatal. O homicídio ocorreu por volta das 8 horas da manhã, em uma propriedade localizada no “Ramal da Pinda”, que é acessível pela BR-317 (Estrada do Pacífico) no km 59, seguido de mais 30 km de percurso até o local”, informou o delegado Erick Maciel.

A autoridade destacou que as informações preliminares apontam para uma divisão de terras como o principal motivo do crime. O suspeito está à disposição da Justiça e deverá passar por audiência de custódia em breve. Além disso, a autoridade policial revelou que o capturado já tinha passagem pela polícia por outros delitos.

Vereador Francisco Piaba faz indicação na Câmara reivindicando gratuidade na travessia de balsa no Polo Benfica

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O vereador Francisco Piaba (União Brasil) fez uso da tribuna na sessão desta quinta-feira, 13, na Câmara de Rio Branco, solicitando que a Prefeitura da Capital assuma a balsa que faz a travessia do Rio Acre pelo Polo Benfica.

A principal reinvidicação do parlamentar é para que o serviço seja realizado de forma gratuita, beneficiando centenas de produtores rurais.

“O pedido é para que o governo repasse a balsa do Benfica para a Prefeitura. Que a gestão municipal assuma o equipamento e não cobre pela travessia de veículos de passeio, pequenos caminhões e motos”, frisou Piaba.

O vereador também ressaltou que muitas famílias não têm como pagar a taxa para atravessar o manancial.

“Muitos ribeirinhos, famílias, produtores e estudantes que moram no Projeto de Assentamento Moreno Maia, do Barro Alto e de outras localidades, muitas vezes não têm condições de pagar R$10, R$20 até R$50 que está nos caminhões. Há tempos estamos lutando por melhorias naquela região. Que o poder público atenda o pedido da comunidade”, concluiu o parlamentar.

Greve: professores da UFAC protestam contra gestão após reitoria cancelar mesa de negociação

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Na tarde desta última quarta-feira (11), a Universidade Federal do Acre (UFAC) testemunhou mais um capítulo de tensão entre docentes e administração universitária. O cancelamento abrupto da quarta mesa de negociação, após meses de debates sobre questões cruciais como o Colégio de Aplicação, assédio sexual e, mais recentemente, gestão democrática e orçamento da universidade, destacou o fosso crescente entre as partes envolvidas.

“O que aconteceu ontem foi um claro descumprimento dos dispositivos internos da nossa UFAC”, declarou Raquel Ishi, professora do CELA (Centro de Educação Letras e Artes) e membro do comando local de greve docente. “Fizemos um convite aberto para todos os pró-reitores, inclusive a professora Guída e o Josimá, para virem à nossa assembleia e discutir detalhadamente o orçamento da universidade, apresentando todas as planilhas e informações relevantes. Infelizmente, a administração optou por não comparecer, alegando indisponibilidade.”

A controvérsia se acentuou devido à falta de cumprimento de portarias e normativas internas pela própria reitoria. “Por exemplo, existe uma portaria assinada pela reitora em 2022 que determina o retorno presencial das atividades pós-pandemia, mas as reuniões do Conselho Universitário continuam sendo realizadas de forma online”, explicou Ishi. “Isso reflete uma desconexão preocupante entre as diretrizes estabelecidas e sua implementação efetiva.”

Durante a mesa de negociação, que se caracteriza por ser um espaço de diálogo bilateral, a administração decidiu unilateralmente se retirar, alegando desrespeito por parte dos docentes. “Nós corrigimos essa interpretação equivocada: não houve suspensão, mas sim uma retirada da administração”, esclareceu Ishi. “O verdadeiro desrespeito que ocorreu foi o descumprimento contínuo do regimento, estatuto e normas internas que deveriam guiar nossa universidade.”

Após o incidente, os docentes emitiram um comunicado público reiterando sua disposição para retomar as negociações. “Estamos comprometidos em continuar o debate democrático e defender nossas reivindicações durante este período de greve”, afirmou Ishi. “Desde maio do ano passado, quando protocolamos nossas pautas locais junto à reitoria, não tivemos sequer uma reunião para discutir essas questões. Isso demonstra uma intransigência preocupante por parte da administração em abrir espaço para o diálogo construtivo.”

Raquel Ishi também expressou preocupação com a reação da região norte da ANDIFES: “Nós ficamos sabendo da nota da região norte da ANDIFES, que são reitores da região norte em apoio à professora Guida e a nota, inclusive, faz menção a ataques pessoais. Como nós já dissemos, não houve em nenhum momento da reunião nenhum tipo de ataques pessoais e nós vemos com muita preocupação reitores se posicionando contra categorias em greve na medida em que anteriormente já haviam manifestado seu apoio de modo que, em nível nacional, a gente compreende que reitores e categorias em greve estão irmanados em luta pela universidade, inclusive, a gente espera da nossa administração esse reconhecimento, não apenas na forma de nota, de apoio à nossa greve, mas também de reconhecer que a recomposição dos orçamentos das universidades. Todos os reitores conseguirem fechar o seu ano fiscal, virá a partir de orçamento liberado devido à nossa greve.”

O impasse na UFAC reflete não apenas questões administrativas, mas também princípios fundamentais de governança e participação dentro da instituição. Enquanto os docentes buscam transparência e respeito às normativas internas, a administração enfrenta críticas contundentes por sua falta de abertura e compromisso com o diálogo efetivo por partes dos estudantes 

A Folha do Acre deixa o espaço em aberto para manifestação por parte da gestão superior da Ufac.

Ulysses se reúne com secretário nacional de Segurança Pública e pede mudanças em portaria que dificulta celebração de convênios com Estados na área de segurança

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Portaria recém-editada pelo Ministério da Justiça cria limitações para a celebração de convênios nas ações caracterizadas como serviços contínuos de União na área de segurança. Sarrubbo reconheceu a necessidade de revisão da norma e pediu para Ulysses enviar indicação ao ministério com as sugestões apresentadas durante o encontro.

BRASÍLIA (13.06.2024 – Em reunião com o secretário nacional de Segurança Pública Mário Luiz Sarrubbo, o deputado Coronel Ulysses (União–AC) tratou última terça-feira (11) das dificuldades atuais de financiar o custeio de ações do órgão integrantes do sistema estaduais de Segurança Pública com recursos federais (da União). Ulysses ainda abordou com Sarrubbo acerca da portaria recém-editada pelo ministério, que define diretrizes para utilização de câmeras corporais e o acesso a recursos do governo federal.

Ulysses explicou a Sarrubbo que, atualmente, existem limitações administrativas da pasta para a celebração de convênios nas ações caracterizadas como serviços contínuos na área de segurança.

Portaria editada pelo ministério em maio deste ano define percentuais de custeio na execução do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para Estados e Distrito Federal. A norma – de n.º 685/2024 – vincula quase a totalidade das ações permitidas pelo fundo a investimentos, inviabilizando, praticamente, ações para custeio.

Preocupado com a situação, Ulysses encaminhou indicação parlamentar ao Ministério da Justiça e Segurança Pública na qual sugeriu à pasta a ampliação do percentual de custeio na execução de recursos do FNSP, ou seja, que a União concedesse aos Estados e ao DF maior liberdade administrativa para utilização das verbas conforme as necessidades de investimento e de custeio de cada unidade federada. Apesar do apelo feito, a nova portaria do governo manteve os percentuais anteriores, inviabilizando a contratação de serviços importantes para a manutenção das atividades dos Sistemas Estaduais de Segurança Pública.

Ulysses e sua equipe expressaram a Sarrubbo preocupação com a portaria atual, sugerindo mudanças. De pronto, Sarrubbo reconheceu a necessidade de nova interpretação quanto à destinação de recursos para custeio e investimentos por meio do FNSP. Na oportunidade, Sarrubbo pediu a Ulysses que enviasse à Secretaria Nacional de Segurança Pública nova indicação com as propostas sugeridas, o que o deputado fará até a próxima semana.

Atualmente, explica Ulysses, “boa parte das demandas dos órgãos de segurança pública é caracterizada como custeio e, com a portaria atual, as secretarias estaduais de Segurança Pública ficam impedidas de contratar serviços importantes”. Essas limitações afetam programas essenciais, como a locação de viaturas – cujo custo-benefício de locação é melhor do que o de aquisição –, serviços de videomonitoramento interativo por meio de totens e os serviços de fornecimento e armazenamento de imagens coletadas por câmeras corporais.

 

Remanejamento de emendas parlamentares para o Calha Norte

Devido às dificuldades, Ulysses informou a Sarrubbo que remanejou R$ 10 milhões oriundos de suas emendas para o Programa Calha Norte, mantido pelo Ministério da Defesa. Inicialmente, esse valor constava das ações programáticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a qual a pasta de Sarrubbo é vinculada, mas, dado às dificuldades de se firmar convênios, Ulysses o remanejou para a Defesa.

Os recursos remanejados por Ulysses seriam utilizados na ampliação da frota (de viaturas policiais) e para implantar o sistema de videomonitoramento interativo no Estado do Acre. Ulysses foi informado pela área técnica da Secretaria de Segurança Pública acreana que os dois convênios não puderam ser firmados face às imposições do Ministério da Justiça. Diante do impasse, não restou alternativa senão remanejar os R$ 10 milhões de emendas ao Programa Calha Norte para a realização de ações e projetos de interesse do Sistema de Segurança Pública do Estado do Acre.