Após a divulgação de um vídeo nas redes sociais denunciando a má qualidade do asfalto aplicado nas ruas de Tarauacá, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) decidiu instaurar um procedimento administrativo para acompanhar a execução das obras de pavimentação no município. A gravação, que circulou amplamente na internet, expõe buracos e falhas na nova camada asfáltica, gerando indignação entre os moradores.

O vídeo, repercutido pelo site “Extra do Acre”, chamou a atenção das autoridades locais, levando o promotor de Justiça substituto Lucas Ferreira Bruno Iwakami de Mattos a tomar providências. Segundo o MPAC, o objetivo é investigar o cumprimento do contrato nº 032/2024, firmado entre a Prefeitura de Tarauacá e a empresa C. Pinheiro Construtora Ltda., responsável pelas obras.

Em portaria publicada no último dia 18, o promotor destacou a “necessidade de verificação e esclarecimentos” sobre a qualidade do asfalto e solicitou que a prefeitura preste informações sobre a execução das obras, além de esclarecer os problemas mostrados no vídeo. A administração municipal tem 48 horas para responder ao ofício do Ministério Público.

A decisão ocorre em meio a um histórico de reclamações sobre a infraestrutura urbana da cidade. Em 2019, o MPAC já havia promovido o arquivamento de um inquérito civil que tratava das más condições das ruas. Agora, com a nova denúncia em vídeo, o órgão retorna à questão, visando garantir a correta aplicação dos recursos públicos na recuperação viária.

Além de acompanhar a execução do contrato, o MPAC também ordenou a coleta de provas, como depoimentos e documentos, para verificar se a obra foi concluída de acordo com os padrões exigidos.

O caso segue sob investigação, e novas ações podem ser tomadas conforme o desenrolar do procedimento administrativo.

Um grupo de médicos brasileiros, incluindo três acreanos, participa de uma imersão em neurociência focada no Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos Estados Unidos.

Liderados pelo renomado médico Mazinho Maciel, especialista em autismo com atuação internacional, os profissionais estão aperfeiçoando seus conhecimentos no Muotri Lab, um dos centros de pesquisa mais avançados do mundo.

Iniciado no último dia 16, o curso se estende por três dias e conta também com a presença da médica Choolen Werklaenhg, além de outros médicos do Acre.

No laboratório, estão sendo explorados os usos de organoides cerebrais — estruturas que imitam o cérebro humano a partir de células de indivíduos autistas. Esses “mini-cérebros” são essenciais para entender as origens do TEA e desenvolver novas abordagens terapêuticas.

O Muotri Lab leva o nome do respeitadíssimo neurocientista Alysson Muotri, que se destaca na comunidade científica internacional há mais de duas décadas.

Doutor Mazinho, que goza de grande prestígio com o Dr. Muotri e visa disseminar conhecimento, foi quem criou o curso nos Estados Unidos da América.

“Conheço o Alysson há 7 anos e o acompanho desde então, colaborando com as pesquisas. Temos uma grande parceria nos EUA, África e no Brasil”, disse Mazinho.

Recentemente, eles estiveram em Brasília, no Ministério da Cidadania, Tecnologia e Inovação, onde apresentaram ao governo brasileiro alguns benefícios dos estudos que “ultrapassaram todas as expectativas iniciais, chegando literalmente ao espaço.”

“Os organoides estiveram 8 vezes na Estação Espacial Americana, através da união de esforços entre SpaceX, governo americano e o Muotri Lab. A ideia é observar as alterações provocadas pela microgravidade nessas estruturas neurais”, disse Mazinho.