segunda-feira, 18 agosto 2025
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Asmac repudia declarações da Segurança e dispara: “A Justiça prende e o Iapen solta”

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O presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), Danniel Gustavo Bomfim, divulgou nota de repúdio às declarações da cúpula da Segurana Pública do Acre sobre a fuga dos 26 detentos do presídio Francisco de Oliveira Conde.

“Com sentenças que somadas chegariam a mais de 200 anos de prisão, os 26 apenados que fugiram da Unidade Prisional Francisco de Oliveira Conde (FOC) se transformaram em um claro exemplo de que o ditado popular a “polícia prende e a Justiça solta” deve ser substituído por a “Justiça prende e o Iapen solta”. A provocação ao pensamento racional é baseada nos flagrantes problemas identificados na gestão do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), órgão que acabou exposto nos principais jornais do país, mostrando o Acre no noticiário policial, em uma suposta ligação com a fuga realizada no Paraguai de pessoas que seriam ligadas a uma mesma organização criminosa”, diz trecho da nota.

Confira a nota na íntegra:

Inicialmente é preciso esclarecer à sociedade que a responsabilidade pela manutenção e guarda das pessoas que estão no sistema prisional é do Poder Executivo. Por isso fica a pergunta: A Justiça prende e o Iapen solta?

Com sentenças que somadas chegariam a mais de 200 anos de prisão, os 26 apenados que fugiram da Unidade Prisional Francisco de Oliveira Conde (FOC) se transformaram em um claro exemplo de que o ditado popular a “polícia prende e a Justiça solta” deve ser substituído por a “Justiça prende e o Iapen solta”. A provocação ao pensamento racional é baseada nos flagrantes problemas identificados na gestão do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), órgão que acabou exposto nos principais jornais do país, mostrando o Acre no noticiário policial, em uma suposta ligação com a fuga realizada no Paraguai de pessoas que seriam ligadas a uma mesma organização criminosa.

O Iapen não foi capaz de evitar fuga dos presos com lençóis transformados em cordas, com isso, os detidos se furtaram à punição dada pela Justiça acreana, em processos que em tempo de tramitação média chegou a dois anos e dez meses cada, muito abaixo da média nacional, segundo o próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A sentença dada a cada um dos foragidos gerou um custo médio de cerca de R$ 2 mil aos cofres públicos, valor que contabiliza a apresentação da denúncia por parte do Ministério Público do Estado, a distribuição ao juiz competente e os gastos para instrução processual.

Apesar deste cenário, a cúpula da segurança pública do Estado do Acre, na segunda-feira (20/01), mais uma vez apontou o Poder Judiciário como responsável pela grave crise de segurança que atingiu a sociedade acreana nos primeiros dias de 2020.

O Poder Executivo ora afirma que o Judiciário prende demais e é responsável pela lotação exagerada dos presídios, ora reclama que o Judiciário solta mais pessoas do que deveria, ora atribui à fiscalização da Vara de Execuções Penais a responsabilidade pelo caos do sistema penitenciário, ora se queixa das audiências de custódia e, agora, atribui ao órgão julgador uma suposta demora para expedir mandados de prisão, apesar de bastante ciente não apenas da inconsistência dessa informação, mas, também, dos milhares de mandados já expedidos e não cumpridos pelas polícias. A responsabilidade pela prisão é da polícia e não da Justiça.

Atualmente há mais de 3.081 mandados nas mãos da polícia que não foram cumpridos, são ordens de prisão temporária, preventiva, e condenações criminais, fruto do incansável e corajoso trabalho dos juízes e juízas que não foram cumpridas por ineficiência do sistema de segurança, e nunca fomos na imprensa acusar o Executivo e suas polícias de morosidade. A culpa pelo não cumprimento dos mandados é da pasta da segurança pública do Executivo e não do Judiciário.

E, nesta toada paradoxal, a secretaria de segurança pública vai se esquivando de prestar contas à sociedade acerca das verdadeiras mazelas do sistema e se distancia cada dia mais da eficiência que a sociedade acreana tanto espera.

E não se fala, aqui, da tão (mal) aclamada “sensação de segurança”, mas de segurança efetiva, com investigações eficientes, um efetivo policial adequado e bem aparelhado e um sistema prisional bem estruturado e seguro, que não permita que todo o trabalho realizado pela Justiça se perca em uma fuga tramada com lençóis. Espera-se que a cúpula da segurança pública assuma seus erros e os corrija, abandonando o velho discurso político de empurrar a responsabilidade para os outros.

Danniel Gustavo Bomfim

Presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac)

Gladson nomeia advogado de Marcus Alexandre para cargo de diretor na Seinfra

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O Diário Oficial desta terça-feira, 21, trouxe a nomeação de mais um cargo comissionado na Secretaria Estadual de Infraestrutura do governo acreano (Seinfra).

A partir de agora, a secretaria tem como novo diretor de planejamento Fernando Daniel Faria da Conceição.

Dois fatos curiosos chamam a atenção em relação ao novo gestor.

O primeiro é que Fernando, novo gestor, é filho de Fernando Moutinho, engenheiro aposentado do Deracre, que foi homem forte nas administrações petistas e considerado um dos responsáveis pela trafegabilidade completa da BR-364 até Cruzeiro do Sul, ocorrida pela primeira vez em 2011.

O outro fato que chama a atenção é que Fernando Daniel é um dos advogados do próprio pai e de Marcus Alexandre, ex-prefeito e candidato derrotado nas últimas eleições ao governo do Acre pelo PT, na ação que investiga o desvio de R$ 700 milhões em recursos públicos e o envolvimento de servidores do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Rondônia, além de empresários.

Ac24horas

Prefeitura de Cruzeiro do Sul construiu e reformou mais de 30 escolas na zona rural

Educação é uma das áreas prioritárias da gestão de Ilderlei Cordeiro, que somente na zona rural de Cruzeiro do Sul reformou e construiu mais de 30 escolas públicas, com espaço confortável e adequado para o aprendizado dos alunos.

O feito é histórico, tendo em vista a condição anterior das escolas. Muitas delas tiveram que ser totalmente reconstruídas. “As reformas incluem a construção de banheiros de alvenaria, masculinos e femininos, construção do poço artesiano, fossa séptica e instalação de um bebedouro industrial”, explica o secretário de Educação, Amarísio Saraiva.

No Rio Juruá Mirim, região visitada semana passada pelo prefeito Ilderlei Cordeiro, apenas três escolas ainda não receberam as melhorias. Situação que em breve será revertida, como planeja o próprio gestor do Município.

Colhendo resultados

Os investimentos se refletem diretamente na qualidade do aprendizado dos estudantes. Em 2019, Cruzeiro do Sul foi premiada nacionalmente em decorrência da boa qualidade dos espaços escolares.

“O Brasil reconhece que as nossas estruturas escolares são diferenciadas e exitosas”, salienta o secretário de Educação.

Ao todo, a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, por meio da Secretaria de Educação, construiu 58 poços artesianos, ação que promove a saúde da população de toda a comunidade, para além da instituição educacional.

Novos investimentos

Para 2020, a gestão de Ilderlei vai realizar 22 reformas e adequações em escolas. Também serão construídos mais três poços artesianos. Todas as unidades escolares recebem os mesmos benefícios.

Assessoria

Ex-diretora da Fundhacre é condenada a devolver quase R$ 30 mil por superfaturamento

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Foi publicado no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas do Estado de Acre (TCE-AC) a condenação da ex-diretora presidente Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), Juliana Quinteiro, pela irregularidade da prestação de contas da Fundhacre, exercício de 2016, na gestão do ex-governador Tião Viana (PT).

Queiroz foi condenada a devolver R$ 29 mil em razão do superfaturamento constatado nos autos, relativo ao Contrato nº 100/2016. O TCE decidiu pelo envio de cópia dos autos ao Ministério Público Estadual, para que tome conhecimento quanto ao descumprimento da lei.

Preso suspeito de coordenar chacina na Transacreana participou de ataque contra militares em 2015

Após um minucioso trabalho de investigação, a Polícia Civil do Acre prendeu, nesta segunda-feira, 20, um dos coordenadores da chacina ocorrida no último sábado, 18, na estrada da Transacreana, onde sete pessoas foram mortas a tiros.

O acusado, que tem envolvimento com uma organização criminosa acreana, coordenava as ações criminosas no conjunto habitacional Cidade do Povo. Ele foi preso no momento em que visitava a esposa no Hospital Santa Juliana, em Rio Branco. Em seu desfavor existia um mandado de prisão e por conta disso era considerado foragido da Justiça há mais de um ano.

O faccionado é considerado pelas forças policiais como um individuo de alta periculosidade, já que figura como partícipe de várias ações criminosas ocorridas na capital acreana nos últimos cinco anos. Em um desses casos ele foi um dos autores da tentativa de homicídio contra dois policiais militares ocorrida em dezembro de 2015, quando as vítimas jantavam em uma pizzaria localizada na região da Baixada da Sobral.

O envolvimento do acusado com o crime organizado já foi comprovado quando, em abril de 2016, ele foi um dos 160 presos durante a Operação Fim de Linha realizada pela Polícia Civil. A ofensiva policial objetivou há época, desarticular grupos de organizações criminosas que se instalavam no Acre.

Ascom PC

Promotora diz que para combater o crime precisa mudar a lei e investir na inteligência policial

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A promotora do Ministério Público do Acre, Alessandra Marques, fez um desabafo em sua página no Facebook, na segunda-feira (20), reclamando que o Estado deve promover mudanças na lei e investimentos na polícia técnica para o combate ao crime.

“O combate ao crime organizado depende do fortalecimento das polícias (as polícias devem ser apoiadas e respeitadas) e de seus serviços de inteligência, de investimento na polícia técnica e de mudanças na lei”, destacou.

Marques disse que os presos precisam “ficar realmente preso”. Segundo ela, a população tem que entender que o Estado está sucateado de Norte a Sul.

“Hoje devemos falar em construir o combate ao crime! E tal construção jamais se dará do dia para a noite, não nos enganemos! ”, escreveu.

Polícia recaptura 6 dos 26 presos que fugiram do Francisco de Oliveira Conde

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A direção da Polícia Penal divulgou nesta terça-feira (21) que efetuou a prisão de seis foragidos da justiça que haviam empreendido fuga na madrugada de ontem.

O diretor do Instituto Penitenciário do Estado do Acre (IAPEN), Lucas Gomes, disse que “os detentos haviam cortado a tornozeleira eletrônica em datas pretéritas também foram recapturados pela polícia. Três foram recapturados ainda ontem”, contou.

O diretor acrescentou que um monitorado também foi preso em sua residência pelo crime de tráfico de drogas. As autoridades continuam nas buscas dos demais foragidos.

No mesmo dia, morrem dois professores da Ufac: Nino e Vicente Cerqueira

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Morreram na noite de segunda-feira (20) os professores aposentados da Universidade Federal do Acre (Ufac), Vicente Cerqueira e José Aparecido Pereira, O “Nino”.

O ex-reitor da Ufac, Minoru Kimpara, lamentou a partida dos colegas e afirmou que os dois professores contribuiram para o crescimento da universidade.

“Lamento, profundamente, a partida dos meus amigos e colegas de trabalho, professores Vicente Cerqueira e José Aparecido Pereira (Nino). Foi um grande privilégio e uma grande honra para mim desfrutar da amizade desses dois guerreiros que muito contribuíram para o crescimento da nossa querida Universidade Federal do Acre. Que Deus conforte os corações dos amigos e familiares!”, escreveu.

Morador registra a movimentada Baixada da Sobral deserta após toque de recolher e medo de facções

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Um morador da Baixada da Sobral registrou, no momento em que seguia para sua casa, à noite, um verdadeiro deserto na Estrada da Sobral, uma das mais movimentadas da capital do Acre, Rio Branco. No local transitam milhares de pessoas por dia, já que a região acomoda cerca de 90 mil habitantes.

Mas o medo da guerra entre facções criminosas impediu que essas pessoas deixassem suas casas na noite de segunda-feira (20). O registro do morador foi feito horas após circular nas redes sociais um comunicado atribuído a uma facção criminosa dando conta da determinação de um toque de recolher na capital acreana.

O subcomandante da Polícia Militar do Acre, coronel Ricardo Brandão, negou a veracidade da mensagem atribuída à facção. O militar garantiu que o comunicado era falso e que a segurança dos rio-branquenses estaria garantida pelas forças policiais. Mas mesmo com afirmação do coronel, os moradores de Rio Branco se trancaram em suas casas e evitaram sair às ruas.

Há relatos de trabalhadores do setor lojista que muitas lojas de roupas e outros produtos fecharam as portas mais cedo no centro de Rio Branco e liberaram seus funcionários antes do horário normal do fim do expediente.

MP vai investigar se houve facilitação na fuga de 26 detentos em Rio Branco

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A procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, anunciou que o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) vai acompanhar as investigações que buscam esclarecer a fuga de 26 detentos do presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, na madrugada de segunda-feira, 20.

Na tarde de ontem, a procuradora-geral convocou integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Centros de Apoio Operacional (Caop) de Direitos Humanos e Cidadania, Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização dos Presídios, e da 4ª Promotoria Criminal de Rio Branco, que atua perante a Vara de Execuções Penais, para uma reunião de emergência.

Será instaurado um procedimento administrativo visando apurar os fatores estruturais e humanos que possam ter contribuído para a fuga, bem como se houve facilitação por parte de agentes públicos.

O procedimento será conduzido pelo promotor Tales Tranin, titular da 4ª Promotoria Criminal e, atualmente, respondendo também pela Promotoria Especializada de Direito Difuso à Segurança Pública, e pela promotora Maria Fátima Ribeiro, coordenadora do Caop do Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização dos Presídios.

Os presos escaparam por um buraco aberto na parede de uma cela do Pavilhão L e depois utilizaram cordas improvisadas com lençóis para escalar o muro da unidade prisional.

Também participaram da reunião, o procurador Sammy Barbosa Lopes, coordenador do Caop de Defesa dos Direitos Humanos; e o coordenador e coordenador- adjunto do Gaeco, procurador Danilo Lovisaro e Bernardo Albano.

Chacina e mensagens com alerta de ataques

Ainda na reunião, o Gaeco reforçou que são falsas as mensagens que circulam nas redes sociais alertando sobre possíveis ataques pelo Comando Vermelho, em retaliação às seis mortes registradas no sábado, 18, na Estrada Transacrena, na Capital.

Sobre as execuções, o Gaeco considera que é prematuro afirmar que rivalidade entre facções possa ter motivado a chacina, podendo ter sido provocada também por conflitos agrários, domínio de rota de drogas ou roubo de gado, crimes comuns naquela região.

Ascom MPE