domingo, 6 julho 2025
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Deputada Antônia Lúcia propõe audiência pública para buscar solução pacífica em litígio fundiário em Xapuri

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Em mais uma ação voltada à defesa dos direitos das populações vulneráveis do Acre, a deputada federal Antônia Lúcia Câmara, presidente da Frente Parlamentar Mista de Apoio às Defensorias Públicas dos Estados e da União, visitou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) nesta semana, logo após uma conversa telefônica com o Defensor Público-Geral da União, Dr. Leonardo Magalhães. Antônia Lúcia propôs uma audiência pública para tratar a questão do litígio fundiário em Xapuri.

Recebida pelo coordenador territorial do ICMBio, Jordam Vieira, e pelo fiscal Fernando, a parlamentar esteve na sede do Instituto para conhecer de perto o trabalho de fiscalização ambiental realizado na região de Xapuri, no Acre, área que abriga mais de 200 famílias em situação de vulnerabilidade social e jurídica.

Sensibilizada com os relatos e preocupada com o impacto das ações de fiscalização sobre a população local, Antônia Lúcia buscou apoio do Defensor Público-Chefe da União Substituto, Dr. Rodrigo Kobayashi Dói, com quem dialogou sobre a necessidade de uma mediação institucional.

Como encaminhamento imediato, a deputada propôs a realização de uma audiência pública com a presença de representantes do ICMBio, Defensoria Pública da União, Ministério do Meio Ambiente, líderes comunitários, parlamentares e demais órgãos competentes. O objetivo é promover o esclarecimento dos fatos, ouvir todas as partes envolvidas e construir soluções conjuntas, justas, pacíficas e sustentáveis para o litígio que afeta as famílias da região.

“A situação dessas mais de 200 famílias em Xapuri exige não apenas atenção, mas um esforço coordenado entre os poderes e instituições. É nosso dever garantir que o meio ambiente seja preservado sem desconsiderar a dignidade e os direitos das comunidades que há décadas habitam essas áreas”, afirmou a deputada.

A audiência pública está em fase de articulação, e deve acontecer nas próximas semanas com o objetivo de garantir voz às comunidades tradicionais e promover o equilíbrio entre conservação ambiental e justiça social

Bocalom mostra chegada de vigas de ferro e anuncia entrega do viaduto da AABB para outubro

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O prefeito Tião Bocalom anunciou nesta quinta-feira (12) que o viaduto da AABB, em Rio Branco, deverá ficar pronto até outubro deste ano.

Bocalom mostrou em suas redes sociais a chegada de vigas de ferro vindas do Rio de Janeiro para dar andamento à obra.

“A parte de concreto já ficou pronta e agora chegou as vigas de ferro. Vamos colocar todas as vigas e meter concreto em cima. Se Deus quiser lá por setembro ou outubro a gente inaugura”, disse Bocalom.

Mesmo com queda, Acre é o 7º estado com maior taxa de feminicídios no país

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O Acre registrou uma redução de 20% no número de feminicídios em 2024, segundo dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp)na última quarta-feira, 11. O estado passou de 10 vítimas em 2023 para 8 no ano passado. Mesmo com a queda, a taxa acreana de feminicídios ainda é alta: 1,82 casos por 100 mil mulheres, índice superior à média nacional.

A redução pode ser reflexo de ações locais de enfrentamento à violência contra a mulher, mas o dado ainda acende um alerta sobre a necessidade de políticas mais eficazes e contínuas de proteção. O Acre ocupa a 7ª posição entre os estados com as maiores taxas do país.

Em todo o Brasil, os números permaneceram relativamente estáveis no último ano. Foram 1.459 vítimas de feminicídio em 2024, contra 1.449 em 2023, um aumento de 0,69%. A taxa nacional segue em 1,34 casos por 100 mil mulheres. Em média, quatro mulheres foram mortas por dia no país por razões relacionadas ao gênero, em contextos de violência doméstica, familiar ou por discriminação e menosprezo à condição feminina.

O levantamento também destacou os estados com os maiores índices: Mato Grosso lidera com 2,47 casos por 100 mil mulheres, seguido por Mato Grosso do Sul (2,39) e Piauí (2,32). Já o Amapá apresentou a menor taxa do país, com 0,50 casos por 100 mil mulheres.

IML identifica homem encontrado morto em Rio Branco e procura por parentes da vítima

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O corpo de um homem de 44 anos, identificado como Gleydson Antônio Lima de Sousa, encontra-se no Instituto Médico Legal de Rio Branco, aguardando sua retirada por familiares.

Gleudson foi encontrado morto no dia 09 deste mês, em via pública, na rua Maria de Lourdes, no bairro Triângulo Novo, no Segundo Distrito de Rio Branco.

Populares notaram a presença de um homem deitado e não apresentava sinais vitais. A Polícia Militar foi chamada, diante das informações, uma guarnição de policiais do 2º Batalhão foram ao local para averiguar as circunstâncias e encontraram a vítima já sem vida.

O Departamento de Polícia Técnico Científico (DPTC) foi informado. A equipe de profissionais plantonista do Instituto Médico Legal (IML) foi ao local, realizou os procedimentos de perícia e remoção do corpo. Inicialmente não foi identificado nenhum sinal de violência em seu corpo. A polícia acredita que ele possa ter morrido de overdose por se tratar de morador em situação de rua.

Após os procedimentos papiloscópicos realizados no Instituto de Identificação e Criminalística, o corpo foi devidamente identificado.

A direção do DPTC solicita a presença de algum familiar para retirar o corpo. O prazo para permanência do cadáver no IML é de 15 dias, caso nenhum familiar apareça, seu corpo será enterrado pelo estado.

Polícia realiza prisões por crime bárbaro e tráfico de drogas em operações distintas

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A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia-Geral de Tarauacá, realizou, em menos de 24 horas, duas importantes ações que resultaram na prisão de quatro indivíduos envolvidos em crimes distintos, reforçando o trabalho intenso da instituição no combate à criminalidade no município.

Na manhã desta quinta-feira, 12, a equipe de investigadores deflagrou uma operação para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca domiciliar, autorizados pelo Poder Judiciário, contra dois indivíduos suspeitos de cometer um crime bárbaro contra Jarison da Silva Albuquerque, de 19 anos.

Foram presos I.N. da Silva, de 21 anos, e M.J.S.D., de 25 anos, acusados de agredir brutalmente a vítima utilizando uma machadinha de carpinteiro, amputando os dedos indicador e médio da mão direita. O crime ocorreu em uma área isolada no entroncamento dos ramais da Aldeia do 27 e Macaco Preto. Mesmo gravemente ferido, Jarison conseguiu caminhar até o hospital, onde recebeu atendimento médico.

O mandado de prisão de M.J.S.D. foi cumprido no Presídio Moacir Prado, onde ele já cumpria pena por outro episódio de violência contra a mesma vítima. Em uma ocasião anterior, Jarison foi espancado com pedaços de madeira por três indivíduos nas proximidades da rodoviária da cidade, o que lhe causou sérios ferimentos na cabeça. Os envolvidos foram presos em flagrante na época.

Em outra ação, realizada na quarta-feira, 11, investigadores da mesma delegacia realizaram diligências após o registro de um furto. As investigações apontaram como autor Marcos, conhecido no meio policial por reincidência em crimes contra o patrimônio. Ao ser abordado em frente à sua residência, ele confessou ter vendido um relógio furtado, o item de maior valor da ocorrência, a um homem identificado como “Antonio” por R$ 30,00.

Com a colaboração de Marcos, os policiais chegaram até a residência de “Antonio”, no bairro Triângulo. No local, ele confirmou a compra do relógio. Como já havia denúncias de que o mesmo estaria envolvido com o tráfico de drogas, a equipe realizou buscas autorizadas no imóvel.

Durante a inspeção, foram encontrados no quarto de “Antonio” três trouxinhas de entorpecente, plástico filme, pedaços de sacolas, linha de costura e o relógio furtado. Diante dos fatos, ele recebeu voz de prisão pelos crimes de receptação e tráfico de drogas.

O delegado responsável pelas investigações, Dr. José Ronério, ressaltou a atuação eficaz das equipes policiais. “A Polícia Civil de Tarauacá tem atuado de forma firme e estratégica no combate à criminalidade. Essas ações refletem nosso compromisso com a segurança da população e a garantia de justiça, especialmente em casos de violência extrema e tráfico de entorpecentes, que tanto afetam nossa sociedade”, destacou.

Fonte: Ascom Polícia Civil

Servidores públicos vão à Aleac cobrar reajuste salarial e melhores condições de trabalho

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Na manhã desta quinta-feira, 12, foi realizado na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) uma audiência pública com representantes de 18 sindicatos de servidores públicos, para discutir demandas salariais e condições de trabalho. A reunião foi proposta pelo deputado Adailton Cruz e contou com a presença de trabalhadores de diversas categorias.

O principal ponto levantado pelos servidores é a reivindicação de um novo Reajuste Geral Anual (RGA), referente às perdas inflacionárias acumuladas nos últimos três anos. Além disso, as categorias cobram a ampliação do auxílio-saúde, atualmente restrito a alguns setores, como a área da Saúde.

“É um movimento importante porque todos os trabalhadores públicos do Acre estão aqui. O pedido deles é a realização de um novo RGA, que é o reajuste linear para os trabalhadores. Eles também desejam estender e criar o auxílio-saúde, pois atualmente apenas a saúde recebe esse benefício”, destacou o deputado Adailton Cruz.

Durante a audiência, os representantes sindicais também denunciaram a defasagem salarial, a precariedade das condições de trabalho e o descaso com o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), principalmente na área da Saúde.

“Eu busco hoje aqui reivindicar um equilíbrio dentro do sistema financeiro. Equilíbrio das classes, valorização, honra, consideração, respeito, que a gente não vê mais. No próximo pleito eleitoral, vamos colocar servidor público na Casa”, afirmou Solange Cruz, representante do Sindicato dos Fazendários do Acre (Sinfac).

A situação dos profissionais da saúde foi um dos pontos mais críticos apresentados. Alesta Amâncio, representante do Sindicato dos Profissionais, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, falou sobre a realidade enfrentada por muitos trabalhadores da categoria.

“Nós vivemos num mundo de escravidão do plantão extra, que é negociado. Se você vai para o movimento, perde seu plantão. Temos muitos aposentados da Saúde passando fome, indo ao sindicato pedir ajuda para comprar uma dipirona. Essa é a realidade. E aí vemos secretário ganhando R$ 35 mil por mês. Pedimos 20% de reposição e dizem que a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite. Gastaram mais de R$ 1 milhão para reformular o PCCR e até agora não concluíram. Não há alternativa para nós: é parar e mostrar ao governo que precisamos de um olhar diferenciado”, desabafou.

João Paulo, representante do Sindicato dos Técnicos em Gestão Pública (Sintage), reforçou a necessidade de união entre as categorias para garantir avanços. “O que estamos fazendo aqui é isso: discutindo. Quem não se reúne e não discute não avança, não conquista. Precisamos sanar essas pendências para melhorar o nosso ambiente de trabalho”, disse.

PM prende foragido da Justiça acusado de integrar organização criminosa em Rio Branco

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Policiais militares do 1º Batalhão da PM, sob o comando do 3º sargento Rufino, realizavam um patrulhamento preventivo e ostensivo na manhã desta quinta-feira (12), nas ruas do centro de Rio Branco, com o objetivo de garantir a paz e a tranquilidade principalmente dos comerciantes da cidade, coibindo ilícitos praticados por pessoas mal intencionadas.

A guarnição em serviço entrou na Rua São Paulo, no bairro Dom Giocondo, próximo ao cemitério São João Batista, e visualizou um homem que levantou suspeita dos policiais.

Foi dado voz de parada ao cidadão para averiguação de rotina, ao pesquisar o nome no Banco Nacional de Dados do Sistema Judiciário, foi descoberto um mandado de prisão em seu desfavor pelo crime de integrar organização criminosa no Acre.

A decisão foi da Vara de Delitos e Organizações Criminosas da Comarca de Rio Branco.

Ismael Martins Gomes, de 32 anos, recebeu voz de prisão e foi conduzido para a Delegacia Central de Flagrantes. Em conversa com a polícia, ele revelou que já foi preso por tráfico de drogas e sentenciado a 6 anos de reclusão, contudo, ele já teria pago a pena. Novamente preso por mandado de prisão preventiva, Ismael encontra-se à disposição da Justiça.

Mulheres Huni Kuin tecem um futuro com arte, regeneração e sabedoria ancestral

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No Jordão, no Acre, nasce o Projeto CASA Ainbu Daya, criado pelas mulheres indígenas Huni Kuin em busca de preservar a cultura do seu povo, fortalecer as novas gerações e incentivar a autonomia econômica de forma regenerativa com a floresta

Diante de um desafio recorrente das mulheres indígenas Huni Kuin – a dificuldade de escoamento de suas artes e o desestímulo à produção pelas novas gerações – nasce o Projeto CASA Ainbu Daya, realizado com apoio do programa Rouanet Norte e patrocínio do Banco da Amazônia, no Jordão, Acre.

Como espaço de encontro e inspiração, a Casa de Cultura, Arte e Saberes Ancestrais foi inaugurada em junho de 2025, com o propósito de promover autonomia econômica, preservação da cultura e fortalecimento das mulheres por meio da arte, formação e valorização dos saberes tradicionais. A casa foi alugada por 6 meses e será ateliê e sede para as ações do Instituto Ainbu Daya.

Durante este tempo, 44 mestras artesãs, guardiãs dos saberes tradicionais Huni Kuin, receberão bolsas mensais no valor total de R$ 96 mil, como incentivo para que continuem produzindo, ensinando e fortalecendo tradições através de seu trabalho artístico e cultural. Esse reconhecimento financeiro é uma reparação histórica que amplia vozes, gera renda e inspira jovens artesãs por meio da arte e do empreendedorismo.

O projeto também contempla 6 meses de oficinas on-line, com temas como: Gestão e Empreendedorismo, Finanças Básicas, Cadastro de Artesã/MEI, Informática Básica, Mídias Sociais e Desenvolvimento Criativo.

“Aqui nas aldeias algumas mulheres não falam tão bem o português e é difícil vender e ter retorno. Então esse projeto ajuda muito para que essa troca de saberes possa acontecer e para o reconhecimento do valor desse trabalho. Essa ajuda financeira também é importante para que as mulheres de diferentes aldeias possam se encontrar e transportar as artes, pois os custos são muito altos para transporte”, compartilha Batani Huni Kuin, 42 anos, vice-presidente do Instituto.

Kenê Kuĩ: patrimônio vivo, linguagem ancestral

No ano em que o Kene Kuĩ – grafismo Huni Kuin – foi reconhecido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como Patrimônio Cultural do Brasil, realizar este projeto junto às aïbu keneya, mestras do desenho e guardiãs dos saberes tradicionais, representa um passo importante na preservação cultural Huni Kuin, etnia com maior população no Acre.

São as mulheres Huni Kuin que desenham o invisível através da tecelagem, cerâmica, cestaria e pintura e transmitem os saberes da existência de seu povo por meio de histórias, cantos e rituais. Seus grafismos – inspirados na relação com os yuxibu, espíritos da floresta – revelam a força de animais como a jiboia e a aranha. Mas o Kene não é apenas arte: é linguagem, ensinamento e cosmologia viva. Cada peça produzida é única e transcende a estética para afirmar a cultura e resistência do povo Huni Kuin.

Instituto Ainbu Daya: Mulheres Tecendo o Futuro

O Instituto Ainbu Daya é uma organização indígena que nasce da força ancestral e do sonho coletivo das mulheres dos três territórios Huni Kuin do Jordão: Alto Jordão, Baixo Jordão e Seringal Independência. Promove o protagonismo feminino dentro e fora das aldeias, com foco na transmissão de saberes, geração de renda e fortalecimento cultural.

Apoio e Reconhecimento

A realização deste projeto é uma conquista pelo Programa Rouanet Norte, com o patrocínio do Banco da Amazônia, parceria do Banco do Brasil, Caixa e Correios, com realização do Ministério da Cultura e Governo Federal.

O projeto está em sintonia com os princípios da Agenda 2030 da ONU e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), evidenciando o protagonismo indígena na preservação e regeneração da floresta amazônica.

Este é um movimento histórico de união e visibilidade para o papel cultural e político das mulheres Huni Kuin que buscam a construção de um futuro que proteja a floresta e os modos de vida originários.

“Onde tem problema é porque a ganância é grande”, diz produtor sobre operação na Resex Chico Mendes

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A Reserva Extrativista Chico Mendes, localizada no município de Xapuri, vive um momento de tensão devido a uma megaoperação para retirada de moradores que descumprem as regras do uso da terra. Samário Oliveira, produtor local, relata em detalhes a situação enfrentada na região da Maloca, onde o órgão responsável tem retirado animais e apreendido bens dos moradores.

“Na região da Maloca, na reserva extrativista, aqui no município de Xapuri, que é uma mega-operação do ICMBio, onde eles estão fazendo a retirada de alguns moradores, indo lá e retirando esses moradores e aprendendo alguns bens como gado e outras coisas mais desses moradores, tá?”, explica Samário.

Ele contextualiza que a terra, originalmente pertencente a um fazendeiro, foi comprada pelo governo em 2001 para se transformar em reserva e projeto de assentamento extrativista, com regras claras para uso: “Dentro desse plano de uso, diz que a gente só pode desmatar 20% da nossa área, tá? E nesses 20% a gente pode fazer pasto, pode criar o seu gado, pode produzir, plantar o que quiser, pode fazer casa”.

Sobre as proibições, Samário detalha: “O que você não pode fazer é desmatar mais do que 20% da sua propriedade, e outra regra também que tem lá no plano de uso, é que você não poderia vender a propriedade”.

No entanto, ele denuncia que muitos moradores não respeitam essa norma, elevando o valor das terras ao vendê-las ilegalmente: “É por isso que as terras aqui são caríssimas, porque as pessoas quando vão sair da terra, elas vendem mais por hectare, né, então o que tá na mata, o que tá tudo, ela vende com tudo, tá?”.

Segundo Samário, a situação piora com a entrada de pessoas que não têm o perfil para morar na reserva e visam transformar a área em fazendas, o que viola o projeto original: “Onde tem problema é porque a ganância é grande, pessoal, isso é o que de verdade acontece, tá? O povo é muito ganancioso, e quer cada dia mais e mais e mais…”.

O produtor também esclarece o processo de fiscalização e penalização: “Quando essas pessoas desmatam, não é tipo derrubar um hectare, duas não…é derrubar 30, 40, 50 hectares de uma vez…aí o órgão vem lá e notifica e multa, aí eu digo, ah, eu nem vou pagar essa multa e eu quero ver o pau torar”.

Mas, diante da persistência de infrações, a ordem final é a desocupação da terra: “Chega uma hora que eles, de tanta pessoa teimar, eles chegam e dão a notificação, ó, você tem um prazo de 30 dias para você desocupar a terra e tirar tudo que é seu…e aí a pessoa, se ela quiser desmanchar a casa dela, se ela quiser desmanchar a cerca, tirar o gado, elas podem, elas fazem tudo isso”.

Samário lamenta a situação: “É um momento triste, né, porque a gente se comove também, de ver uma pessoa sendo expulsa da terra…só que é como eu falo, né, pessoal, a pessoa é avisada, a pessoa erra, e aí ela não reconhece que está errando”.

Ele conclui ressaltando a importância do respeito às regras para garantir a convivência na reserva: “A gente está vivendo uma época aí de muita seca, as pessoas só querem cada dia derrubar mais, mas mesmo assim, né, a gente tem que entender que nós estamos numa área que ela tem uma lei, tá, e quem segue a lei não é impedido de trabalhar”.

Bebidas Quinari se pronuncia após acidente com caminhonete que deixou dois em estado grave

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A empresa Refrigerantes Quinari divulgou nota de esclarecimento nesta quarta-feira (11/06) após um grave acidente envolvendo uma de suas caminhonetes na rotatória da Universidade Federal do Acre (Ufac), na BR-364, sentido bairro–centro. O caso deixou duas pessoas gravemente feridas e causou danos materiais no local.

Segundo testemunhas ouvidas pela reportagem, o veículo da empresa trafegava em alta velocidade e perdeu o controle ao se aproximar da rotatória. A caminhonete colidiu com um poste, derrubou uma palmeira e atingiu violentamente a traseira de uma motocicleta, que seguia na via com dois ocupantes.

As vítimas foram identificadas como Francisco Sérgio Dias, de 55 anos, que trabalhava como motociclista de aplicativo, e Gerdeão Ferreira da Silva, de 25 anos, que estava como passageiro. Ambos foram arremessados contra outro carro e sofreram ferimentos considerados graves. Eles foram socorridos por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e permanecem hospitalizados.

Em nota, a Bebidas Quinari lamentou o ocorrido e afirmou estar acompanhando de perto a situação das vítimas. “Lamentamos profundamente o ocorrido e, desde o primeiro momento, prestamos todo o suporte necessário às vítimas. Seguimos ao lado de cada uma delas, com respeito e atenção”, afirmou a empresa.

Ainda segundo o comunicado, a empresa garante estar colaborando com as autoridades para o esclarecimento dos fatos. “Estamos colaborando com as autoridades e aguardamos o laudo da perícia para o esclarecimento completo dos fatos”, diz a nota.