Na abertura do Festival do Abacaxi, na noite desta quinta-feira (10), a prefeita de Tarauacá, Maria Lucinéia, fez um discurso em tom pessoal ao relembrar episódios recentes que marcaram o fim de seu mandato. Lucinéia, que foi derrotada nas eleições pelo médico Rodrigo Damasceno, comentou a operação da Polícia Federal em sua residência, ocorrida dias antes do pleito, que investigava suspeitas de desvio de recursos públicos.
Durante seu pronunciamento, a prefeita alegou que a ação policial foi parte de uma “armação” para tirá-la do processo eleitoral. “Armaram para a Polícia Federal entrar na minha casa com arma na frente do meu filho. Que absurdo!”, afirmou, criticando a abordagem. Ela também relembrou um episódio ocorrido há 10 anos, em que afirma ter tido uma visão de Deus em sua casa, declaração que, segundo ela, provoca desconfiança em algumas pessoas.
Lucinéia relatou que, em uma campanha anterior, foi procurada por uma mulher que a criticou por essa visão. A prefeita afirmou que essa pessoa desenvolveu câncer na garganta e depois a procurou para pedir perdão. “Eu a ajudei, eu orei, e hoje ela está curada”, disse.
Ainda no discurso, Lucinéia pediu que a população de Tarauacá ore, alertando para o que ela descreveu como um “gemer de dentes” nos próximos meses. Segundo a prefeita, as calúnias e difamações que sofreu durante o período eleitoral não foram ataques a ela pessoalmente, mas à “obra de Deus”. “Tudo que fizeram com uma serva de Deus, não estou falando de votação, estou falando de calúnia e difamação”, declarou.
A prefeita também lamentou que, segundo ela, a população teria se acostumado com as conquistas de sua gestão, mencionando a possibilidade de fechamento do Centro de Atendimento para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Centrin. “Queira Deus que o Centrin não seja fechado. Já estão com planos de fechar”, afirmou.
O Festival do Abacaxi, tradicional evento cultural de Tarauacá, reuniu diversas autoridades e moradores da cidade.
