Um acidente de trabalho registrado na tarde do último sábado (19) terminou de forma trágica em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Elias Silva dos Santos, de 23 anos, morreu ao cair em uma máquina industrial enquanto trabalhava em uma cerâmica localizada no bairro Saboeiro.
De acordo com informações preliminares, Elias operava um triturador de barro, equipamento utilizado na produção de tijolos, quando se desequilibrou e foi tragado pelo mecanismo em funcionamento. As lesões provocadas foram severas e não houve tempo para resgate: a morte foi imediata.
O corpo do trabalhador, natural de Mâncio Lima e morador de Cruzeiro do Sul, foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), que esteve no local juntamente com a Polícia Militar para realizar os primeiros levantamentos. A área da cerâmica foi isolada para trabalho da perícia técnica.
O caso mobilizou não apenas os colegas de trabalho, mas também a comunidade local, que lamentou a perda do jovem conhecido por seu empenho e dedicação à família. Ele sustentava parte da casa com o salário recebido na fábrica.
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar se houve falhas nos protocolos de segurança da empresa ou ausência de equipamentos adequados para evitar esse tipo de acidente. A direção da cerâmica ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido.
O surgimento de três casos suspeitos de sarampo em municípios acreanos com forte ligação fronteiriça reacendeu a preocupação de autoridades sanitárias com uma possível reintrodução do vírus no território brasileiro. A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informou neste sábado (19) que, das 17 notificações registradas no estado desde o início de 2025, 14 foram descartadas e três seguem sob investigação.
Os casos investigados estão em Epitaciolândia e Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, além de um notificado em Rio Branco, mas com origem em Cobija, cidade boliviana vizinha. O quadro epidemiológico reacende debates sobre a vulnerabilidade da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia, onde a circulação viral nos países vizinhos pode impactar diretamente o sistema de vigilância brasileiro.
Embora o Acre não registre casos confirmados, o avanço da doença na Bolívia elevou o nível de atenção das autoridades brasileiras. A resposta, articulada entre a Prefeitura de Rio Branco, o governo estadual e o Ministério da Saúde, tem incluído ações emergenciais como bloqueios vacinais, ampliação de testagens e visitas educativas em áreas de maior risco.
Segundo a Sesacre, equipes estão atuando em campo e o material biológico já foi enviado para análise laboratorial. A vigilância está mobilizada para conter qualquer possibilidade de disseminação da doença. As amostras — de sangue, urina e secreção nasal — são processadas no LACEN, laboratório de referência, e orientam a classificação final dos casos.
Apesar de o Acre manter índices relativamente satisfatórios de vacinação, os casos suspeitos colocam em evidência o papel da fronteira como ponto sensível no controle de doenças erradicadas no Brasil, como é o caso do sarampo. A movimentação intensa entre os municípios acreanos e a cidade boliviana de Cobija, somada à queda na cobertura vacinal em vários países da região, amplia o desafio.
O sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa, transmitida por via respiratória, e seus sintomas incluem febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, tosse, coriza e conjuntivite. A vacina tríplice viral é a principal forma de prevenção e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
A Sesacre reforça a recomendação para que a população atualize o cartão de vacinação, especialmente crianças e adultos jovens, considerados mais vulneráveis. O esforço é evitar que o vírus volte a circular livremente e comprometa os avanços da saúde pública no estado.
A lista de municípios com notificações inclui, além dos que têm casos em investigação, Rio Branco, Porto Acre, Feijó, Sena Madureira, Cruzeiro do Sul e Assis Brasil — todos com registros já descartados.
Embora os casos não estejam confirmados, a mobilização é vista como fundamental para manter o Acre livre da doença, cuja erradicação no Brasil foi reconhecida pela Organização Pan-Americana da Saúde em 2016, mas teve retrocessos nos últimos anos diante da baixa cobertura vacinal em algumas regiões.
Na manhã desta segunda-feira, 21, familiares das vítimas do grave acidente de trânsito ocorrido em 17 de abril deste ano, na Via Verde, em Rio Branco, realizaram um protesto em frente à 1ª Delegacia Regional da Polícia Civil, localizada no bairro da Sobral. A manifestação foi marcada por cartazes, pedidos de justiça e desabafos emocionados de parentes das vítimas.
O acidente tirou a vida de três trabalhadores da empresa VIP: Márcio Pinheiro da Silva, de 45 anos, Carpeggiane de Freitas Lopes, de 46, e Fábio Farias de Lima, de 34. A única sobrevivente da tragédia foi Raiane Xavier Lima, autônoma, mãe de dois filhos, que ainda se recupera das lesões físicas e emocionais deixadas pelo ocorrido.
Segundo os familiares, o condutor do veículo envolvido no acidente, identificado como Talysson Duarte, chegou a permanecer no local da colisão, mas foi liberado pela polícia logo em seguida. Desde então, ele segue em liberdade, o que tem gerado revolta entre as famílias das vítimas.
“Eles estão sendo muito omissos. Já se passaram três meses e não temos nenhuma resposta. Estamos esperando um laudo pericial vindo de São Paulo. Enquanto isso, ele segue a vida normalmente como se nada tivesse acontecido”, desabafou Raiane.
Durante o ato, familiares expressaram indignação com a lentidão das investigações/Foto: Folha do Acre
Ela contou ainda que sua rotina foi completamente destruída após o acidente, que sente dores constantes e que enfrenta sofrimento físico e psicológico a cada curativo que precisa fazer. “As vítimas estão pagando por isso, e ele está vivendo normalmente. Isso é injusto”, disse emocionada.
Durante o ato, familiares expressaram indignação com a lentidão das investigações e a ausência de uma resposta mais efetiva por parte das autoridades. Giglyane Lopes, esposa de Carpeggiane, questionou a falta de responsabilização do condutor.
“Quero saber qual é a diferença desse caso para outros. Meu esposo era trabalhador, estava indo trabalhar quando foi atingido por um irresponsável em alta velocidade. Eu vi as imagens do IML. Foi cruel. A dor da família é imensa, e a gente só quer justiça”, afirmou a esposa.
Isneide de Freitas, prima de Carpeggiane, também demonstrou revolta com o que chamou de “tratamento desigual” por parte das autoridades.
“Vemos casos sendo resolvidos rapidamente, enquanto esse, com três vítimas, segue sem conclusão. A sensação é de proteção ao motorista. Não sabemos quem é Talysson, se tem alguém o protegendo. Só queremos respostas”, destacou Isneide.
De acordo com os familiares, o protesto marca o início de uma série de manifestações até que haja um posicionamento da Justiça e do Ministério Público. Eles cobram agilidade na entrega do laudo pericial, que está sendo realizado em São Paulo, por falta de equipamentos técnicos no Acre.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que aguarda o resultado da perícia para concluir o inquérito e avaliar se o condutor será indiciado por homicídio culposo com agravantes, em razão da possível alta velocidade no momento da colisão. Segundo o delegado Karlesso Nespoli, todas as testemunhas já foram ouvidas, e o laudo é peça fundamental para determinar as responsabilidades no acidente.
Policiais que atuam no 1° Batalhão de Polícia Militar, apreenderam entorpecente e prenderam um indivíduo, no domingo, 20, nas proximidades do terminal urbano, centro.
A equipe policial foi acionada inicialmente para atender uma ocorrência de violação em uma clínica, no local os militares tiveram acesso a imagens de câmeras de segurança, onde puderem identificar as características dos envolvidos.
Em seguida os militares iniciaram patrulhamento na busca pelos suspeitos. Próximo ao terminal urbano a guarnição avistou um indivíduo com as características indicadas, momento que foi realizada a abordagem.
Durante a busca os militares encontraram dentro da mochila do envolvido duas embalagens tipo “tijolo”, contendo pouco mais de um quilo em cada um deles de substância aparentando ser maconha pesando 2,068kg.
Os policiais encaminharam o indivíduo e o material entorpecente à delegacia de flagrantes (Defla) para que fossem tomadas as providências cabíveis ao fato.
Em mais uma ação concreta voltada à inclusão e ao cuidado com crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, o deputado estadual Emerson Jarude (NOVO) lançou, no último sábado (19), o projeto Lado a Lado, que vai ofertar mais de 200 vagas gratuitas para sessões de equoterapia e avaliações neuropsicológicas a famílias de todo o estado do Acre.
O evento foi realizado no auditório da Uninorte, em Rio Branco, e reuniu centenas de mães, familiares, representantes de associações da causa autista, profissionais da saúde e parceiros da Associação Eu Acredito, que será responsável técnica pelas sessões de equoterapia.
Também estiveram presentes o prefeito do Bujari, Padeiro, e o prefeito de Acrelândia, Olavinho, fortalecendo a parceria com os municípios e reforçando o compromisso institucional de levar o atendimento para além da capital.
“Esse projeto nasce com um propósito simples e poderoso: caminhar lado a lado com quem mais precisa. Não é sobre caridade, é sobre dignidade. A gente quer romper a lógica de que quem depende do poder público precisa se contentar com pouco”, afirmou Jarude durante a cerimônia.
Além das sessões terapêuticas com cavalos, o projeto também garantirá avaliações neuropsicológicas completas, etapa fundamental para que as crianças tenham o acompanhamento correto dentro e fora da escola.
“Sabemos da luta diária de quem tem uma criança com autismo em casa. Conseguir uma avaliação ou uma vaga para terapia é, muitas vezes, impossível para a maioria das famílias. Com o Lado a Lado, a gente está mudando isso com ação real, feita com responsabilidade e coração”, completou o deputado.
O projeto é fruto da destinação de emendas parlamentares do mandato de Jarude e vai contar com uma rede de voluntários e profissionais especializados. A previsão é de que os atendimentos contemplem municípios do interior, descentralizando o cuidado e democratizando o acesso à saúde especializada.
Durante o evento, também foram entregues certificados de agradecimento a voluntários e parceiros, celebrando a união de forças que tornou o projeto possível.
Maria Claudia Thomaz Chaar, mãe da servidora do Tribunal de Justiça do Acre, Juliana Chaar Marçal, usou as redes sociais nesta segunda-feira , 21, para prestar uma homenagem comovente à filha, cuja morte completou um mês. Juliana, de 36 anos, foi atropelada no dia 21 de junho de 2025, na saída de uma casa noturna no bairro Isaura Parente, em Rio Branco.
Em sua publicação, Maria Claudia compartilhou a dor da perda e exaltou o legado deixado por Juliana. “Um mês da tua partida precoce e eu choro diariamente a tua ausência. Você deixou um legado de bondade, de união, de fazer o bem, de amar ao próximo sem distinção. Isso se traduz nas mensagens que recebo de pessoas que nem conheço, dizendo o quanto você era especial. Posso dizer que você fez a diferença na vida de muitos”, escreveu.
Ainda em tom de desabafo, a mãe reforçou que continua em busca de respostas sobre a tragédia que tirou a vida da filha. “Sigo buscando esclarecimentos sobre a crueldade que fizeram contigo e comigo, pois levaram também um pedaço de mim. Te amo eternamente, pois você vive em mim.”
Juliana Chaar atuava como assessora jurídica no Tribunal de Justiça do Acre desde fevereiro deste ano. Ela foi atropelada por uma caminhonete Hilux preta, conduzida por Diego Luiz Góis Passos, de 27 anos, durante uma confusão na frente da casa noturna. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento do impacto. O motorista fugiu do local sem prestar socorro.
A vítima sofreu traumatismo cranioencefálico grave, além de fraturas e múltiplas escoriações. Chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois no Pronto-Socorro de Rio Branco.
O caso segue em investigação pelas autoridades e continua a mobilizar familiares, amigos e a sociedade civil, que cobram responsabilização e justiça.
Na manhã desta segunda-feira, 21, o delegado Karlesso Nespoli, da Polícia Civil do Acre, concedeu entrevista para esclarecer o andamento das investigações sobre o grave acidente de trânsito ocorrido no dia 17 de abril deste ano, na Via Verde, em Rio Branco. A colisão resultou na morte de três funcionários da empresa VIP: Márcio Pinheiro da Silva, de 45 anos, Carpeggiane de Freitas Lopes, de 46, e Fábio Farias de Lima, de 34.
Durante a coletiva, o delegado destacou que o caso segue sendo tratado como homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar, diferentemente de outras ocorrências recentes que envolvem dolo, como no caso da advogada Juliana Chaar.
“Aqui, infelizmente, a pessoa se descuidou e acabou matando outras pessoas. É diferente de um caso em que alguém pega um carro e joga propositalmente contra outra pessoa. São crimes distintos”, explicou Nespoli.
Segundo ele, todas as testemunhas envolvidas no acidente já foram ouvidas, incluindo o condutor do veículo que sobreviveu. A principal pendência agora é o laudo pericial que irá determinar se houve excesso de velocidade no momento do acidente. As imagens e medições foram enviadas para São Paulo, onde equipamentos mais modernos serão utilizados para calcular com precisão a velocidade do carro.
“A perícia depende de um equipamento que não temos no estado. O corpo técnico de São Paulo está analisando o material enviado. A partir disso, poderemos concluir se houve excesso de velocidade, o que pode agravar a pena prevista pelo Código de Trânsito”, detalhou o delegado.
O delegado também comentou sobre as dificuldades enfrentadas na apuração, sobretudo pelas limitações técnicas locais. Segundo ele, o fato de o asfalto estar molhado no momento do acidente contribuiu para o carro aquaplanar, o que dificultou a coleta de marcas de frenagem.
“A água não deixa marcas no asfalto. Pelo que vimos, o veículo aquaplanou e rodou. Como não há marcas de pneu, precisamos de meios tecnológicos mais avançados para concluir a análise, por isso a parceria com o estado de São Paulo”, ressaltou.
Nespoli reconheceu a cobrança por respostas por parte das famílias das vítimas e da sociedade, mas pediu paciência diante da complexidade do caso e da dependência de órgãos externos.
“Nós estamos aguardando isso e infelizmente, eu não tenho essa disponibilidade de fazer o laudo, quem que faz é o perito e o nosso perito está dependendo ainda de São Paulo para que seja encaminhado e essas informações possam ser concluídas”, concluiu.
A Prefeitura de Capixaba anunciou a abertura de inscrições para um processo seletivo simplificado com o objetivo de contratar profissionais temporários para atuar nas áreas de educação, saúde e assistência social. O período de inscrição será entre os dias 23 e 25 de julho, com atendimento presencial na Secretaria Municipal de Educação.
O certame atende a uma demanda temporária de interesse público, oferecendo contratos com duração inicial de até cinco meses, com possibilidade de extensão pelo mesmo período, limitados a um máximo de 12 meses. A avaliação dos candidatos será feita por meio da análise de currículo, sem provas, eliminando e classificando os participantes com base na experiência e formação.
São ofertadas vagas para diferentes níveis de escolaridade, do fundamental ao superior. Entre os cargos disponíveis estão mediador escolar, assistente educacional, auxiliar de serviços gerais, motorista escolar com habilitação categoria D e monitor escolar. A comprovação dos requisitos exigidos deve ser feita por documentos que comprovem formação e experiência.
No caso da função de mediador escolar, a pontuação total pode chegar a 100 pontos, contemplando desde o diploma de licenciatura até cursos de pós-graduação e aperfeiçoamentos. Para os demais cargos, serão avaliados certificados de qualificação, experiência na área e escolaridade.
Os interessados devem comparecer à Secretaria Municipal de Educação, localizada na Rua Cecília Boa Ventura, nº 1093, bairro Conquista, no horário das 8h às 17h, para realizar a inscrição presencialmente, entregando um envelope lacrado com os documentos exigidos, como identidade, CPF, comprovante de residência, currículo e certificados. Cada candidato poderá inscrever-se em apenas uma vaga.
O edital reserva 5% das vagas para pessoas com deficiência, desde que apresentem comprovação da compatibilidade da deficiência com a função pleiteada.
O processo é gratuito e os contratos não geram vínculo trabalhista, sendo regidos por normas administrativas. Os convocados deverão assinar o contrato em até 24 horas após a chamada oficial.
Também é permitida a inscrição por procuração simples, desde que acompanhada da cópia autenticada do documento. Toda a tramitação do processo seletivo será amplamente divulgada nos meios oficiais, incluindo o Diário Oficial do Estado do Acre, murais públicos e secretarias municipais.
Para mais informações, os interessados podem procurar a Secretaria Municipal de Educação ou consultar o edital completo disponível no site www.diario.ac.gov.br.
A qualidade do ar em Rio Branco foi classificada como moderada na manhã desta segunda-feira (21), segundo o índice da plataforma internacional IQAir. Às 8h, o Índice de Qualidade do Ar (AQI, na sigla em inglês) marcava 56 pontos, número considerado aceitável para a população em geral, mas que pode representar riscos à saúde de pessoas com doenças respiratórias, idosos e crianças.
O principal poluente identificado é o material particulado fino (PM2.5), com concentração de 11,8 microgramas por metro cúbico. Essas partículas, com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros, são capazes de penetrar profundamente nos pulmões e até alcançar a corrente sanguínea, agravando quadros de asma, bronquite e outras condições clínicas.
A previsão horária indica estabilidade nos níveis de poluição ao longo do dia, com o índice variando entre 56 e 47 até as 18h. No final da tarde, os níveis devem cair brevemente para a faixa considerada “boa”, entre 48 e 49, retornando ao patamar moderado durante a noite. As temperaturas máximas devem atingir 34ºC, com umidade relativa do ar oscilando entre 25% e 66% e ventos fracos, de até 3,6 km/h.
O monitoramento é feito a partir de três estações em funcionamento na capital acreana, com dados fornecidos por colaboradores locais. Em períodos de estiagem e queimadas, como o atual, a atenção com a qualidade do ar se intensifica.
Especialistas recomendam que pessoas sensíveis evitem atividades físicas prolongadas ao ar livre em horários de maior concentração de poluentes. A expectativa para os próximos dias é de manutenção do quadro moderado, com eventuais oscilações dependendo das condições climáticas e da incidência de queimadas na região.
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Cumulativa do Bujari, instaurou um inquérito civil para investigar a conduta do prefeito João Edvaldo Teles de Lima, conhecido como “Padeiro”, durante a realização da ExpoBujari — evento promovido pela Prefeitura Municipal.
A investigação foi motivada por matérias jornalísticas que denunciaram a distribuição de cédulas de dinheiro ao público presente, feita pelo próprio prefeito, por meio de pacotes lançados do palco do evento. O MPAC busca apurar se houve desvio de finalidade no uso da estrutura pública e possível violação aos princípios da Administração Pública, especialmente o da impessoalidade, conforme estabelece a Constituição Federal.
O inquérito também irá investigar a origem dos valores distribuídos, mesmo que tenham saído da remuneração pessoal do agente político, já que a ExpoBujari contou com financiamento público. O objetivo é verificar se houve promoção pessoal do prefeito com recursos vinculados ao erário, o que pode configurar ato de improbidade administrativa.
O MPAC determinou que a Prefeitura do Bujari preste esclarecimentos sobre o caso no prazo de 10 dias. A administração municipal deve apresentar cópia integral do contrato que embasou a realização da ExpoBujari, bem como documentos que comprovem a origem dos recursos utilizados e o montante efetivamente distribuído à população.
Como parte da investigação, o MP também solicitou a anexação de vídeos e reportagens publicadas nas redes sociais e determinou a oitiva de testemunhas que estavam presentes no evento.
