domingo, 29 junho 2025
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Durante sessão do Pleno, presidente do TCE destaca cumprimento de medidas cautelares por parte do secretário de Educação

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Durante a sessão do Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC), realizada nesta quinta-feira, 12 de junho, a presidente da Corte, conselheira Dulce Benício, esclareceu que todas as medidas previstas em cautelar relacionada à Secretaria de Estado de Educação foram plenamente cumpridas, inclusive além do que havia sido inicialmente determinado.

A manifestação ocorreu em referência à atuação do Tribunal diante de denúncias envolvendo a gestão da educação estadual. De acordo com a presidente, o titular da pasta adotou voluntariamente todas as providências exigidas pela Corte de Contas.

“Durante a sessão eu destaquei o cumprimento, para além inclusive do que tinha sido pedido pela cautelar, e que toda essa responsabilidade que estava envolvendo o secretário já foi resolvida, e que essa matéria vai ser já encaminhada ao relator dando ciência a ele de que todas as medidas foram cumpridas, foram adotadas de maneira voluntária pelo secretário da Educação, estando essa situação da cautelar em relação ao secretário totalmente resolvida”, afirmou a conselheira Dulce Benício.

O TCE-AC reforça, com isso, seu compromisso com a legalidade, o devido processo e a celeridade nas ações fiscalizatórias, atuando com responsabilidade e respeito às garantias constitucionais dos gestores públicos.

“Quero paz, quem quiser brigar que brigue só”, diz Cesário sobre a recusa de Jorge Viana em apoiar sua candidatura a presidente do PT

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A disputa pela presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre reacendeu um antigo racha interno e colocou, mais uma vez, o ex-senador Jorge Viana (PT) no centro de uma crise política. A eleição, marcada para o próximo mês, virou palco de um confronto direto entre Viana e o militante histórico Cesário Braga, chefe do escritório do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Acre, favorito na disputa e que conta com apoio da maioria das correntes internas da sigla.

Apesar do favoritismo, Cesário enfrenta forte resistência do ex-senador, que já comunicou à direção estadual que não aceitará, sob nenhuma hipótese, que ele assuma o comando partidário. Segundo informações publicadas pelo Blog do Crica, Jorge Viana chegou a ameaçar não participar do processo caso a candidatura de Cesário seja mantida.

O embate tem raízes antigas. A mágoa de Jorge remonta a 2018, quando o grupo Democracia Radical (DR), liderado por Cesário, lançou Ney Amorim como candidato ao Senado, dividindo os votos petistas e contribuindo para a derrota de Viana naquela eleição. Mais recentemente, Viana também articulou o veto à indicação de Cesário para a superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Acre, ampliando o desgaste entre os dois.

Enquanto Jorge Viana tenta viabilizar o nome do vereador André Kamai (PT) como alternativa, o grupo de Cesário se fortalece e já sinaliza que, se eleito, apoiará o próprio Viana como candidato ao Senado em 2026. “Não estou brigando e nem quero brigar com ninguém, mas tenho o direito, como qualquer filiado, de querer ser candidato a presidente para juntar os pedaços do PT. Quero paz. Quem quiser brigar que brigue só”, afirmou Cesário Braga ao Blog do Crica.

O impasse deve ser tema de uma reunião nos próximos dias, mas o clima é de difícil conciliação. Nos bastidores, a disputa não é apenas por comando político, mas também pelo controle do Fundo Eleitoral da sigla no estado, o que aumenta o peso da escolha do novo presidente.

A eleição para a escolha do novo presidente estadual está marcada para o dia 6 de julho e, até o momento, Cesário Braga é o único candidato inscrito para o cargo.

Deputada Antônia Lúcia propõe audiência pública para buscar solução pacífica em litígio fundiário em Xapuri

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Em mais uma ação voltada à defesa dos direitos das populações vulneráveis do Acre, a deputada federal Antônia Lúcia Câmara, presidente da Frente Parlamentar Mista de Apoio às Defensorias Públicas dos Estados e da União, visitou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) nesta semana, logo após uma conversa telefônica com o Defensor Público-Geral da União, Dr. Leonardo Magalhães. Antônia Lúcia propôs uma audiência pública para tratar a questão do litígio fundiário em Xapuri.

Recebida pelo coordenador territorial do ICMBio, Jordam Vieira, e pelo fiscal Fernando, a parlamentar esteve na sede do Instituto para conhecer de perto o trabalho de fiscalização ambiental realizado na região de Xapuri, no Acre, área que abriga mais de 200 famílias em situação de vulnerabilidade social e jurídica.

Sensibilizada com os relatos e preocupada com o impacto das ações de fiscalização sobre a população local, Antônia Lúcia buscou apoio do Defensor Público-Chefe da União Substituto, Dr. Rodrigo Kobayashi Dói, com quem dialogou sobre a necessidade de uma mediação institucional.

Como encaminhamento imediato, a deputada propôs a realização de uma audiência pública com a presença de representantes do ICMBio, Defensoria Pública da União, Ministério do Meio Ambiente, líderes comunitários, parlamentares e demais órgãos competentes. O objetivo é promover o esclarecimento dos fatos, ouvir todas as partes envolvidas e construir soluções conjuntas, justas, pacíficas e sustentáveis para o litígio que afeta as famílias da região.

“A situação dessas mais de 200 famílias em Xapuri exige não apenas atenção, mas um esforço coordenado entre os poderes e instituições. É nosso dever garantir que o meio ambiente seja preservado sem desconsiderar a dignidade e os direitos das comunidades que há décadas habitam essas áreas”, afirmou a deputada.

A audiência pública está em fase de articulação, e deve acontecer nas próximas semanas com o objetivo de garantir voz às comunidades tradicionais e promover o equilíbrio entre conservação ambiental e justiça social

Bocalom mostra chegada de vigas de ferro e anuncia entrega do viaduto da AABB para outubro

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O prefeito Tião Bocalom anunciou nesta quinta-feira (12) que o viaduto da AABB, em Rio Branco, deverá ficar pronto até outubro deste ano.

Bocalom mostrou em suas redes sociais a chegada de vigas de ferro vindas do Rio de Janeiro para dar andamento à obra.

“A parte de concreto já ficou pronta e agora chegou as vigas de ferro. Vamos colocar todas as vigas e meter concreto em cima. Se Deus quiser lá por setembro ou outubro a gente inaugura”, disse Bocalom.

Mesmo com queda, Acre é o 7º estado com maior taxa de feminicídios no país

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O Acre registrou uma redução de 20% no número de feminicídios em 2024, segundo dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp)na última quarta-feira, 11. O estado passou de 10 vítimas em 2023 para 8 no ano passado. Mesmo com a queda, a taxa acreana de feminicídios ainda é alta: 1,82 casos por 100 mil mulheres, índice superior à média nacional.

A redução pode ser reflexo de ações locais de enfrentamento à violência contra a mulher, mas o dado ainda acende um alerta sobre a necessidade de políticas mais eficazes e contínuas de proteção. O Acre ocupa a 7ª posição entre os estados com as maiores taxas do país.

Em todo o Brasil, os números permaneceram relativamente estáveis no último ano. Foram 1.459 vítimas de feminicídio em 2024, contra 1.449 em 2023, um aumento de 0,69%. A taxa nacional segue em 1,34 casos por 100 mil mulheres. Em média, quatro mulheres foram mortas por dia no país por razões relacionadas ao gênero, em contextos de violência doméstica, familiar ou por discriminação e menosprezo à condição feminina.

O levantamento também destacou os estados com os maiores índices: Mato Grosso lidera com 2,47 casos por 100 mil mulheres, seguido por Mato Grosso do Sul (2,39) e Piauí (2,32). Já o Amapá apresentou a menor taxa do país, com 0,50 casos por 100 mil mulheres.

IML identifica homem encontrado morto em Rio Branco e procura por parentes da vítima

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O corpo de um homem de 44 anos, identificado como Gleydson Antônio Lima de Sousa, encontra-se no Instituto Médico Legal de Rio Branco, aguardando sua retirada por familiares.

Gleudson foi encontrado morto no dia 09 deste mês, em via pública, na rua Maria de Lourdes, no bairro Triângulo Novo, no Segundo Distrito de Rio Branco.

Populares notaram a presença de um homem deitado e não apresentava sinais vitais. A Polícia Militar foi chamada, diante das informações, uma guarnição de policiais do 2º Batalhão foram ao local para averiguar as circunstâncias e encontraram a vítima já sem vida.

O Departamento de Polícia Técnico Científico (DPTC) foi informado. A equipe de profissionais plantonista do Instituto Médico Legal (IML) foi ao local, realizou os procedimentos de perícia e remoção do corpo. Inicialmente não foi identificado nenhum sinal de violência em seu corpo. A polícia acredita que ele possa ter morrido de overdose por se tratar de morador em situação de rua.

Após os procedimentos papiloscópicos realizados no Instituto de Identificação e Criminalística, o corpo foi devidamente identificado.

A direção do DPTC solicita a presença de algum familiar para retirar o corpo. O prazo para permanência do cadáver no IML é de 15 dias, caso nenhum familiar apareça, seu corpo será enterrado pelo estado.

Polícia realiza prisões por crime bárbaro e tráfico de drogas em operações distintas

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A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia-Geral de Tarauacá, realizou, em menos de 24 horas, duas importantes ações que resultaram na prisão de quatro indivíduos envolvidos em crimes distintos, reforçando o trabalho intenso da instituição no combate à criminalidade no município.

Na manhã desta quinta-feira, 12, a equipe de investigadores deflagrou uma operação para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca domiciliar, autorizados pelo Poder Judiciário, contra dois indivíduos suspeitos de cometer um crime bárbaro contra Jarison da Silva Albuquerque, de 19 anos.

Foram presos I.N. da Silva, de 21 anos, e M.J.S.D., de 25 anos, acusados de agredir brutalmente a vítima utilizando uma machadinha de carpinteiro, amputando os dedos indicador e médio da mão direita. O crime ocorreu em uma área isolada no entroncamento dos ramais da Aldeia do 27 e Macaco Preto. Mesmo gravemente ferido, Jarison conseguiu caminhar até o hospital, onde recebeu atendimento médico.

O mandado de prisão de M.J.S.D. foi cumprido no Presídio Moacir Prado, onde ele já cumpria pena por outro episódio de violência contra a mesma vítima. Em uma ocasião anterior, Jarison foi espancado com pedaços de madeira por três indivíduos nas proximidades da rodoviária da cidade, o que lhe causou sérios ferimentos na cabeça. Os envolvidos foram presos em flagrante na época.

Em outra ação, realizada na quarta-feira, 11, investigadores da mesma delegacia realizaram diligências após o registro de um furto. As investigações apontaram como autor Marcos, conhecido no meio policial por reincidência em crimes contra o patrimônio. Ao ser abordado em frente à sua residência, ele confessou ter vendido um relógio furtado, o item de maior valor da ocorrência, a um homem identificado como “Antonio” por R$ 30,00.

Com a colaboração de Marcos, os policiais chegaram até a residência de “Antonio”, no bairro Triângulo. No local, ele confirmou a compra do relógio. Como já havia denúncias de que o mesmo estaria envolvido com o tráfico de drogas, a equipe realizou buscas autorizadas no imóvel.

Durante a inspeção, foram encontrados no quarto de “Antonio” três trouxinhas de entorpecente, plástico filme, pedaços de sacolas, linha de costura e o relógio furtado. Diante dos fatos, ele recebeu voz de prisão pelos crimes de receptação e tráfico de drogas.

O delegado responsável pelas investigações, Dr. José Ronério, ressaltou a atuação eficaz das equipes policiais. “A Polícia Civil de Tarauacá tem atuado de forma firme e estratégica no combate à criminalidade. Essas ações refletem nosso compromisso com a segurança da população e a garantia de justiça, especialmente em casos de violência extrema e tráfico de entorpecentes, que tanto afetam nossa sociedade”, destacou.

Fonte: Ascom Polícia Civil

Servidores públicos vão à Aleac cobrar reajuste salarial e melhores condições de trabalho

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Na manhã desta quinta-feira, 12, foi realizado na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) uma audiência pública com representantes de 18 sindicatos de servidores públicos, para discutir demandas salariais e condições de trabalho. A reunião foi proposta pelo deputado Adailton Cruz e contou com a presença de trabalhadores de diversas categorias.

O principal ponto levantado pelos servidores é a reivindicação de um novo Reajuste Geral Anual (RGA), referente às perdas inflacionárias acumuladas nos últimos três anos. Além disso, as categorias cobram a ampliação do auxílio-saúde, atualmente restrito a alguns setores, como a área da Saúde.

“É um movimento importante porque todos os trabalhadores públicos do Acre estão aqui. O pedido deles é a realização de um novo RGA, que é o reajuste linear para os trabalhadores. Eles também desejam estender e criar o auxílio-saúde, pois atualmente apenas a saúde recebe esse benefício”, destacou o deputado Adailton Cruz.

Durante a audiência, os representantes sindicais também denunciaram a defasagem salarial, a precariedade das condições de trabalho e o descaso com o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), principalmente na área da Saúde.

“Eu busco hoje aqui reivindicar um equilíbrio dentro do sistema financeiro. Equilíbrio das classes, valorização, honra, consideração, respeito, que a gente não vê mais. No próximo pleito eleitoral, vamos colocar servidor público na Casa”, afirmou Solange Cruz, representante do Sindicato dos Fazendários do Acre (Sinfac).

A situação dos profissionais da saúde foi um dos pontos mais críticos apresentados. Alesta Amâncio, representante do Sindicato dos Profissionais, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, falou sobre a realidade enfrentada por muitos trabalhadores da categoria.

“Nós vivemos num mundo de escravidão do plantão extra, que é negociado. Se você vai para o movimento, perde seu plantão. Temos muitos aposentados da Saúde passando fome, indo ao sindicato pedir ajuda para comprar uma dipirona. Essa é a realidade. E aí vemos secretário ganhando R$ 35 mil por mês. Pedimos 20% de reposição e dizem que a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite. Gastaram mais de R$ 1 milhão para reformular o PCCR e até agora não concluíram. Não há alternativa para nós: é parar e mostrar ao governo que precisamos de um olhar diferenciado”, desabafou.

João Paulo, representante do Sindicato dos Técnicos em Gestão Pública (Sintage), reforçou a necessidade de união entre as categorias para garantir avanços. “O que estamos fazendo aqui é isso: discutindo. Quem não se reúne e não discute não avança, não conquista. Precisamos sanar essas pendências para melhorar o nosso ambiente de trabalho”, disse.

PM prende foragido da Justiça acusado de integrar organização criminosa em Rio Branco

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Policiais militares do 1º Batalhão da PM, sob o comando do 3º sargento Rufino, realizavam um patrulhamento preventivo e ostensivo na manhã desta quinta-feira (12), nas ruas do centro de Rio Branco, com o objetivo de garantir a paz e a tranquilidade principalmente dos comerciantes da cidade, coibindo ilícitos praticados por pessoas mal intencionadas.

A guarnição em serviço entrou na Rua São Paulo, no bairro Dom Giocondo, próximo ao cemitério São João Batista, e visualizou um homem que levantou suspeita dos policiais.

Foi dado voz de parada ao cidadão para averiguação de rotina, ao pesquisar o nome no Banco Nacional de Dados do Sistema Judiciário, foi descoberto um mandado de prisão em seu desfavor pelo crime de integrar organização criminosa no Acre.

A decisão foi da Vara de Delitos e Organizações Criminosas da Comarca de Rio Branco.

Ismael Martins Gomes, de 32 anos, recebeu voz de prisão e foi conduzido para a Delegacia Central de Flagrantes. Em conversa com a polícia, ele revelou que já foi preso por tráfico de drogas e sentenciado a 6 anos de reclusão, contudo, ele já teria pago a pena. Novamente preso por mandado de prisão preventiva, Ismael encontra-se à disposição da Justiça.

Mulheres Huni Kuin tecem um futuro com arte, regeneração e sabedoria ancestral

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No Jordão, no Acre, nasce o Projeto CASA Ainbu Daya, criado pelas mulheres indígenas Huni Kuin em busca de preservar a cultura do seu povo, fortalecer as novas gerações e incentivar a autonomia econômica de forma regenerativa com a floresta

Diante de um desafio recorrente das mulheres indígenas Huni Kuin – a dificuldade de escoamento de suas artes e o desestímulo à produção pelas novas gerações – nasce o Projeto CASA Ainbu Daya, realizado com apoio do programa Rouanet Norte e patrocínio do Banco da Amazônia, no Jordão, Acre.

Como espaço de encontro e inspiração, a Casa de Cultura, Arte e Saberes Ancestrais foi inaugurada em junho de 2025, com o propósito de promover autonomia econômica, preservação da cultura e fortalecimento das mulheres por meio da arte, formação e valorização dos saberes tradicionais. A casa foi alugada por 6 meses e será ateliê e sede para as ações do Instituto Ainbu Daya.

Durante este tempo, 44 mestras artesãs, guardiãs dos saberes tradicionais Huni Kuin, receberão bolsas mensais no valor total de R$ 96 mil, como incentivo para que continuem produzindo, ensinando e fortalecendo tradições através de seu trabalho artístico e cultural. Esse reconhecimento financeiro é uma reparação histórica que amplia vozes, gera renda e inspira jovens artesãs por meio da arte e do empreendedorismo.

O projeto também contempla 6 meses de oficinas on-line, com temas como: Gestão e Empreendedorismo, Finanças Básicas, Cadastro de Artesã/MEI, Informática Básica, Mídias Sociais e Desenvolvimento Criativo.

“Aqui nas aldeias algumas mulheres não falam tão bem o português e é difícil vender e ter retorno. Então esse projeto ajuda muito para que essa troca de saberes possa acontecer e para o reconhecimento do valor desse trabalho. Essa ajuda financeira também é importante para que as mulheres de diferentes aldeias possam se encontrar e transportar as artes, pois os custos são muito altos para transporte”, compartilha Batani Huni Kuin, 42 anos, vice-presidente do Instituto.

Kenê Kuĩ: patrimônio vivo, linguagem ancestral

No ano em que o Kene Kuĩ – grafismo Huni Kuin – foi reconhecido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como Patrimônio Cultural do Brasil, realizar este projeto junto às aïbu keneya, mestras do desenho e guardiãs dos saberes tradicionais, representa um passo importante na preservação cultural Huni Kuin, etnia com maior população no Acre.

São as mulheres Huni Kuin que desenham o invisível através da tecelagem, cerâmica, cestaria e pintura e transmitem os saberes da existência de seu povo por meio de histórias, cantos e rituais. Seus grafismos – inspirados na relação com os yuxibu, espíritos da floresta – revelam a força de animais como a jiboia e a aranha. Mas o Kene não é apenas arte: é linguagem, ensinamento e cosmologia viva. Cada peça produzida é única e transcende a estética para afirmar a cultura e resistência do povo Huni Kuin.

Instituto Ainbu Daya: Mulheres Tecendo o Futuro

O Instituto Ainbu Daya é uma organização indígena que nasce da força ancestral e do sonho coletivo das mulheres dos três territórios Huni Kuin do Jordão: Alto Jordão, Baixo Jordão e Seringal Independência. Promove o protagonismo feminino dentro e fora das aldeias, com foco na transmissão de saberes, geração de renda e fortalecimento cultural.

Apoio e Reconhecimento

A realização deste projeto é uma conquista pelo Programa Rouanet Norte, com o patrocínio do Banco da Amazônia, parceria do Banco do Brasil, Caixa e Correios, com realização do Ministério da Cultura e Governo Federal.

O projeto está em sintonia com os princípios da Agenda 2030 da ONU e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), evidenciando o protagonismo indígena na preservação e regeneração da floresta amazônica.

Este é um movimento histórico de união e visibilidade para o papel cultural e político das mulheres Huni Kuin que buscam a construção de um futuro que proteja a floresta e os modos de vida originários.