O julgamento dos policiais militares envolvidos na morte de três pessoas, incluindo a menina Maria Cauane, durante uma operação no bairro Preventório, em Rio Branco, ocorrerá no próximo dia 4 de dezembro, a partir das 8h, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal da cidade.

Sete anos após os homicídios, Antônio de Jesus Batista, Alan Melo Martins, Josemar Barbosa de Farias, Wladimir Soares da Costa e Raimundo de Souza Costa enfrentarão o júri popular. Eles são acusados de matar a menina de 11 anos, Maria Cauane, além de Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales, durante a operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM-AC, em maio de 2018.

A defesa e a acusação irão apresentar testemunhas durante o julgamento. De acordo com o portal g1, 47 pessoas foram intimadas, sendo 18 de defesa e 29 de acusação. Apesar de estarem respondendo pelos homicídios, os policiais aguardam o julgamento em liberdade.

Na época do ocorrido, o comando do Bope afirmou que Maria Cauane já havia sido baleada antes da chegada da guarnição. O tribunal irá avaliar as circunstâncias do caso e as ações dos policiais durante a operação que resultaram nas mortes.

Eduardo da Costa Azevedo, de 22 anos, responderá na Justiça por homicídio triplamente qualificado e fraude processual. Ele é acusado de assassinar a própria mãe, Márcia Maria da Costa Azevedo, de 47 anos, a facadas, após uma discussão ocorrida dentro de casa.

A denúncia foi aceita pelo juiz Robson Aleixo, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que considerou haver provas suficientes para justificar o andamento do processo. Segundo o magistrado, a materialidade do homicídio está confirmada pela declaração de óbito, enquanto os indícios de autoria foram sustentados por depoimentos e o relatório policial.

De acordo com a investigação, o crime aconteceu na manhã de 2 de novembro. Eduardo relatou que estava em casa quando a mãe chegou e iniciou uma discussão. Ele afirmou ter sido agredido por Márcia com tapas e, em seguida, com uma panela de pressão, o que o levou a pegar uma faca e atacá-la.

Em depoimento, Eduardo disse que, após o ataque, limpou a faca usada no crime e saiu para trabalhar, sem avisar ninguém sobre o ocorrido.

O acusado foi preso horas depois, durante o velório de Márcia, e autuado em flagrante. A perícia apontou que ele tentou modificar a cena do crime para dificultar a investigação.

O juiz estabeleceu um prazo de 30 dias para a realização da audiência de instrução e julgamento, quando será decidido se Eduardo será levado ao Tribunal do Júri. O processo tramitará em caráter prioritário.

Simey Menezes Costa, acusado de matar brutalmente sua noiva, Ketely Soares de Souza, em junho desse ano, teve negado o pedido de instauração de incidente de insanidade mental. A decisão foi proferida nesta terça-feira, 26, pelo juiz Alesson Braz durante audiência de instrução e julgamento realizada no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, no Fórum Criminal de Rio Branco.

Na sessão, oito testemunhas, incluindo uma irmã da vítima, prestaram depoimentos. Simey optou por exercer seu direito constitucional de permanecer em silêncio e não respondeu às acusações relacionadas ao assassinato de Ketely, de 33 anos, ocorrido na madrugada de 8 de junho, na residência do casal no Ramal Raimundo Saldanha, Pólo Benfica, região da Vila Acre.

O crime chocante envolveu 32 facadas desferidas por Simey contra a noiva. Após permanecer foragido por cinco dias, ele se entregou à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, onde foi preso. Desde agosto, Simey responde como réu pelo crime de homicídio qualificado com agravantes de motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

Durante a audiência, o promotor Teotônio Rodrigues emitiu parecer favorável à pronúncia do réu, solicitando que ele seja submetido a júri popular. O juiz Alesson Braz analisará as alegações finais antes de decidir se Simey será levado a julgamento ou absolvido sumariamente.

Caso seja pronunciado, Simey enfrentará júri popular em um processo que tem gerado forte comoção na comunidade e reacendido debates sobre violência contra a mulher no estado.

Na terça-feira, 26, a Polícia Civil de Rodrigues Alves prendeu um homem acusado de tentar matar o próprio pai. O suspeito, que é dependente químico, chegou à casa dos pais armado com um terçado e tentou atacar o genitor.

Durante a agressão, o pai conseguiu se defender, golpeando o filho na cabeça com um pedaço de madeira. A intervenção do cunhado e das irmãs do agressor foi crucial para desarmá-lo e conter a situação. Apesar da gravidade do incidente, o pai sofreu apenas ferimentos leves.

Além dessa tentativa de homicídio, o suspeito também é investigado por outro crime grave: ele estaria envolvido em um caso de tortura supostamente realizado a mando de uma organização criminosa na cidade.

O homem está preso e aguarda audiência de custódia, onde será avaliada a legalidade da detenção. As investigações continuam para esclarecer os detalhes dos crimes e determinar sua real extensão.