sexta-feira, 8 agosto 2025
Início Site Página 408

Mulher é atropelada por Land Rover no Acre e fica gravemente ferida

0

Um acidente de trânsito na Avenida Manoel Marinho Montes, em Brasiléia, deixou uma mulher de 28 anos, identificada como Euziane Batista Melo, com ferimentos graves no joelho. A colisão ocorreu quando a motociclista, pilotando uma moto Yamaha, foi surpreendida por um veículo Land Rover/Discovery que atravessou a via.

Testemunhas relataram que o carro saiu da rua que dá acesso ao antigo prédio da Cageacre, e, ao não conseguir desviar a tempo, Euziane colidiu violentamente com a parte dianteira esquerda do veículo. O impacto resultou em um corte profundo na lateral do joelho direito, com exposição de tecido.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram rapidamente acionadas e prestaram os primeiros socorros no local. A vítima foi encaminhada ao Hospital Regional do Alto Acre Raimundo Chaar, onde recebeu atendimento médico. Segundo informações, apesar das lesões, Euziane não teria sofrido fraturas ósseas, mas passaria por cuidados para evitar possíveis infecções.

A Polícia Militar do 5º Batalhão registrou o acidente como Lesão Corporal Culposa. A condutora do Land Rover, identificada apenas como Lauana, relatou que acessou a Avenida após um veículo lhe oferecer passagem e foi surpreendida pela moto, que ultrapassou o carro em velocidade indo colidir no seu.

As autoridades confeccionaram o Boletim de Ocorrência para apurar os detalhes do incidente.

Informações O Alto Acre

Governo do Acre, através do Iteracre, participa da expansão da regularização fundiária em Plácido de Castro

0

A regularização fundiária é um processo que visa legalizar a posse de áreas irregulares. É através desse processo que ocupantes, seja pessoa física ou jurídica, têm o direito legítimo à propriedade.

É para fazer valer o direito legítimo de propriedade que o governo do Acre, através do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), tem se dedicado a trabalhar arduamente no quesito regularização fundiária.

O  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou em sua última pesquisa feita em 2020 que existem, em todo o país, mais de 5 milhões de moradias irregulares, embora seja no ano de 2025 que houve crescimento expressivo de assentamentos urbanos irregulares, tornando-se algo notório no Brasil.

Fica claro que este não é um problema que somente o Acre vem enfrentado, mas fato é que o governo do Acre luta diariamente contra essas estatísticas.

Para combater essas irregularidades, o governo do Acre, através do Iteracre, vem trabalhando para mudar essa realidade instituída por anos.

No sentido de lutar pela expansão da regularização fundiária, a presidente do Iteracre, Gabriela Câmara, cumprindo ordens do governador Gladson Cameli, esteve em Plácido de Castro falando a respeito da importância da regularização fundiária.

“Plácido De Castro é um município que eu tenho muito carinho, pois quando criança eu vinha para esse município acompanhar algumas atividades políticas da minha família e, quando gestora da rede de comunicação, lembro que ficava no hotel do Seu Ferreirinha e família que tenho muito respeito e gratidão. Para mim é uma honra estar com vocês e anunciar que vamos neste ano de 2025 trabalhar em Plácido de Castro e iniciar análise técnica de áreas aptas a serem regularizadas”, salientou a presidente se dirigindo ao prefeito Camilo da Silva.

O Iteracre

O Instituto de Terras do Acre é uma instituição nova. Foi criada em 2001 com o propósito de retirar as famílias da condição de posseiros e torná-las proprietárias legítimas de suas áreas.

“Porém, esse processo é complexo e em um passado não muito distante demorava no mínimo 6 meses para ser concluído, mas é algo necessário e importante para o desenvolvimento do nosso estado e traz o números benefícios como”, disse Gabriela.

Conheça os benefícios da regularização fundiária:

1. Garantia da segurança jurídica dos ocupantes;

2. Combate a grilagem e a especulação imobiliária;

3. Promove o desenvolvimento urbano e rural de forma ordenada;

4. Fomenta a justiça social;

5. Valorização do imóvel;

6. Possibilita deixar o imóvel de herança;

7. O acesso a crédito bancário;

A luta pela expansão da regularização fundiária

Vale citar que para que a regularização fundiária aconteça é necessário que se vença várias etapas e com a participação de vários atores diferentes a depender das análises realizadas pela equipe técnica do Iteracre.

“Cada área tem a sua história de consolidação e nós precisamos respeitar e verificar todo levantamento fundiário”, diz a presidente.

O levantamento passa por etapas como:

1. mapeamento das áreas ocupadas;

2. comprovação da ocupação pacífica e contínua desse imóvel;

3. Análise da documentação: com objetivo de comprovar a posse daquela área e outros documentos necessários;

Vale ressaltar que a regularização é de responsabilidade do município. Conforme a lei número 13.465 o município é o principal responsável,  no entanto o Governo do Acre que trabalha pra cuidar das pessoas entende  que essa é uma política pública muito cara e de alta complexidade e, por isso, criou o programa Minha Terra de Papel Passado para auxiliar todos os 22 municípios do Acre, neste processo de regularização.

“Estamos contando com uma equipe de arquitetos, engenheiros, topógrafos e outros profissionais especialistas em regularização para auxiliar as prefeituras e garantir o que está escrito na Constituição Federal  sobre o direito à moradia. Sabemos que é principalmente através da regularização que levaremos o desenvolvimento territorial, e melhorias em diversos aspectos para nossa sociedade”, disse Gabriela.

Vale frisar que em em 2023 o Iteracre criou o Programa Igreja Legal que agora faz parte do PPA do Governo, por entender o papel social importantíssimo que as igrejas desenvolvem na sociedade, levando transformação, mas também auxiliando as famílias com projetos de utilidade pública.

“O Iteracre vem avançando e mostrando responsabilidade com essa política pública através de parcerias e ações”.

Parcerias para avançar

Para avançar cada vez mais o Iteracre conquistou parceiras com órgãos estratégicos como o Trinunal de Justiça, através da Corregedoria.

Outra parceria importante também firmada foi com os Cartórios que são fundamentais neste processo de regularização.

Importante também ressaltar a parceria com o Incra que garantiu acesso ao sistema via Iteracre.

“Aqui quero deixar meus agradecimentos aos superintendentes do Incra, Marcio, e o Tiago da SPU, os quais temos uma parceria e relação de respeito e apoio às ações. Recentemente pela primeira vez o Acre participou do programa Solo Seguro o que nos colocou em quarto lugar entre os estados da Amazônia Legal que mais entregou títulos definitivos, vejam bem não é concessão de uso é título definitivo. Estamos trabalhando seguindo a determinação do governador Gladson e da vice-governadora Mailza para tornar a regularização menos burocrática, mais acessível, possibilitando real a possibilidade de tornar o Acre um estado de proprietários”, concluiu Gabriela.

Coronel Ulysses se posiciona contra perseguição a Bolsonaro e reforça apoio ao ex-presidente

0

 

O deputado federal Coronel Ulysses (União Brasil-AC), uma das vozes mais firmes da direita no Acre, se manifestou publicamente contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou Jair Bolsonaro réu. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Ulysses classificou o processo como uma perseguição política sem precedentes e reafirmou seu apoio incondicional ao ex-presidente.

“O que estão fazendo com Bolsonaro é uma vergonha para o Brasil. Querem tirá-lo da disputa de 2026 porque sabem que, com o apoio do povo, ele será eleito novamente e colocará o país de volta nos trilhos”, afirmou o deputado.

Ulysses, que tem se consolidado como uma liderança forte da direita no Acre, destacou que a vida de Bolsonaro foi vasculhada de todas as formas e que, mesmo assim, nenhuma prova de crime foi encontrada. O deputado também criticou o que chamou de julgamento parcial e direcionado, ressaltando que a acusação de tentativa de golpe contra o ex-presidente é infundada.

“Querem condená-lo sem provas, usando delações forçadas e um processo cheio de ilegalidades. Mas o povo não aceita injustiça! Vamos continuar lutando para que Bolsonaro tenha o direito de disputar as eleições e devolver o Brasil ao seu verdadeiro dono: o povo brasileiro”, disse.

O posicionamento do Coronel Ulysses reforça seu alinhamento com a base conservadora e bolsonarista no Acre, consolidando-se como um dos principais defensores do legado de Bolsonaro no estado. Sua atuação tem sido marcada por um discurso firme em defesa da liberdade, da democracia e contra o que considera abusos do Judiciário.

Nos bastidores, aliados avaliam que a manifestação de Ulysses fortalece ainda mais sua liderança dentro do campo da direita e amplia sua influência na política nacional, especialmente no contexto das eleições de 2026.

“Conte comigo, presidente Bolsonaro! Eu e o povo brasileiro estamos do seu lado!”, concluiu o deputado em seu vídeo.

Deputado Calegário propõe frente parlamentar para atuar no combate aos crimes cibernéticos

0

 

Na manhã desta sexta-feira, a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) foi palco de uma audiência pública para debater o golpe do falso advogado, uma prática criminosa que tem vitimado diversos cidadãos no estado. Durante o encontro, o deputado estadual Fagner Calegário propôs a criação de uma Frente Parlamentar para discutir crimes cibernéticos, buscando soluções mais eficazes para combater esse tipo de fraude.

A audiência reuniu especialistas em segurança digital, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AC), membros do Ministério Público e vítimas desse golpe, que relataram as dificuldades enfrentadas para obter justiça. O falso advogado se apresenta como profissional da área jurídica, utilizando documentos falsificados e até mesmo informações sigilosas para enganar suas vítimas.

Calegário destacou a necessidade de uma ação legislativa mais ampla para enfrentar os crimes digitais. “O avanço da tecnologia trouxe benefícios, mas também abriu espaço para golpes sofisticados. Precisamos garantir que a população tenha mais segurança e que os criminosos sejam punidos com rigor”, afirmou o deputado.

A Frente Parlamentar proposta por Calegário pretende reunir parlamentares, órgãos de segurança e especialistas para elaborar estratégias de prevenção, endurecer punições e ampliar a conscientização sobre fraudes virtuais. O projeto será protocolado nos próximos dias na Aleac para análise e votação pelos deputados estaduais.

A iniciativa reforça a crescente preocupação com crimes cibernéticos no Acre, que vêm se tornando mais frequentes com o avanço do uso da internet para transações financeiras e serviços jurídicos.

Deputado Pedro Longo passará por cirurgia após romper ligamento do tendão do quadríceps

0

O deputado estadual Pedro Longo passará por cirurgia após romper o ligamento do tendão do quadríceps. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (29) pela assessoria de imprensa do parlamentar.

Confira a nota:

NOTA OFICIAL

Informamos que o deputado Pedro Longo sofreu a ruptura do ligamento do tendão do quadríceps e, nos próximos dias, será submetido a procedimento cirúrgico.

Após sentir uma forte dor, ele foi prontamente atendido pelo Samu, a quem agradecemos pelo profissionalismo no socorro.

Atualmente, o deputado já se encontra em casa, onde está recebendo os cuidados necessários até a realização da cirurgia. Seu quadro clínico é estável e ele está sendo acompanhado por equipe médica especializada.

Agradecemos todas as mensagens de apoio e solidariedade. Seguiremos atualizando sobre seu estado de saúde sempre que necessário.

O período de recuperação após a cirurgia será de aproximadamente seis semanas, durante o qual o deputado estará com movimentos limitados, o que impedirá o cumprimento da maior parte das agendas, pelo que pedimos a compreensão de todos.

Equipe deputado Pedro Longo

Famílias vítimas das enchentes começam a retornar para suas casas; 20 serão encaminhadas para aluguel social

0

A enchente do Rio Acre, que atingiu cerca de 43 bairros em Rio Branco, causou inúmeros prejuízos, incluindo o deslocamento de 171 famílias para abrigos. Agora, com o recuo das águas, grande parte dessas famílias está retornando para suas residências.

No entanto, 20 famílias serão encaminhadas para o programa de aluguel social, após vistoria da Defesa Civil que identificou que suas casas não apresentam condições seguras de habitação devido a danos estruturais.

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, ressaltou que, além do aluguel social, essas famílias serão incluídas em programas habitacionais do Município e do Governo Federal. “Elas vão para o aluguel social neste momento e, automaticamente, estarão incluídas em nossos programas habitacionais, como o Mínima Dignidade e o Minha Casa Minha Vida, ao qual a prefeitura também aderiu. Nosso objetivo é garantir que todas essas famílias tenham um lar digno, sem enfrentarem mais esse tipo de problema no futuro”, afirmou.

Segundo Ivan Ferreira, diretor da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), as vistorias constataram que algumas casas sofreram abalos em suas estruturas, tornando inviável o retorno de seus moradores. A gestão municipal segue acompanhando as famílias afetadas para garantir apoio e segurança durante o processo de recuperação.

Bocalom entrega novas adutoras na ETA II e destaca investimentos no sistema de abastecimento de água da capital

0

Na manhã desta sexta-feira, 28, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, visitou a Estação de Tratamento de Água (ETA II) para entregar as novas adutoras de captação de água do rio. A ação faz parte de um conjunto de melhorias no sistema de abastecimento da capital.

Durante a visita, o prefeito relembrou os desafios enfrentados desde 2022, quando assumiu a gestão do sistema de água. “Naquela época, não havia bombas de reserva. Em 2023, os tubos estouraram, e neste ano enfrentamos o problema das estações de captação virarem”, afirmou.

De acordo com Bocalom, parte do material para a melhoria do sistema, como tubos, registros, válvulas e conexões, já chegou. Para o início da próxima semana, está prevista a chegada de mais seis carretas com o restante dos materiais, além de quatro novas bombas.

O investimento total nas obras foi de R$ 17 milhões, financiado pelo Governo Federal, e visa garantir mais eficiência e segurança no abastecimento de água da cidade.

Negada liberdade provisória a suspeito de estupro de vulnerável em Acrelândia

0

Em audiência de custódia, Poder Judiciário converteu flagrante em prisão preventiva com base na necessidade de garantia da ordem pública e na conveniência da instrução criminal. Conforme a autoridade policial, suspeito também também teria conduzido veículo automotor sob a influência de bebida alcoólica na data do fato

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) decidiu negar pedido liminar de liberdade provisória formulado em habeas corpus, mantendo, assim, a prisão preventiva de um homem pelas supostas práticas dos crimes de estupro de vulnerável e condução de veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, no município de Acrelândia.

A decisão, proferida pelo desembargador Samoel Evangelista, considerou que não houve ilegalidade na prisão do suspeito, nem se verifica, nesse momento processual, qualquer ato de constrangimento ilegal perpetrado pelo juiz de Direito da Vara Criminal de Acrelândia, apontado como suposta autoridade coatora pela defesa do investigado.

Entenda o caso

De acordo com a decisão, o suspeito teria sido detido em flagrante no último dia 17 de março pelas autoridades policiais. Em audiência de custódia, o Juízo da Vara Criminal da Comarca de Acrelândia converteu o flagrante em prisão preventiva com fundamento na garantia da ordem pública e na conveniência da instrução criminal.

Dessa forma, a juíza de Direito titular da unidade judiciária considerou não ter havido ilegalidade ou vício no procedimento policial que resultou na prisão do suspeito, além de elementos suficientes para embasar a decretação da medida excepcional.

A defesa do custodiado, por sua vez, ingressou com habeas corpus com pedido liminar junto à Câmara Criminal para concessão de liberdade provisória, argumentando que o suspeito nega a autoria dos crimes e que, em tese, não estão presentes elementos que justifiquem a decretação da preventiva. Neste sentido, a defesa solicitou a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

Liberdade provisória negada

Ao apreciar o pedido liminar de liberdade provisória, o desembargador Samoel Evangelista divergiu da tese apresentada pela defesa, considerando que não há ilegalidade, nem coação na decretação da prisão preventiva do suspeito.

“Não obstante os argumentos expostos pelo paciente na petição inicial, referentes à negativa de autoria e falta dos pressupostos e requisitos exigidos para a prisão preventiva, ausência de fundamentação na decisão que a decretou e suas condições pessoais, não vislumbro nesta sede a ilegalidade apontada”, registrou o magistrado de 2º Grau na decisão.

Por fim, o desembargador decano do TJAC reiterou que a situação descrita na petição inicial, ao menos em uma primeira análise, não configura constrangimento ilegal, decidindo, assim, negar o pedido de liberdade provisória formulado em habeas corpus pela defesa do investigado.

Vale destacar que o mérito do remédio constitucional ainda será julgado de maneira colegiada com a participação de todos os desembargadores que integram a Câmara Criminal do TJAC.

Assaltante é baleado após roubar moto de idoso e tentar assaltar policial em Rio Branco; comparsa consegue fugir

0

 

Um assaltante foi baleado na noite desta quinta-feira, 28, em Rio Branco, após roubar a moto de um idoso em um shopping e, em seguida, tentar assaltar um policial à paisana. O crime aconteceu na Rua Antônio Anselmo, próximo ao Clube da ASDERACRE, no bairro Floresta Sul.

A primeira vítima, Pedro, de 65 anos, havia ido ao shopping buscar o filho quando foi abordado por dois criminosos armados. Eles levaram seu celular, carteira e a motocicleta, usada como fonte de sustento para corridas de aplicativo, antes de fugirem.

Minutos depois, os assaltantes tentaram roubar um homem que conversava com amigos na Rua Antônio Anselmo. No entanto, a nova vítima era um policial, que reagiu à tentativa de assalto e disparou contra os criminosos, atingindo um deles no braço esquerdo. O outro conseguiu fugir com a moto roubada.

Policiais militares do 1º Batalhão foram acionados e realizaram buscas na região, mas o comparsa não foi localizado. O assaltante ferido foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao pronto-socorro da cidade, onde seu estado de saúde foi considerado estável.

Com o criminoso, foi apreendida uma arma de fabricação artesanal, carregada com seis munições intactas. Após receber alta, ele será conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla) e responderá pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e assalto.

A Polícia Civil segue investigando o caso e intensifica as buscas pelo segundo suspeito, que fugiu com a motocicleta da vítima.

‘Memórias de Rádio’: peça teatral discute cidade, memória e interdições na Rio Branco dos anos 70

0

Apresentações gratuitas ocorrem de 3 a 5 de abril no Teatro de Arena do Sesc Centro. A peça é baseada na dramaturgia de Gerson Albuquerque, com encenação do Grupo Beco e realização da Caos Produções.

Uma peça teatral que amplifica vozes e silêncios de experiências sufocadas. Esse é o tema central de Memórias de Rádio. A peça fica em cartaz no Teatro de Arena do Sesc, no Centro de Rio Branco, entre os dias 3 e 5 de abril, com apresentações gratuitas. (Confira a agenda no final do texto)

A trama é entrelaçada pela simultaneidade de tempos e espaços, com referências às rádios da década de 1970, aos movimentos de rádios livres e à censura que impera independentemente do recorte histórico.

A narrativa segue três personagens principais: a dona de bar Valda, Sara, uma dona de casa, e Francisco, o elo entre esses dois mundos. Reflexões sobre papéis sociais impostos apresentam-se por meio de diálogos intensos e fragmentados, que são conectados e condicionados pelas ondas sonoras do elemento central da narrativa: o rádio.

A peça é um convite à reflexão sobre tempos, espaços e as múltiplas camadas da vida cotidiana. A montagem é coordenada por um grupo de cinco mulheres, majoritariamente mães, professoras e pesquisadoras, que persistem em produzir arte na Amazônia acreana e é resultado de um longo processo de pesquisa e experimentação cênica.

A artista Juliana Jaya, integrante do grupo, destaca que a peça é, acima de tudo, uma manifestação da vontade de continuar produzindo arte de forma autêntica e desafiadora.

“É a vontade que nós temos de continuar produzindo arte, de dizer o que queremos dizer, do modo que desejamos, assumindo riscos, enfrentando debates e normas que tendem ao encarceramento do pensamento”, afirma.

Ela ressalta que esse enfrentamento é feito com integridade e honestidade, mesmo que não seja sem dor ou consequências.
Um dos elementos centrais da peça é o rádio, que surge como um personagem indissociável da trama.

“O rádio produz desejos, sonhos, vontades que passam a ser o desejo real daqueles que o ouvem, mesmo que estejam envolvidos em realidades totalmente distantes do imaginário que ele produz”, explica Juliana.

A analogia se estende às redes de comunicação contemporâneas, questionando até que ponto nossas vontades e desejos são realmente livres ou teleguiados.

A montagem desafia a linearidade narrativa, refletindo a simultaneidade da vida real.
“A nossa vida não é linear. Essa falsa sensação de linearidade nos dá um conforto em achar que podemos controlar nossas vidas, mas as coisas estão acontecendo simultaneamente, sempre”, comenta a atriz.

Além disso, a peça brinca com outras linguagens, como projeções e personagens interpretados por máquinas, rompendo com os moldes clássicos do teatro europeu. “Talvez incomode um pouco alguma mente mais cartesiana que for assistir”, provoca Juliana.

A necessidade de contar essas histórias, segundo a artista, está ligada à urgência de abordar os silêncios do imaginário da cidade.

“Nos interessa mais nos aproximarmos dos seres de carne e osso que habitam esta terra, da qual nós, atrizes, também fazemos parte”, diz.

A artista ainda conclui falando sobre como essas histórias se aproximam da audiência.
“São narrativas que poderiam ser de avós, pais ou mães, tão próximas e íntimas, mas também distantes, como um passado onírico de cidades e hábitos que não existem mais. Pessoas que, em sua maioria, são socialmente organizadas para serem esquecidas. A necessidade de contar essas histórias se dá no sentido de se colocar artisticamente em oposição a essa dinâmica.”

A peça é baseada na dramaturgia de Gerson Albuquerque, com encenação do Grupo Beco e realização da Caos Produções. O projeto foi aprovado no edital da LPG Arte e Patrimônio da Fundação de Cultura Elias Mansour.

Serviço:
Memórias de Rádio
Datas e horários:
• 03/04: 15h (alunos do Colégio Dom Bosco) e 19h (alunos do Ceja)
• 04/04: 19h (aberto e gratuito)
• 05/04: 19h (aberto e gratuito)
Local: Sesc/Centro
Classificação: 14 anos

Ficha Técnica:
Encenação: Grupo Beco
Produção: Caos Produções
Atrizes: Lília Pontes e Sacha Alencar
Voz off: Adanilo
Direção de Arte e Cena: Juliana Jaya
Figurino e Cenografia: Allana Di Souza
Criação de Iluminação: Lenine Alencar
Técnico de Iluminação: Luiz Rabicó
Apoio técnico de montagem de luz: Spartacos Alencar
Dramaturgia: Gerson Albuquerque
Assessoria de Comunicação: Yuri Rosas
Coordenação do Projeto: Sacha Alencar
Produção: Lília Pontes
Assistente de Produção: Gemina Shanenawa
Design Gráfico, Montagem e Captação de Imagem: Hanna Lydia
Videomaker II e Fotografia: Alexandre Moraes
Edição de Sonoplastia: David de Menezes
Participação Especial: Nilda Dantas, Gerson Albuquerque, Lenine Alencar
Pesquisa: Joana Dias, Juliana Jaya, Lília Pontes e Sacha Alencar
Tradutora de Libras: Juliana Bernardino
Agradecimentos:
A Confraria, SOS Amazônia, Cia Visse-Versa, Centro Cultural Thaumaturgo Filho, Curso de Artes Cênicas-Ufac, Federação de Teatro do Acre, Herbário da UFAC, Diogo Soares, Jorge Anzol, Rafael de Castela, Benjamin Jaya, Eduardo Di Deus e Aldísio Filgueiras.
Realização: Fundação de Cultura Elias Mansour (LPG Arte e Patrimônio)