terça-feira, 16 setembro 2025
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Compra de votos: o que diz a lei e por que a investigação deve respeitar os direitos de defesa?

A recente reportagem da Folha do Acre trouxe à tona a segunda fase da Operação Têmis, que investiga denúncias de compra de votos durante o primeiro turno das eleições municipais em Rio Branco. Entre os alvos da operação estão o ex-prefeito Marcus Alexandre e dois ex-candidatos a vereador.

Mas o que significa, juridicamente, comprar votos? Como esse delito é tratado pela lei? E por que é tão importante respeitar os direitos de defesa dos investigados enquanto as investigações seguem? Este artigo esclarece essas questões de forma prática e acessível.

A compra de votos é tipificada como crime no artigo 299 do Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/65). De acordo com a norma, comete o crime quem:Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto, e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”.

Quem comete o crime de compra de votos pode ser punido com reclusão de até 4 anos e pagamento de multa.

Além da questão criminal, a captação ilícita de sufrágio como uma infração de natureza eleitoral, pode levar à cassação do registro ou diploma do candidato eleito, além de multa.

Embora denúncias de compra de votos sejam graves, é fundamental lembrar que todo investigado tem direito à presunção de inocência, garantida pela Constituição. Isso significa que ninguém pode ser considerado culpado até que uma sentença judicial definitiva seja proferida.

Além disso, os direitos ao contraditório e à ampla defesa asseguram que os investigados possam apresentar provas que demonstrem sua inocência, contestar as acusações, ter acesso aos autos da investigação e acompanhar todas as etapas do processo.

Respeitar esses direitos é essencial para garantir que apenas os verdadeiros culpados sejam responsabilizados, evitando condenações injustas e fortalecendo a legitimidade do sistema eleitoral.

O trabalho da Polícia Federal em operações como a Têmisé indispensável para combater crimes eleitorais e assegurar a lisura das eleições. A apuração detalhada de provas é um pilar para a Justiça Eleitoral.

Entretanto, é crucial que todos os trâmites investigativos e judiciais sejam seguidos rigorosamente. Após a investigação, com o relatório final, o caso segue para o Ministério Público Eleitoral, ocasião em que analisa as provas e decide se oferece denúncia ou arquiva o caso.Depois, segue para a Justiça Eleitoral que, após o devido processo legal, decide se há culpados e quais punições devem ser aplicadas.

Precipitar julgamentos antes de uma decisão judicial pode comprometer a reputação de investigados inocentes e enfraquecer a confiança nas instituições.

Casos de compra de votos são uma ameaça à democracia e precisam ser combatidos com rigor. No entanto, é fundamental equilibrar o combate a esses delitos com o respeito aos direitos constitucionais de todos os envolvidos.

A democracia é fortalecida quando as investigações são conduzidas de forma justa e as decisões judiciais respeitam as garantias fundamentais.

Acompanhe esta coluna para mais informações sobre Direito e envie sugestões para novos artigos.

*Marcus Venicius Nunes da Silva, Advogado especialista em Direito Público e pós-graduando em Direito Penal e Processual Penal Contemporâneo.

Siga no Instagram para mais conteúdos: @marcus_venicius.

Influenciadora Ludmilla Cavalcante se pronuncia sobre processo envolvendo Hospital Santa Juliana

Ludmilla Cavalcante, influenciadora digital de Rio Branco (AC), está no centro de uma polêmica envolvendo uma dívida hospitalar de R$ 7.373,04 com o Hospital Santa Juliana. O montante diz respeito a serviços prestados durante um parto normal com analgesia em 2020. A questão gerou reações intensas nas redes sociais e levou Ludmilla a se manifestar publicamente.

Em resposta a críticas, a influenciadora afirmou ter tentado resolver a pendência de forma amigável. “Tive uma reunião dia 31 de outubro às 16h, propus um acordo para pagamento à vista sem os juros absurdos cobrados. A advogada ficou de me retornar dando a resposta do acordo, fiquei no aguardo. Não tive nenhum retorno!”, disse Ludmilla em suas redes sociais.

Ludmilla também rebateu acusações de que estaria fugindo de suas responsabilidades financeiras. “Eu venci a depressão, superei a violência doméstica, me reconstruí após dois despejos, tive uma filha levada e influenciei mães do Brasil inteiro a regulamentarem a guarda de seus filhos. … Não me resumo a matérias sensacionalistas repletas de inverdades com o intuito de angariar seguidores, likes e cliques”, declarou.

De acordo com a ação judicial, Ludmilla contratou os serviços hospitalares em novembro de 2020, acumulando uma dívida inicial de R$ 6.044,33. Após um pagamento parcial de R$ 2.549,10, o saldo foi atualizado, incluindo juros e correção monetária, chegando ao total de R$ 7.373,04. O hospital informou que diversas tentativas de negociação foram realizadas, mas não houve acordo. A 5ª Vara Cível de Rio Branco, sob a jurisdição da juíza Shirlei de Oliveira Hage Menezes, agendou uma audiência de conciliação para tratar do caso.

Nas redes sociais, Ludmilla também respondeu de forma irônica a alguns seguidores, dizendo: “Rapaz, no direct você tá me chamando de maravilhosa, que eu sou um ser de luz… Vocês são engraçados, oh”.

Socorro Neri e Mailza se reúnem com Ciro Nogueira por “fortalecimento do Progressistas no Acre”

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A vice-governadora Mailza Assis e os deputados federais Socorro Neri e Zezinho Barbary, todos do Progressistas, se reuniram nesta quinta-feira (28) com o presidente nacional da legenda, o senador pelo Piauí, Ciro Nogueira.

Na pauta, o fortalecimento do Progressistas no Acre. “Juntos, nossa vice-governadora Mailza Assis, deputado federal Zezinho Barbary e eu, agradecemos o apoio fundamental do presidente Ciro para o crescimento extraordinário do PP acreano nas eleições deste ano, o convidamos para estar conosco no encontro que realizaremos no Acre no início de 2025 e tratamos do fortalecimento e unidade do partido para os desafios de 2026”, disse a deputada em postagem no Instagram.

Nas entrelinhas, o encontro pode soar como um recado de que a vice-governadora vem cada vez mais fortalecendo o seu nome como sucessora de Gladson Cameli (PP) no comando do estado. E pra isso, claro, precisa passar pelo crivo das urnas em 2026. Ao menos na questão dos apoios, Mailza vem colecionando adesões ao seu projeto dentro e fora do seu partido.

O Palaciano

Vereador eleito Neném Almeida é um dos alvos da Polícia Federal durante operação

Nesta sexta-feira (29), a Polícia Federal (PF) deu início à segunda fase da Operação Têmis, uma ação que visa aprofundar as investigações sobre um suposto esquema de compra de votos ocorrido no primeiro turno das eleições municipais em Rio Branco, Acre. A operação tem como foco a captação ilícita de eleitores e a identificação de outros possíveis envolvidos.

Entre os alvos da operação, o vereador eleito Neném Almeida (MDB) se destaca, sendo acusado de envolvimento no esquema. O ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (MDB), que perdeu a eleição para o atual prefeito Tião Bocalom, também é investigado. Durante a operação, o celular de Marcus Alexandre foi apreendido.

As defesas de Neném Almeida e Marcus Alexandre ainda não se manifestaram publicamente sobre as acusações. Ambos compareceram à sede da PF em busca de esclarecimentos sobre o caso.

A primeira fase da Operação Têmis teve início em setembro, após a divulgação de um vídeo em que uma líder comunitária oferecia atendimento médico gratuito como forma de apoio a um candidato à prefeitura. Seis pessoas foram alvo de mandados de busca e apreensão naquela etapa.

Cacique diz que foi enganado ao denunciar falsos estupros e mortes em aldeia

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O cacique Biraci Junior Yawanawa, liderança indígena de renome no Acre, utilizou as redes sociais para esclarecer um caso que gerou ampla repercussão. Em vídeo gravado após mais de 14 horas de viagem de Rio Branco até sua aldeia, no Rio Gregório, Biraci explicou os desdobramentos de uma denúncia que inicialmente apontava para abusos graves dentro do território indígena. Segundo ele, as investigações demonstraram que as informações recebidas não procediam.

“Olá a todos, mais uma vez, depois de 14, 15 horas de viagem consecutiva saindo de Rio Branco, da capital, chegando na minha aldeia, sem dormir, sem descansar, para acompanhar de perto o que foi denunciado, o que foi trazido até mim. Primeiro de tudo, quero agradecer imensamente a prontidão do Estado, da Justiça, por atender esse pedido de ajuda, porque foi algo que foi trazido até minha pessoa, como liderança, e pedido para ser o mensageiro do que estava acontecendo. E eu então usei esse mesmo meio de comunicação, essa mesma rede social, para poder fazer o comunicado. E assim tivemos uma resposta”, declarou.

Biraci expressou gratidão às autoridades que atenderam ao chamado, incluindo a deputada Célia Chacriabá, o governador e as forças policiais. Ele destacou que, durante conversa com o delegado da Polícia Federal, foi orientado a permanecer em alerta no território.

“A história não aconteceu como foi repassado para a gente. Agradeço muito por isso, agradeço imensamente, graças a Deus, o que foi repassado, o que disseram que houve abuso, estupros, isso não foi verdade. Eu também fui enganado com essa informação e repassei ela dessa forma”, afirmou.

Contradições e desencontros

O cacique destacou que houve contradições nas informações fornecidas à polícia pelas pessoas que inicialmente relataram os abusos. “As pessoas, os parentes, as mulheres que repassaram as informações, mandando o áudio, mandando essas informações para a gente, se contradizeram quando a polícia chegou ao local, fazendo as suas perguntas, os seus questionamentos. Então houve uma série de desencontro de informações.”

Ainda assim, ele destacou que a gravidade da situação era menor do que inicialmente relatado. “A parte boa de tudo isso é que não aconteceu nada de grave, no sentido de que nós pensávamos que tinha havido abuso, como chegou essa informação até a gente.”

Críticas recebidas e posicionamento
Biraci também abordou as críticas que recebeu após o episódio, reafirmando o compromisso com sua comunidade e com o papel de liderança. “Estou sendo chamado de mentiroso, estou sendo chamado de um monte de coisa, mas esse é o meu papel. Eu sou liderança, sou uma pessoa que tem uma preocupação com o espaço, com a comunidade em que nós vivemos, e não só com a minha comunidade em si, porque senão eu não teria feito o que eu fiz.”

Ele reforçou que agiu de forma responsável e com a intenção de proteger o território e a comunidade, mesmo diante de julgamentos. “Se com essas informações vocês acham que eu fiz isso de propósito, isso infelizmente não é um problema meu, isso vai dar questão de interpretação em vocês.”

Situação no território ainda preocupa
O cacique alertou que, embora a tensão tenha diminuído, a comunidade permanece vulnerável. “A tensão diminuiu, mas ela não passou, porque ainda sim tem meliantes aqui dentro do nosso território. Não sabemos, quando a polícia chegou, se evadiram, não sabemos se vão sair do território ou não.”

Orientado pela Polícia Federal, Biraci destacou que a vigilância continuará na comunidade. “É uma questão que agora a polícia não está mais no território e que, de uma certa forma, a gente ainda está vulnerável. Vamos continuar em alerta, vamos continuar fazendo o nosso papel de vigilância dentro da própria comunidade.”

Pedido de desculpas e mensagem final

Encerrando sua fala, Biraci Junior pediu desculpas pelo impacto gerado pelas informações inicialmente divulgadas e reforçou sua intenção de agir pelo bem coletivo. “Peço desculpa se isso tomou uma proporção da qual não gostaríamos que tivesse tomado, mas foi assim que aconteceu e estou aqui para esclarecer isso, porque foi assim que essas informações chegaram até mim.”

Ele agradeceu as mensagens de apoio e até mesmo as críticas, enfatizando a importância do aprendizado coletivo. “Que o nosso criador nos proteja, nos guie e abençoe a cada um. Agradeço imensamente as mensagens de apoio, inclusive as críticas, porque são assim que a gente constrói e evolui da melhor forma possível.”

O caso ressalta a importância de se verificar informações antes de sua disseminação e reforça os desafios enfrentados por lideranças indígenas no Acre na proteção de seus territórios e comunidades.

Marcus Alexandre e candidatos a vereador são alvos de operação da PF contra corrupção eleitoral

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (29/11), a segunda fase da Operação Têmis, com o objetivo de avançar na apuração de crime de compra de votos ocorrido durante o primeiro turno das eleições municipais em Rio Branco/AC.

A primeira fase da operação, em 13/09 deste ano, aconteceu após a propagação de vídeo em que suposta líder comunitária teria oferecido atendimento médico gratuito à população, vinculando a oferta ao candidato a prefeito da capital acreana, Marcus Alexandre. Na ocasião, seis pessoas foram alvos do trabalho policial.

Após análise do material probatório coletado nesta primeira etapa, foi possível identificar novos participantes da trama delituosa, dentre eles Marcus Alexandre e dois ex-candidatos a vereador (um dos quais acabou eleito).

Na ação de hoje, policiais federais cumprem dez mandados de busca e apreensão em Rio Branco, expedidos pelo Justiça Eleitoral do Acre, com o objetivo de aprofundar a investigação e identificar eventuais outros envolvidos na prática delituosa, mediante a colheita de novas provas da captação ilícita de eleitores.

Além disso, com o esforço investigativo, a Polícia Federal cumpre a missão institucional de assegurar a integridade de um processo eleitoral livre e democrático, coibindo o abuso de poder econômico nas eleições.

Salas de aula são interditadas após surgimento de cratera no Taquari

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Uma cratera aberta em uma das salas de aula da Escola Professor João Mariano da Silva, no bairro Taquari, Segundo Distrito de Rio Branco, levou à interdição imediata de duas salas pela Defesa Civil Municipal. O incidente, ocorrido nesta quinta-feira (28), colocou em risco a segurança de 48 alunos da primeira série, que foram prontamente retirados do local.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, a infiltração de água no solo foi identificada como a causa do problema. O afundamento está relacionado ao aterramento inadequado de um poço antigo, o que comprometeu a estrutura sob a calçada e as salas de aula. Por questões de segurança, interditamos o local até que a engenharia conclua uma avaliação técnica, afirmou.

A Secretaria de Educação deverá emitir um laudo para determinar as ações corretivas e o prazo para retomada das aulas nas salas afetadas.

Audiência de instrução sobre o caso Gedeon Barros é realizada em Rio Branco

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Nesta sexta-feira (29), ocorreu mais uma audiência de instrução no caso do assassinato de Gedeon Barros, ex-prefeito de Plácido de Castro, morto em março de 2021 na região do 2º Distrito de Rio Branco. A etapa atual do processo gerou grande expectativa, em razão do depoimento de João da Silva Cavalcante Júnior, réu colaborador cujas informações foram cruciais para esclarecer os detalhes do crime e apontar os responsáveis.

Entre os denunciados, João da Silva Cavalcante Júnior e Sairo Gonçalves Petronílio estão presos. Recentemente, a Justiça decidiu retirar o monitoramento eletrônico de Eliomar de Jesus Mariano, identificado como mandante do crime, e concedeu liberdade provisória a Weverton Monteiro de Oliveira. Por outro lado, Clebson Rodrigues do Nascimento (conhecido como Bolacha) e Antônio Severino da Silva continuam foragidos desde 2020.

Gedeon Barros foi morto a tiros enquanto estava em seu veículo, sendo surpreendido por dois homens em uma motocicleta. A morte gerou grande comoção na cidade, e o caso segue sob investigação para garantir que os responsáveis sejam processados e punidos.

Noite de emoção, reconhecimento e compromisso com a democracia marca 2º Prêmio de Comunicação do Governo do Acre

Em uma noite marcada pela emoção e pelo reconhecimento profissional, os vencedores do 2º Prêmio de Comunicação do Governo do Estado do Acre – Jornalista Val Sales foram anunciados nesta quinta-feira, 28, no espaço Afa Jardim, em Rio Branco. O evento reuniu jornalistas, radialistas, fotógrafos e comunicadores de todo o estado, além de autoridades e familiares, para homenagear profissionais que se dedicam à missão de informar a sociedade acreana. Mais do que uma premiação, a cerimônia reafirmou o compromisso do governo do Acre com a valorização da imprensa como pilar da democracia.

O prêmio, promovido pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), recebeu 106 trabalhos concorrentes, abrangendo diversas áreas, como cultura, segurança, educação, meio ambiente, cidadania e direitos humanos. Os vencedores nas categorias Texto, Áudio, Telejornalismo, Web Vídeo e Foto foram agraciados com prêmios de até R$ 15 mil, enquanto a categoria Estudante celebrou novos talentos, com valores entre R$ 2 mil e R$ 5 mil.

Reafirmando seu bom relacionamento com a imprensa acreana, de quem sempre aceitou críticas construtivas na construção de bons relacionamentos com a máquina pública, o governador Gladson Cameli esteve presente na cerimônia, ratificando inclusive seu papel como grande comunicador.

“Hoje celebramos não apenas a excelência do jornalismo acreano, mas o seu papel fundamental na construção de uma sociedade mais consciente, participativa e democrática. A imprensa é uma ponte entre o governo e o povo, e este prêmio é uma forma de reafirmar nosso compromisso com a transparência e a valorização de cada profissional que, com dedicação e coragem, leva a informação ao nosso povo. Quero destacar que, mesmo diante das críticas, vejo nelas a oportunidade de crescermos e fazermos mais pelo Acre. Minha gratidão a todos que constroem, todos os dias, a história do nosso estado com ética, paixão e verdade”, destacou o governador Gladson Cameli em seu discurso.

Homenagens e memória

A cerimônia prestou tributo à jornalista Val Sales, cujo nome batiza a premiação deste ano. Reconhecida por sua integridade e dedicação, Val foi lembrada com carinho por colegas e autoridades. “Val Sales foi uma inspiração para todos nós. Seu legado de amor e compromisso com a profissão é um exemplo eterno”, afirmou a secretária de Comunicação, Nayara Lessa.

Outro momento de comoção foi a homenagem ao fotojornalista Marcos Vicentti, carinhosamente chamado de “Marcão”. Falecido recentemente, deixou um legado de imagens que retratam a essência do povo e da terra acreana. O governador anunciou que a edição de 2025 do prêmio será dedicada ao fotógrafo, uma decisão recebida com aplausos calorosos.

Silvio Martinello, ícone do jornalismo acreano, também foi celebrado. Natural de Criciúma (SC) e “acreano de coração”, ele construiu uma trajetória de mais de cinco décadas narrando as histórias da floresta e levando o Acre para o Brasil e o mundo. A homenagem reconheceu sua contribuição para o fortalecimento da comunicação no estado.

Avanços na comunicação pública

Além das homenagens, a secretária Nayara Lessa destacou os investimentos feitos pelo governo na comunicação pública. Entre as conquistas recentes, estão a revitalização da Rádio Difusora Acreana, que agora conta com equipamentos modernos, e a elaboração do Manual de Redação da Agência de Notícias do Acre, previsto para ser lançado em janeiro de 2025.

“A comunicação do governo deixou de ser apenas uma assessoria, para se tornar uma agência que democratiza o acesso à informação, combatendo as fake news e promovendo o diálogo com a sociedade”, observou Nayara. A gestora também agradeceu a união da equipe da Secom, que enfrentou desafios, como a perda de Vicentti, mas se fortaleceu na missão de levar informações relevantes à população.

Os grandes vencedores

O Prêmio de Jornalismo do Governo do Acre destacou, mais uma vez, o talento e a dedicação de profissionais e estudantes da comunicação em diversas categorias. A iniciativa busca valorizar o jornalismo de qualidade, reconhecer histórias que impactam a sociedade e enaltecer o papel da imprensa no fortalecimento da cidadania.

O evento, que celebrou a diversidade de abordagens e formatos, contou com seis categorias principais: Texto, Áudio, Telejornalismo, Web Vídeo, Foto e Estudante. Em cada uma, profissionais e acadêmicos apresentaram trabalhos que evidenciaram desde questões sociais e culturais até temas ambientais e de saúde pública.

Texto:

1º lugar: Anne Christine Moura do Nascimento, com a reportagem “Ano de extremos: Acre enfrenta a segunda maior cheia e a maior seca da história em 2024”, publicada no portal AgazetaDoAcre.com.
2º lugar: Aline do Nascimento Lima , com a matéria “Socioeducando do AC tira 920 pontos na redação do Enem 2023: “Percebi que o estudo transformaria minha vida”, publicada no G1 Acre.
Áudio:
1º lugar: Janequeli Coelho da Silva Nunes, da Rádio Ecoacre, com o projeto “Mentes Livres”, sobre ressocialização no sistema prisional.
2º lugar: Rita Cordeli Farias de Pontes, com a reportagem “Praff: Programa de Reabilitação e Assistência Aos Fissurados da Face, da Fundhacre, já devolveu qualidade de vida a 800 pacientes”, veiculada na rádio CBN.
Telejornalismo:
1º lugar: Aline Rocha, com a reportagem “Juntos pela proteção à mulher”, veiculada na Rede Amazônica.
2º lugar: Richard Lauriano, com a série “Bioeconomia”, veiculada na Rede Amazônica.
Web Vídeo:
1º lugar: Suene de Almeida Bezerra, com “Vídeo: conheça a casa que há quase cem anos acolhe hansenianos no Acre”, publicado no portal Contilnet.
2º lugar: Anne Nascimento, com “Rádio Difusora 80 anos”, veiculado no portal AgazetaDoAcre.com.
Foto:
1º lugar: Juan Vicent Gonzáles Diaz, com uma imagem impactante mostrando os efeitos das cheias no estado.
2º lugar: Gleison Mendes Júnior, com a fotografia “Rio Branco registra segunda maior enchente da história”.
Estudante:
1º lugar: Victor Manoel Figueira Castro, com a matéria “No Dia Nacional Contra a Homofobia, conheça o 1º Observatório de Políticas Públicas LGBTQIA+ do Acre”, publicada no portal Contilnet.
2º lugar: Aline Pontes, com a matéria “Outubro Rosa”, veiculada na TV Norte.
Victor Castro, vencedor na categoria Estudante, destacou a importância de acreditar no jornalismo como instrumento de transformação. “Faz um ano que entrei na carreira jornalística, e esse prêmio, tão no início, mostra que vale a pena acreditar no que você escreve. O reconhecimento valida o trabalho e incentiva a luta por causas importantes”, afirmou.

Anne Christine Moura do Nascimento, vencedora de duas categorias, relembrou os desafios dos últimos anos e o impacto de suas matérias. “Quisemos abordar as mudanças climáticas, porque vivenciamos os extremos neste ano. Saber que nosso trabalho tem esse alcance é extremamente gratificante”, disse. Além disso, ela celebrou a oportunidade de ser a porta-voz de um marco histórico, ao homenagear os 80 anos da Rádio Difusora.

Já Aline Rocha, vencedora em Telejornalismo, destacou o papel social de sua reportagem sobre a violência contra a mulher. “Nossa matéria foi feita para chegar a toda a população acreana. Estamos saindo daqui com a certeza de que nosso trabalho contribuiu para a conscientização e combate à violência”, celebrou.

Compromisso com a democracia

O Prêmio de Comunicação do Governo do Acre foi mais do que uma celebração; foi um símbolo do papel essencial da comunicação no fortalecimento da democracia. O governador Gladson Cameli reafirmou seu apoio irrestrito à imprensa, ressaltando que a liberdade de expressão e o trabalho ético dos comunicadores são fundamentais para o desenvolvimento do estado.

Homem é esfaqueado pelo próprio pai ao tentar separar briga em Rio Branco

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Na noite desta quinta-feira (28), uma briga entre dois irmãos no bairro Santo Inês, em Rio Branco, deixou um jovem ferido. Ocenildo da Silva Lopes, de 44 anos, conhecido como “Teletubbies”, e Osmar da Silva Lopes, de 37 anos, se desentenderam em um açougue localizado na rua Edmundo Pinto.

Alex de Araújo Lopes, de 24 anos, filho de Ocenildo, tentou separar a confusão e acabou ferido. Durante a intervenção, ele sofreu um corte na cabeça ao ser atingido por uma faca, resultando em intenso sangramento. Conforme relato do próprio Alex, o ferimento foi acidental e ocorreu quando ele escorregou enquanto tentava evitar a briga.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionada e prestou socorro ao jovem, que foi encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco. Após o atendimento, Alex foi considerado estável.

Ocenildo fugiu para uma residência próxima antes da chegada da Polícia Militar, mas foi localizado e preso. Ele foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla). Já Osmar, também envolvido na briga, dirigiu-se à delegacia espontaneamente para prestar depoimento.

Alex afirmou que não pretende registrar queixa contra o pai, reiterando que o incidente foi um acidente. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está conduzindo as investigações para apurar as circunstâncias do caso.