O índice de qualidade do ar (AQI) registrado na manhã desta sexta-feira (29) na estação AcreBioClima, localizada na Universidade Federal do Acre (Ufac), alcançou 80 pontos, considerado moderado. O principal poluente identificado foi o material particulado fino (PM2.5), com concentração de 24,8 µg/m³, segundo dados da plataforma IQAir.

O PM2.5 é um tipo de poluente formado por partículas sólidas ou líquidas muito pequenas, com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros. Por serem extremamente finas, essas partículas conseguem penetrar profundamente no sistema respiratório e chegar aos pulmões, podendo causar ou agravar doenças como asma, bronquite, problemas cardiovasculares e outras complicações de saúde.

De acordo com a previsão horária, a tendência é de elevação dos índices ao longo do dia. Às 9h, a medição apontava 80 pontos, mas a projeção indica que, a partir das 19h, a qualidade do ar passará a ser considerada ruim, chegando a 93 pontos. O agravamento se intensifica no período noturno, quando os níveis podem ultrapassar a marca de 100 pontos, atingindo 104 já na madrugada de sábado (30).

A classificação moderada indica que, embora a população em geral não sofra impactos significativos, pessoas mais sensíveis como crianças, idosos e indivíduos com problemas respiratórios, podem apresentar desconforto. No período de classificação ruim, a recomendação é que esse grupo limite atividades ao ar livre.

Além da qualidade do ar, a estação também registrou condições meteorológicas que contribuem para a manutenção do quadro. A temperatura máxima prevista para hoje é de 37 °C, com umidade relativa do ar variando entre 19% e 41%, níveis considerados baixos. A velocidade do vento deve se manter em torno de 3,6 km/h, o que dificulta a dispersão dos poluentes.

O Acre reduziu em 4% a área desmatada entre agosto de 2024 e julho de 2025 em comparação com o calendário anterior, mas continua entre os estados mais afetados pela devastação da floresta amazônica. No período, foram derrubados 372 km² de vegetação nativa. O dado coloca o estado na quarta posição no ranking de desmatamento, atrás de Pará, Mato Grosso e Amazonas, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Apesar da retração em relação ao ano anterior, o Acre volta a aparecer com destaque negativo no mapa da destruição da Amazônia por conta de Feijó. O município foi responsável por 78 km² de floresta derrubada, o sétimo maior índice da região. Com esse resultado, Feijó entrou para a lista dos dez municípios que, juntos, responderam por quase 30% de todo o desmatamento na Amazônia Legal, embora representem apenas 6% do território.

Além disso, Feijó figura também entre os locais com maior risco de novas derrubadas apontados pela plataforma de monitoramento PrevisIA, ao lado de cidades como Apuí e Lábrea (AM) e Colniza (MT). Isso indica que áreas historicamente pressionadas permanecem sob forte ameaça.

No total, a Amazônia perdeu 3.503 km² de floresta no período, número quase idêntico ao registrado entre agosto de 2023 e julho de 2024.

Embora o Acre tenha reduzido a derrubada de árvores, a degradação florestal que é quando a vegetação é danificada pelo fogo ou extração seletiva de madeira, ele avançou 265% no estado, alcançando 230 km². O aumento segue a tendência amazônica: no conjunto da região, a degradação saltou de 8.913 km² no calendário anterior para 35.426 km², quase quatro vezes mais. O crescimento está ligado às queimadas registradas em setembro e outubro de 2024.

O Acre criou 112 postos de trabalho com carteira assinada em julho de 2025, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Apesar do saldo positivo, os números mostram que setores tradicionais da economia local, como comércio e serviços, continuam perdendo espaço.

O destaque do mês foi a agropecuária, responsável por 77 vagas, seguida da construção (66) e da indústria (48). Em contrapartida, os serviços registraram fechamento de 29 postos e o comércio de 50. O resultado reforça o peso do setor primário na geração de empregos no estado, enquanto atividades urbanas de maior circulação de renda enfrentam dificuldades.

No recorte municipal, Senador Guiomard liderou a abertura de vagas, com 63 empregos. Tarauacá (57), Brasiléia (44) e Mâncio Lima (24) também contribuíram para o resultado positivo.

No acumulado do ano, o Acre soma 3,8 mil novos postos formais. O desempenho acompanha a tendência nacional: de janeiro a julho, o Brasil abriu mais de 1,34 milhão de empregos, sendo 129.775 apenas em julho. No período de 12 meses, o saldo chegou a 1,5 milhão.