quarta-feira, 10 setembro 2025
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PF cumpre mandados de prisão, buscas e sequestro de mais de R$ 70 milhões contra associação criminosa no Acre

Associação especializada em grilagem, desmatamentos, queimadas e falsificações em terras públicas federais

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (22/8), a Operação Smoke II, segunda fase de investigação que apura crimes ambientais, fundiários e de falsificação documental relacionados à apropriação ilícita de terras públicas na Amazônia, no município de Boca do Acre/AM.

Estão sendo cumpridos 06 mandados de busca e apreensão no Amazonas e Acre, 01 mandado de prisão preventiva e ordens judiciais de sequestro de bens e valores que ultrapassam R$ 70 milhões, todos expedidos pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas.

As investigações apontam que o grupo criminoso, de forma estruturada e reiterada ao longo dos anos, promoveu o desmatamento de mais de 900 hectares de floresta nativa, seguido de queimadas ilegais para limpeza de áreas destinadas à exploração pecuária clandestina.

Paralelamente, o grupo atuava por meio de falsificação de documentos, inserção de informações falsas em sistemas oficiais, uso de interpostas pessoas (laranjas) e contratos simulados, com o objetivo de blindar os verdadeiros responsáveis, legitimar de forma fraudulenta a posse e dar aparência de regularidade à grilagem de terras públicas federais.

De acordo com as apurações, os investigados financiaram o desmatamento, arrendaram ilegalmente as áreas embargadas, introduziram rebanhos bovinos e construíram falsas cadeias documentais para se esquivar das penalidades administrativas e criminais.

As investigações revelaram uma associação criminosa reiterada, com atuação sofisticada e continuada ao longo dos anos, voltada a explorar economicamente a Amazônia em prejuízo da União e da sociedade.

MP cobra explicações sobre categoria Gospel em Festival da Canção organizado pela FEM

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) abriu procedimento administrativo para investigar o Festival Estadual da Canção 2025, realizado pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), e questionar a existência de uma categoria chamada “Gospel” no regulamento do evento. Documento obtido através de fontes com exclusividade pela Folha do Acre mostra que o órgão requisitou informações à presidência da fundação, sob a alegação de possível afronta ao princípio constitucional da laicidade estatal.

O ofício, assinado pelo promotor de Justiça Thalles Ferreira Costa e datado de 21 de agosto, solicita que o presidente da FEM, Minoru Kinpara, informe em cinco dias a origem e a destinação dos recursos usados no festival, encaminhe cópia integral do edital e comprove se houve participação social em sua aprovação. O MP também pede justificativa formal para a criação da categoria Gospel e esclarecimentos sobre eventual colaboração ou contrapartida que legitime a sua inclusão em um evento custeado com verba pública.

O festival é financiado por meio de uma emenda parlamentar de R$ 745 mil, de autoria do senador Alan Rick (União Brasil-AC). O evento prevê prêmios de até R$ 10 mil e tem etapas em Rio Branco, Brasiléia e Cruzeiro do Sul. No regulamento original, a categoria Gospel exigia vínculo religioso formal dos participantes, mas essa condição foi retirada após críticas, em retificação publicada no último dia 20. A alteração, no entanto, não eliminou os questionamentos sobre a pertinência de uma categoria religiosa em um concurso musical custeado com dinheiro público.

A investigação do MPAC ocorre em meio a um contexto mais amplo de fiscalização sobre a relação do poder público com manifestações religiosas no Acre. Em junho, o órgão ajuizou ação civil pública para garantir direitos de comunidades de matriz africana, apontando omissões e tratamento desigual em políticas públicas. O caso do Festival da Canção deve servir de novo teste para os limites da chamada “laicidade colaborativa”, prevista no Estado brasileiro, e poderá ter reflexos na definição de critérios para futuros projetos culturais no Estado.

O não cumprimento da requisição dentro do prazo estabelecido pelo Ministério Público pode configurar crime, conforme previsto no artigo 10 da Lei nº 7.347/85, sujeito a pena de até três anos de reclusão. A Fundação de Cultura Elias Mansour ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.

Justiça determina implantação de leitos de saúde mental em hospital de Brasileia após ação da Defensoria

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A Justiça do Acre determinou a implantação e o funcionamento de quatro leitos de saúde mental no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia. A medida resulta de uma Ação Civil Pública ajuizada pela Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC) e pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), que apontaram a ausência de estrutura adequada para o atendimento de pacientes em sofrimento psíquico na região.

Na decisão liminar, o Juízo da Vara Cível da Comarca de Brasiléia fixou prazo de 60 dias para a instalação do primeiro leito e de 120 dias para a conclusão dos quatro leitos, todos com equipe multiprofissional e fluxo de atendimento formalizado. Em caso de descumprimento, foi estabelecida multa de R$ 10 mil por dia de atraso.

O pedido das instituições foi fundamentado em vistorias técnicas realizadas desde 2022, que comprovaram que o hospital, referência para sete municípios do Alto Acre, não dispõe de leitos psiquiátricos nem de equipe especializada. Em situações de crise, pacientes eram atendidos em setores improvisados, como a sala vermelha do pronto-socorro, sem condições de segurança e estabilidade necessárias.

A Ação Civil Pública ressaltou que a falta de leitos estruturados compromete direitos assegurados pela Constituição Federal e pela Lei nº 10.216/2001, conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, que prevê o acesso a tratamento adequado em unidades de saúde mental inseridas na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Também foram citadas normas do Ministério da Saúde que determinam a existência de leitos de atenção integral em hospitais gerais e a formação de equipes multiprofissionais.

A implantação dos leitos deve ampliar a rede de atenção psicossocial no Alto Acre e garantir atendimento mais próximo e humanizado para pessoas em situação de vulnerabilidade psíquica.

Assessoria

Agência Nacional de Águas declara situação crítica de escassez hídrica em rios do Acre e Amazonas

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A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aprovou, nesta quinta-feira, 21, durante a 940ª Reunião Deliberativa Ordinária da Diretoria Colegiada, a declaração de situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos nos rios Juruá, Purus, Acre e Iaco, que atravessam o Acre e parte do Amazonas. A medida terá validade até 31 de outubro deste ano, passando a vigorar a partir da publicação no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo a ANA, a decisão tem como objetivo avaliar os impactos da seca sobre os múltiplos usos da água e propor ações de mitigação em articulação com os setores usuários. O órgão poderá, inclusive, adotar regras excepcionais de utilização e autorizar mecanismos tarifários emergenciais para prestadores de serviços de saneamento, a fim de compensar custos adicionais decorrentes da crise.

As análises hidrometeorológicas indicam que os rios da região amazônica estão em níveis muito abaixo da média. O cenário é ainda mais grave nos rios Purus e Juruá, onde a maioria das estações de monitoramento já registra situação classificada como severa.

Desde 2023, a região enfrenta chuvas abaixo do esperado. A previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Censipam aponta que o quadro deve persistir até outubro, com possibilidade de melhora apenas no final do período seco.

Com a declaração, a ANA pretende reforçar o monitoramento dos rios, apoiar estados e municípios em eventuais decretos de emergência e orientar medidas preventivas para reduzir os impactos da estiagem. A medida também funciona como alerta para que setores usuários de água acionem seus planos de contingência.

De acordo com a Lei nº 9.984/2000, que criou a Agência, cabe à ANA declarar a situação crítica de escassez de recursos hídricos nos corpos de domínio da União — interestaduais, transfronteiriços e reservatórios federais —, sempre com base em estudos técnicos e dados de monitoramento.

Acre reduz área de queimadas em 70% em um ano com ações integradas e estratégicas

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Dados recentes do Projeto AcreQueimadas, divulgados no último dia 17, desenvolvido pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (LabGAMA) da Universidade Federal do Acre (Ufac), revelam uma queda significativa de 70% na área queimada no estado entre 2024 e 2025.

Até 15 de agosto deste ano foram registrados 8.882 hectares atingidos pelo fogo em todo o território acreano, apontando também uma redução de aproximadamente 60% em comparação com os alertas do mesmo período de 2024, que são notificações emitidas por sistemas de monitoramento que indicam a ocorrência ou risco iminente de fogo em áreas naturais. Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, os números refletem o impacto positivo de ações integradas entre órgãos públicos, além de estratégias pontuais de prevenção e combate.

“Isso reflete, evidentemente, o trabalho integrado que o estado do Acre vem realizando, seja por meio do Corpo de Bombeiros, que lançou a Operação Fogo Controlado, e atua também de forma preventiva, seja através do grupo operacional de comando e controle, coordenado pela Casa Civil. Iniciamos também as ações da Operação Contenção Verde, que já está em sua quarta fase, realizada nesta semana em Cruzeiro do Sul. E, naturalmente, há ainda o trabalho contínuo de educação ambiental”, pontua o secretário.

A aproximação com os municípios foi fundamental para que essas linhas estratégicas surtissem efeito, pois se trata de um trabalho coordenado que ganhou força justamente por meio desse elo.

“Conversamos com as secretarias municipais, solicitando maior envolvimento na causa ambiental, especialmente nos municípios prioritários como Feijó, Tarauacá e Manoel Urbano. Acredito que isso tem surtido efeito. Também não podemos deixar de reconhecer, evidentemente, o trabalho realizado pelo governo federal, dentro dessa integração, que busca coibir as ilegalidades. Trata-se, portanto, de um conjunto de fatores que têm fortalecido a atuação dos órgãos ambientais, permitindo que alcancemos resultados expressivos. E, naturalmente, nosso objetivo é que esses avanços se perpetuem”, explica.

Mesmo com os resultados positivos, Carvalho alerta que ainda há pela frente um mês desafiador: setembro, período em que foram registradas as menores cotas históricas do Rio Acre e que também concentra o aumento da poluição do ar.

“É hora de manter a ação e seguir buscando esses resultados, reduzindo os números, porque, no fim das contas, isso é bom para a população, especialmente pela questão da saúde. Ninguém quer mais, e ninguém aceita, um ambiente poluído como tivemos no ano passado. Esse é um pedido do governador Gladson Camelí a todos os órgãos ambientais: que tomem atitudes concretas para melhorar a qualidade do ar, reduzir as queimadas e conter o desmatamento. É isso que temos percebido aqui, com o engajamento de todos os órgãos de meio ambiente.”

Com informações Agência de Notícias do Acre

IML identifica corpo encontrado com sinais de execução dentro do Rio Acre

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O corpo encontrado ao lado de uma canoa boiando dentro do Rio Acre é de Maricêlio Oliveira da Silva, de 32 anos. A confirmação foi feita através de exames específicos realizados no Instituto de Identificação.

Familiares e amigos compareceram no IML para os devidos procedimentos. A vítima estava desaparecido desde a última terça-feira (19), quando foi visto pela última vez.

O corpo de Maricêlio foi encontrado com as mãos amarradas para trás, e com sinais de disparos de arma de fogo na região da cabeça, caracterizando uma execução.

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

ITERACRE investe R$ 6 milhões em Xapuri para regularização fundiária e emissão de títulos de propriedade

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O Instituto de Terras do Acre (ITERACRE) está investindo R$ 6 milhões, oriundos de recursos próprios do Tesouro Estadual, no município de Xapuri, terra natal do líder seringueiro Chico Mendes. O montante faz parte de um amplo programa de regularização fundiária que vem transformando a realidade de bairros consolidados e áreas rurais do município.

Segundo o órgão, desde 2023 até agosto de 2025, já foram emitidos mais de 2 mil títulos de propriedade em Xapuri, garantindo segurança jurídica e valorização para centenas de famílias. Ao todo, no Acre, o ITERACRE já tem 10 mil títulos prontos para entrega neste ano de 2025.

Entre os locais beneficiados estão o Bairro Laranjal, Zona Rural, Pantanal, Hermínio de Melo e Constantino, além de áreas estratégicas como o aeródromo e o terreno destinado ao Corpo de Bombeiros, fruto do alinhamento entre a gestão atual liderança pela Presidente Gabriela Câmara e o superintendente da SPU, Thiago Mourão.

Outro destaque é a doação da área do Mutirão para o Estado, que permitirá a regularização de um bairro já consolidado, atendendo a uma demanda histórica da população. Na zona rural, foram beneficiados os polos da Variante, da Borracha e estão em andamento com processos em cartório para registos polo da Sibéria, todos em Xapuri. Também estará sendo completado as entidades religiosas do município de diversas denominações.

As áreas em processo de regularização já se encontram na fase final, e em seguida seguem para definição da agenda do governador para a realização das entregas. A expectativa é que a próxima etapa que contemplará nossas áreas ocorra em outubro ou setembro de 2025, com entrega oficial de novos títulos às famílias.

A regularização fundiária vai além da entrega de títulos: ela assegura às famílias o direito à propriedade, amplia as possibilidades de acesso a crédito, valoriza imóveis e contribui para o desenvolvimento urbano e rural.

Vale ressaltar que o ITERACRE tem um núcleo de atendimento ao público no município, que funciona das 07h às 14h na Secretaria Municipal do Meio Ambiente, através de uma parceria com a Prefeitura de Xapuri.

Com esse investimento expressivo, o Governo do Estado do Acre, na gestão do governador Gladson Cameli (PP) reforça seu compromisso com a justiça social e o desenvolvimento sustentável em Xapuri, cidade símbolo da luta pela reforma agrária e preservação ambiental.

PM prende homem com mais de R$ 125 mil reais em cocaína e skunk no bairro Calafate, em Rio Branco

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Policiais Militares do 1º Batalhão realizavam um patrulhamento preventivo e ostensivo na manhã desta quinta feira (21), nas ruas do bairro Calafate em Rio Branco, quando de forma inesperada receberam a informação de que em um apartamento localizado na Rua Bom Jesus havia um homem supostamente comercializando entorpecentes.

Diante das informações, a guarnição se dirigiu até o local informado. Os policiais observaram pela janela aberta do apartamento, e encontraram um homem identificado como Cidney da Silva e Silva, de 39 anos, deitado na cama do quarto clamando por socorro. O suspeito apresentava sinais de enfermidade, e autorizou a entrada dos policiais no imóvel. Ele informou que as drogas estavam dentro de um saco de estopas. Após averiguar o conteúdo, foi descoberto 13 tijolos e uma bola de skunk, e um tijolo com mais de meio kg de cocaína. O skunk após ser pesado totalizou 11,3 kg da droga. Cada kg é comprado pelo valor de R$ 10 mil reais, totalizando mais de R$ 111 mil reais em prejuízos somente da super maconha. Já o kg da cocaína é comprada pelo valor médio de R$ 30 mil reais, ou seja, o meio quilo apreendido somou mais de R$ 15 mil reais em prejuízo ao crime organizado.

Cidney da Silva e Silva foi levado pelo Samu para ser medicado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Franco Silva, na Baixada da Sobral. O monitorado da justiça confessou que responde pelos crimes de homicídio, duas tentativas de homicídios, além de tráfico de drogas.

Após ser medicado e liberado da unidade de saúde, ele foi conduzido para a Delegacia Central de Flagrantes (DEFLA) para que sejam tomadas as devidas providências cabíveis.

Monitorado da Justiça é encontrado morto em via pública no interior do Acre

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Arizon Barbosa dos Santos, de 25 anos, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (21), na Rua Cinco, no bairro Bela Vista, no município de Assis Brasil, interior do Acre.

Segundo informações repassadas pelas autoridades locais. A vítima foi encontrada por populares que passavam pelo local.

A Polícia Militar foi informada. Uma guarnição do município de Assis Brasil foi ao local para averiguar a informação e encontrou Arizon caído em meio a uma aérea de mata já sem vida.

O Departamento de Polícia Técnico Científico (DPTC) de Brasileia foi solicitado para a realização dos procedimentos de perícia e remoção do corpo.

A polícia informou que Arizon era monitorado da Justiça por tornozeleira eletrônica. As circunstâncias da morte serão investigadas pela Polícia Civil de Assis Brasil.

Corpo de homem com sinais de execução é encontrado ao lado de canoa dentro do Rio Acre, em Rio Branco

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Na tarde desta quinta feira (21), o corpo de um homem ainda não identificado foi encontrado ao lado de uma canoa dentro do Rio Acre, no bairro Cidade Nova, em Rio Branco.

A descoberta foi feita por um morador que percebeu o corpo boiando nas águas do rio.

A Polícia Militar foi informada. Várias guarnições foram ao local indicado para averiguar a veracidade das informações. Diante da constatação, o local foi isolado para os trabalhos de perícia.

Uma guarnição do Corpo de Bombeiros foi solicitado para ajudar na retirada do cadáver.

A polícia informou que existiam sinais nítidos de perfurações causadas por disparos de arma de fogo na região da cabeça.

O Departamento de Polícia Técnico Científico (DPTC) foi informado. A equipe plantonista do IML foi ao local para os devidos procedimentos de perícia e remoção do corpo. Após retirar a vítima de dentro da água, foi constatado que o corpo estava com as mãos amarradas.

Investigadores da equipe de Pronto Emprego (EPE) compareceram no local para obter informações que possam levar a identificação do cadáver.

O caso que possivelmente trata-se de uma execução será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).