sexta-feira, 26 setembro 2025
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Enquanto ensino médio integral avança no Brasil, Acre segue com baixa cobertura

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O ensino médio integral ganhou força no Brasil nos últimos oito anos. Entre 2016 e 2024, o número de estudantes nessa modalidade cresceu 242%, saltando de 393 mil para 1,3 milhão de matrículas. No entanto, essa expansão não foi uniforme pelo país, e o Acre está entre os estados que menos acompanharam essa tendência.

Segundo levantamento do movimento Todos Pela Educação, com base em dados oficiais do MEC e do Inep, menos de 10% das matrículas estaduais no Acre correspondem ao ensino integral. Apenas 7% das escolas oferecem a modalidade. O índice contrasta fortemente com estados como Pernambuco, Piauí e Ceará, que já ultrapassaram a marca de 50% de cobertura.

Para os pesquisadores, a baixa expansão no Acre revela uma combinação de fatores: falta de priorização da política, limitações orçamentárias e o peso das condições sociais locais, onde muitos jovens precisam dividir o tempo entre os estudos e o apoio à família.

Em entrevista ao portal de notícias Ac24horas, o secretário de Educação do estado, Aberson Carvalho, reconhece os desafios. “Durante nossa gestão frente a SEE, ampliamos em mais de 100% escolas que oferecem ensino integral, e ampliamos em mais de 200% em números de estudantes no ensino integral. Porém, não nego o desafio de fazer o ensino integral, em um estado que não possui essa cultura, além dos desafios socioeconômicos que levam muitas vezes o aluno a apoiar os pais na ajuda em casa, como muitas vezes trabalhando”, disse.

Aberson também critica a forma como a política foi estruturada no Brasil. “A política nacional do ensino integral deu início pelo ensino médio, porém é um erro. Se o país tivesse começado pelos anos iniciais, não tenho dúvida que teríamos uma nova cultura para essa modalidade.”

O estudo ainda aponta que, enquanto estados do Nordeste consolidaram a modalidade como política de Estado, Acre, Rondônia e Roraima registram expansão tímida ou praticamente estagnada. Especialistas alertam que essa disparidade pode ampliar desigualdades regionais no futuro.

Fux cita incompetência do STF para julgar ação contra Bolsonaro

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Ao abrir seu voto no julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que não cabe à Corte fazer julgamento político, mas agir com cautela e responsabilidade ao decidir o que é legal sob o ponto de vista criminal.

“Não compete ao Supremo Tribunal Federal realizar um juízo político do que é bom ou ruim, conveniente ou inconveniente, apropriado ou inapropriado. Compete a este tribunal afirmar o que é constitucional ou inconstitucional, legal ou ilegal”, disse Fux.

O ministro acrescentou que “trata-se de missão que exige objetividade, rigor técnico e minimalismo interpretativo. A fim de não se confundir o papel do julgador com o do agente político”.

“Com a mesma cautela e responsabilidade que orientam a jurisdição constitucional, deve também o Poder Judiciário exercer sua atuação de igual maneira na esfera criminal”, afirmou Fux.

A Primeira Turma do Supremo retoma nesta quarta, com o voto de Fux, o julgamento sobre uma trama golpista que teria atuado para manter Bolsonaro no poder mesmo com derrota nas eleições de 2022.

Fux é o terceiro a votar, depois que os ministros Alexandre de Moraes, relator da ação penal, e o ministro Flávio Dino votaram pela condenação de todos os oito réus pelos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Luiz Fux já indicou que vai divergir em questões preliminares e também sobre o mérito do caso. Entre as divergências está a opinião de que a competência para julgar o caso não é do Supremo, mas da primeira instância da Justiça Federal. O ministro alertou que seu voto será longo.

Com informações Agência Brasil

Com investimento de quase R$ 300 mil no FERRFIS, Manoel Moraes celebra avanço na regularização fundiária no Acre

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O município de Plácido de Castro, no interior do Acre, viveu nesta semana um momento considerado histórico para a regularização fundiária no Acre. Em solenidade realizada na última terça-feira, 9, o deputado estadual Manoel Moraes (PP) acompanhou a entrega de quase 400 títulos definitivos a famílias do município, ao lado do governador Gladson Camelí (PP), da vice-governadora Mailza Assis (PP), da presidente do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), Gabriela Câmara Ramos, e do prefeito Camilo da Silva.

Durante o evento, Manoel Moraes destacou a importância do ato para garantir cidadania e dignidade às famílias beneficiadas. Ele ressaltou, ainda, o empenho de R$ 295 mil em emenda parlamentar de sua autoria para o Fundo Especial Registral de Regularização Fundiária de Interesse Social (FERRFIS).

Segundo o parlamentar, esta é a primeira vez que o fundo recebe aporte financeiro, criado justamente para assegurar os recursos da regularização. “Esse investimento permitirá que os cartórios tenham melhores condições de trabalho, garantindo mais agilidade nos registros, maior segurança jurídica e a ampliação do número de famílias beneficiadas”, explicou.

Moraes enfatizou que os títulos entregues representam mais do que documentos: são a consolidação de direitos. “É a certeza de que os títulos entregues não são apenas papéis, mas direitos consolidados e respeitados. Esse é o meu compromisso: trabalhar com responsabilidade para transformar a vida das pessoas”, afirmou o deputado.

Após morte de passageira, vereadora cobra DNIT para tapar buracos que estão causando acidentes no Acre

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A precariedade da BR-364 voltou a ser alvo de denúncias e apelos públicos após mais um acidente fatal registrado no trecho entre o distrito de Vila Campinas e Rio Branco, no quilômetro 45. Na noite do último fim de semana, uma família de peruanos sofreu um grave acidente, resultando na morte de uma das ocupantes do veículo.

A vereadora enfermeira Meire, de Plácido de Castro, gravou um vídeo em suas redes sociais destacando a gravidade da situação e cobrando providências imediatas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

“Estamos aqui na BR-364 para fazer um apelo às autoridades. Ontem houve um acidente grave, um carro foi destruído e vidas foram perdidas. Outro veículo capotou mais à frente. São vários acidentes acontecendo por conta da situação precária dessa rodovia”, disse a parlamentar.

O advogado João Vitor Santana, morador do distrito de Campinas, também reforçou o pedido, destacando que muitos buracos já existem há cerca de um ano e continuam causando acidentes.

“Esse buraco aqui não é de um ou dois meses, já está há quase um ano. Quem vem de Rio Branco ou de Porto Velho não consegue ver o perigo a tempo. Já presenciei vários veículos quebrados e acidentes aqui. Infelizmente, ontem uma família de peruanos perdeu um de seus integrantes nesse trecho. O carro caiu a cerca de 50 metros da rodovia. Essa é a realidade da nossa BR-364”, relatou o advogado.

Segundo relatos, apenas no intervalo de duas semanas foram registrados ao menos dois acidentes graves no mesmo ponto.

A população pede urgência na recuperação da estrada, que é uma das principais ligações do Acre com Rondônia e o restante do país.

Mulher acusada de matar idoso com canivete durante briga em Feijó é solta após audiência de custódia

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A mulher presa em flagrante no último sábado, 6, por matar o aposentado Francisco Tomaz Pereira da Silva, de 61 anos, durante uma briga em uma praia de Feijó, no interior do Acre, foi colocada em liberdade provisória após audiência de custódia realizada na última segunda-feira, 8.

O caso ganhou repercussão após um vídeo gravado por um homem que estava em uma barraca ao lado registrar o início da confusão. As imagens mostram Francisco discutindo com a suspeita e outros homens. A discussão evolui para agressão física: o aposentado empurra a mulher, que cai no chão, e em seguida a chuta. Ao se levantar, ela revida com socos e, em determinado momento, desfere golpes de canivete contra ele.

A vítima chegou a ser socorrida por uma ambulância, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Geral de Feijó Dr. Baba.

Decisão judicial

Em depoimento, a suspeita alegou ter agido em legítima defesa. Na decisão judicial que concedeu a liberdade provisória, o magistrado destacou que a mulher é ré primária, possui emprego fixo, não tem antecedentes criminais e mantém residência no município.

O documento ainda aponta que “não há nos autos elementos concretos demonstrando a flagranteada ser pessoa perigosa” e tampouco “probabilidade de reiteração criminosa a justificar a medida extrema de segregação cautelar”.

“Ela não vai deixar de responder. Vai responder em liberdade”, afirmou o delegado José Ronério, responsável pelo caso.

Condições impostas pela Justiça

A suspeita deverá cumprir medidas cautelares estabelecidas pela Justiça, entre elas: Comparecer a todos os atos do processo e, bimestralmente, em juízo para justificar suas atividades; não se ausentar da comarca sem autorização judicial; apresentar comprovante atualizado de endereço e telefone em até cinco dias; não frequentar bares, festas e locais semelhantes onde haja consumo de bebida alcoólica.

O processo segue em andamento, e a mulher deverá responder em liberdade pelo crime.

Jovem de 18 anos morre após colidir moto contra poste em Tarauacá

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Na tarde desta terça-feira (9), uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para atender a um acidente envolvendo uma motocicleta que colidiu com um poste, ocorrido na Estrada da Colonacre, próximo à Estação da Energisa, na terceira entrada de Tarauacá.

Ao chegar ao local, os militares encontraram a vítima, Isaul Mesquita do Nascimento, de 18 anos, apresentando sangramento pelo nariz, cortes no rosto e na cabeça, consciente, mas incapaz de se mover e relatando dor no braço esquerdo.

De imediato, os bombeiros realizaram os primeiros atendimentos, incluindo estabilização, imobilização — com foco na cervical através do uso de colar — controle de hemorragia e realização de curativos.

Antes da chegada da equipe oficial, o subtenente Marinho, que também faz parte do Corpo de Bombeiros, já estava no local prestando os primeiros socorros. A vítima já havia sido retirada do capacete e, após os procedimentos iniciais, foi encaminhada ao Hospital Dr. Sansão Gomes em uma viatura do Samu para avaliação e cuidados médicos adicionais.

Infelizmente, durante a noite, o jovem Isaul Mesquita do Nascimento não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no Hospital de Tarauacá.

Com informações Extra do Acre

Maioria da bancada do Acre é a favor de PL que beneficia Bolsonaro em meio a julgamento

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O debate sobre a anistia aos acusados pelos atos de 8 de janeiro voltou ao centro da política brasileira nesta quarta-feira (10). Enquanto a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga Jair Bolsonaro por crimes ligados à tentativa de golpe de Estado, a maioria da bancada federal do Acre se posiciona a favor de um projeto de lei que pode beneficiá-lo, assim como outros réus investigados pelos ataques em Brasília.

O ex-presidente responde por quatro crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio tombado. Ele é julgado junto a outros sete aliados. Até o momento, o placar é de 2 a 0 a favor da condenação, com votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Ainda faltam votar Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.

No Congresso, os deputados Roberto Duarte (Republicanos), Ulysses Araújo (União Brasil) e Zezinho Barbary (Progressistas) manifestaram apoio à anistia e ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Eduardo Veloso (União Brasil) também defendeu a anistia, mas lembrou que apenas o Senado pode decidir sobre pedidos de impeachment contra ministros do STF.

A deputada Socorro Nery (Progressistas) afirmou não ter formado posição sobre a anistia, mas reforçou que o Senado é o foro adequado para analisar processos contra integrantes da Suprema Corte.

No Senado, Márcio Bittar (União Brasil) tem sido um dos defensores mais enfáticos da anistia. No último 7 de Setembro, declarou que o Brasil precisa “pacificar o país”. “Não é possível que o Brasil, que já concedeu anistia a tantos, inclusive a quem pegou em armas, assaltou bancos e foi para a guerrilha, não conceda anistia agora. Há uma caça à direita. O presidente Bolsonaro está preso sem ter sido condenado”, afirmou.

Alan Rick (União Brasil) também defendeu a medida: “O Brasil precisa votar essa anistia e virar essa página”.

Por outro lado, o deputado Zé Adriano (Progressistas), as deputadas Antônia Lúcia (Republicanos) e Meire Serafim (União Brasil), além do senador Sérgio Petecão (PSD), ainda não se pronunciaram.

 

Servidor da Câmara de Vereadores receberá 15 diárias para participar de palestra de Zico em Rio Branco

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O Diário Oficial do Estado do Acre publicou nesta terça-feira (9) a Portaria nº 35/2025, que autoriza a concessão de 15 diárias a um servidor da Câmara Municipal de Jordão, totalizando R$ 5.100, para custear transporte, hospedagem e alimentação durante viagem a Rio Branco. O servidor participará da palestra “O papel do líder: desafios e oportunidades com quem entende de vitória”, ministrada pelo ex-jogador Zico, que ocorrerá somente no dia 15 de setembro, no ginásio do Sesc.

O gasto assume ainda maior relevância considerando a logística para chegar a Jordão, município isolado no interior do Acre, onde só é possível chegar de avião ou barco.

Segundo informações disponíveis no site da prefeitura do próprio município, o trajeto de Rio Branco a Jordão de avião leva cerca de 1 hora e 30 minutos, com custo aproximado de R$ 750 por trecho. Viagens de Cruzeiro do Sul ou Tarauacá variam de 40 a 45 minutos, com custo entre R$ 350 e R$ 450 por trecho. Já a viagem de barco pode durar até três dias, com passagens entre R$ 250 e R$ 500, dependendo do modelo da embarcação.

A tabela de valores das diárias segue a Resolução nº 04/2025, da Câmara Municipal de Bujari, que define R$ 340 para servidores em viagens dentro do estado e R$ 705 para deslocamentos fora do Acre, enquanto vereadores recebem R$ 440 e R$ 805, respectivamente.

Adolescente suspeito de torturar e atirar em vítimas é apreendido em Xapuri

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Um adolescente de 17 anos foi apreendido na tarde da última terça-feira (09), por investigadores da Delegacia de Polícia Civil, no município de Xapuri, no interior do Acre.

O jovem infrator, identificado com as iniciais M.V.M. da R, é investigado por envolvimento em um crime de tortura ocorrido no bairro Sibéria em 2024.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o adolescente na companhia de outros suspeitos que ainda estão sobe investigação, atiraram na mão de duas pessoas, como forma de disciplina. As vítimas das agressões foram acusadas de roubarem na região e foram condenados pelo tribunal do crime.

O adolescente infrator foi apreendido na casa da sua mãe, no bairro Braga Sobrinho, em Xapuri. Após sua detenção, o jovem foi conduzido para a Delegacia do município para os procedimentos de praxe, e posteriormente encaminhado ao Instituto Sócio Educativo (ISE), do Alto Acre, para cumprir a pena de detenção imposta pela Justiça.

Preço do etanol cai no Acre, mas sobe em grande parte do país

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Enquanto o preço médio do etanol hidratado avançou em grande parte do Brasil, o Acre foi na direção oposta e registrou a maior queda entre todos os estados. Entre 31 de agosto e 6 de setembro, o valor do combustível caiu 11,02%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No mesmo período, 13 estados viram o preço do etanol subir, 9 registraram queda e 4, além do Distrito Federal, mantiveram estabilidade. Em média, o combustível ficou 0,96% mais caro nos postos pesquisados, passando de R$ 4,15 para R$ 4,19 por litro.

Goiás foi o ente federativo que apresentou os valores mais altos, com avanço de 2,79%. Já em São Paulo, maior produtor e consumidor de etanol do país, o preço médio subiu 1,01%, saindo de R$ 3,98 para R$ 4,02 por litro.

A diferença de preços entre as regiões também chama atenção. Mato Grosso do Sul apresentou o menor preço médio estadual, de R$ 3,85. No extremo oposto, o Amazonas registrou R$ 5,49. O menor valor identificado em um posto foi de R$ 3,19 em São Paulo, enquanto o mais alto foi de R$ 6,49 em Pernambuco.